As obras, de estilos diferentes,
fazem parte das comemorações dos 22 anos da Ibis Libris e confirmam o aumento
do consumo de livros nos últimos anos.
A Ibis Libris Editora lança três
livros, de forma virtual, entre os próximos dias
01 e 03 de março, nas redes sociais, tanto de poesia como de história, com
assuntos diversos, mas principalmente confirma que o mercado editorial cresceu
nos últimos dois anos. A pandemia obrigou todos a passar mais tempo
em casa. Essa foi uma das razões para o aumento do consumo de livros de
gêneros variados. Atenta ao fato, e dentro da comemoração de seus 22
anos, a Ibis Libris vai presentear os leitores com obras-primas de seu
catálogo.
São
eles: "67 Sonetos para uma Rainha", de Álvaro Alves
de Faria; "A Casa de João Fernandes Vieira: O Restaurador de
Pernambuco", de Cláudio Aguiar; e "A Travessia do Tempo /
La Traversée du Temps", de Philippe Monneveux.
67 SONETOS PARA UMA RAINHA, de Álvaro Alves de Faria (01/03)
O título sugere que a figura central é feminina, em razão do qual o livro foi
escrito. Álvaro Alves de Faria retoma uma tradição ainda mais antiga que a
camoniana, a da poesia de “vassalagem”, como queriam os trovadores
medievais. A composição em que o poeta assume a condição de
“vassalo”, a serviço da bem-amada inacessível. A partir daí se desdobra o que
talvez seja o tema-chave destes 67 sonetos: a função e o significado da poesia.
Álvaro Alves de Faria |
A pretexto de louvar a sua Rainha, passando ao leitor a impressão de que se trata de alguém, real ou ideal, à sua frente, o poeta, na verdade, dialoga consigo mesmo, a fim de investigar o que lhe é mais caro: a sua condição de poeta. O resultado só podia ser o desdobramento dramático do sujeito que se converte em objeto de si mesmo: “O homem que vive em mim comigo se parece, / mas é outro homem, outrora um poeta”.
Prefácio de
Carlos Felipe Moisés. Apresentação de Carlