segunda-feira, 6 de outubro de 2025

Tay Lopes anuncia pré-venda de seu novo livro, “Antes que eu desapareça”, onde expõe o mundo que vive em seu interior

 

A jornalista e escritora Tay Lopes anunciou em suas redes sociais que a pré-venda de seu mais recente livro, “Antes que eu desapareça”, teve início nesta segunda-feira (6/10) e permanecerá até o dia 5 de novembro, através do link da Editora VOE/Flyve: https://flyve.com.br/1152/antes-que-eu-desapare-a. A data prevista para início do envio da obra é dia 15 de dezembro.


 



Tay Lopes ficou um tempo sem escrever e precisou de um período de reflexão para encontrar seu caminho de volta às páginas. Agora, com “Antes que eu desapareça”, ela retorna com força total, onde expõe o mundo que vive em seu interior. “Fico feliz de ter me encontrado de novo. Feliz de, algumas vezes, encontrar o caminho que me permite viver ‘na minha cabeça’, ainda que não por muito tempo. ‘Antes que eu desapareça’ faz parte desse mundo que existe dentro de mim e que sinto a necessidade de compartilhar. Convido os amantes de fantasia e romance a comprarem seus lencinhos. Quem me conhece sabe que adoro um drama”, brinca a autora.

 

Tay Lopes feliz com sua volta às páginas

Sobre o livro

Quando o amor é o milagre, até os anjos precisam fazer escolhas. Collin é um astro do POP à beira do colapso. Megan, seu anjo da guarda, passou a eternidade o protegendo, sem ser vista, até que, na noite em que ele decide acabar com tudo, ela se torna humana, apenas para o salvar. Agora visível, Megan é arrastada para o caos da fama, fingindo ser uma fã sortuda que acaba conquistando o coração do astro. Mas aquilo que começa como uma mentira, apenas para convencer a mídia, se transforma em algo real e perigoso. Pois, quanto mais Collin se aproxima, mais Megan precisa escolher: viver ao lado dele como humana, ou desaparecer para sempre.


 


Primeira orelha

Todas as pessoas nascem com um anjo da guarda ao lado. Permanecemos juntos durante boa parte da nossa existência. Não temos um nome, não podemos ser vistos, mas estamos ali. Cuidando cada passo, desde o começo de suas vidas, e em alguns casos, até o final.

Foi assim durante muito tempo com Collin. Segurei sua mão e o mantive nos trilhos, mesmo quando tudo parecia desmoronar ao seu redor. E, mesmo que ele não soubesse, eu estava ali.

Durante toda a sua vida fui uma força invisível ao seu lado.

Até aquela noite.

Agora, por algum motivo, ele podia me ver.

 

Sobre a autora

Tay Lopes é graduada em jornalismo. Contudo, muito antes disso, entendeu que era através da escrita que conseguia se expressar realmente. Apaixonada pelas palavras, quando não está fazendo tudo o que uma pessoa adulta deve fazer para sobreviver no mundo real, ela gosta de passar tempo consigo mesma e com as histórias que rondam a sua cabeça. “Antes que eu desapareça” será seu segundo livro de fantasia publicado.


A jornalista e escritora Tay Lopes

Quem desejar encontrar mais detalhes sobre os outros livros da autora pode visitar seu Instagram: taylopesl


domingo, 5 de outubro de 2025

Livro de Sérgio Amadeu revela aliança entre big techs e complexo militar para guerras dataficadas

 

Em "As big techs e a guerra total", autor desvenda como gigantes da tecnologia fornecem dados e IA para operações militares, redefinindo o cenário geopolítico

 

O livro “As big techs e a guerra total parte de uma questão que está na ordem do dia — o modo como o desenvolvimento tecnológico e as plataformas digitais transformam nosso cotidiano, ao moldar nossa forma de agir, de pensar etc. — e vai além, mostrando como o avanço da inteligência artificial tem sido incorporado aos interesses militares das grandes potências (em especial, dos Estados Unidos) para redefinir o cenário das disputas geopolíticas globais.

 


Com uma escrita clara, que explica temas complexos em linguagem acessível, Sérgio Amadeu convida o leitor a adentrar os bastidores das alianças estratégicas entre Estados nacionais e as grandes empresas de tecnologia, como Google, Amazon, Microsoft, Oracle e Palantir, as quais passam a fornecer para as Forças Armadas não apenas infraestrutura digital e uma infinidade de dados que possibilitam mapear a população inteira de um território “inimigo”, mas também algoritmos e sistemas de IA que passam a tomar decisões e definir os alvos com base em estatísticas.

 

Fundamentado em vasta pesquisa e exemplos de fatos históricos recentes, como os sistemas de IA usados por Israel na Faixa de Gaza, Amadeu denuncia a dataficação como instrumento de dominação e alerta para a urgência de um debate ético e político capaz de enfrentar os riscos da fusão entre capitalismo de vigilância e militarismo digital.

 

Sobre o autor

Sérgio Amadeu da Silveira é sociólogo e doutor em Ciência Política pela Universidade de São Paulo (USP). É professor associado da Universidade Federal do ABC (UFABC) e pesquisador do CNPq, com especial interesse no impacto das novas tecnologias nos processos políticos. Publicou Comunicação digital e a construção dos commons (Fundação Perseu Abramo, 2007), Tudo sobre tod@s: Redes digitais, privacidade e venda de dados pessoais (Edições Sesc, 2017), Democracia e os códigos invisíveis: como os algoritmos estão modulando comportamentos e escolhas políticas (Edições Sesc, 2019), A sociedade de controle: Manipulação e modulação nas redes digitais, em coautoria com Joyce Souza e Rodolfo Avelino (Hedra, 2021), Ativismo digital hoje: Política e cultura na era das redes, em coautoria com Rosemary Segurado e Claudio Penteado (Hedra, 2021) e Como derrotar o fascismo — em eleições e sempre, em coautoria com Renato Rovai (Hedra e Veneta, 2022), entre outros livros.


Sérgio Amadeu da Silveira

 

Trechos do livro

- Este livro apresenta a análise da história recente de um conjunto de tecnologias e empresas muito conhecidas. Como buscarei demonstrar, as tecnologias carregam mais do que ideologias e finalidades econômicas. Hoje em dia, as tecnologias digitais e a inteligência artificial realmente existem amparam não apenas a melhoria das nossas experiências cotidianas, mas também a formação de um cenário de guerra, trazendo riscos e disseminando dispositivos extremamente perigosos para nossas sociedades.

 

- O Google está fornecendo tecnologia que ali- menta o primeiro genocídio impulsionado pela IA”, afirmou Zanoon Nissar, então gerente de pro- gramas da empresa carro-chefe do Grupo Alpha- bet, em um depoimento para o site No Tech for Apartheid. Todavia, a crítica de desenvolvedores de software e cientistas da computação ao envolvimento militar de suas empresas, as big techs, vem de bem antes do confronto de 2023 no Oriente Médio. Sem dúvida, a mobilização contra o apoio a ações militares se intensificou com o avanço do extermínio da população palestina a partir de 2023.

 

- Como seria possível as mesmas big techs que fazem a mediação das conversas entre adolescentes e distribuem conteúdos postados em suas redes sociais se colocarem como espaços neutros diante de contenciosos políticos, geopolíticos e militares? Como garantir que os dados dos usuários das redes sociais on-line de um país considerado adversário dos Estados Unidos não sejam utilizados pela big tech para fins militares e de guerra psicológica, termo antigo e bem conhecido do cardápio militar? A dataficação converte a guerra em um sistema tecnocrático, no qual dados e IA são tão cruciais quanto armas. Isso redefine o poder militar, subordinando-o a interesses corporativos e criando um cenário de vigilância total e violência automatizada. As big techs não são intermediárias, mas mediadoras de relacionamentos sociais e culturais. No epicentro do complexo militar-industrial-danificado, essas empresas podem privatizar decisões fundamentais antes definidas pelo corpo político e militar dirigente. Esse novo extrato das classes dominantes dos Estados Unidos, alguns poucos bilionários do Vale do Silício, está se aproximando perigosamente da sala de comando militar. Essas mudanças podem corroer as democracias.

 

- Há uma grande mudança no complexo militar- industrial. As empresas de armas entregam seus produtos para as Forças Armadas e não precisam acompanhar o teatro de operações. Mas não é isso que ocorre com as grandes corporações de tecnologia. Como as Forças Armadas dependem de volumes gigantescos de dados e da IA, as big techs estão no centro estratégico da gestão da guerra. Dito de modo diferente, a dataficação e o grande poder computacional adotado para o treinamento de modelos de IA e para a realização de inferências em tempo real levaram as Forças Armadas dos Estados Unidos a depender das infraestruturas de dados, do provimento de nuvem e dos frameworks das big techs. Aqui está o ponto de mudança. As empresas do Vale do Silício se tornaram indispensáveis para a gestão da guerra.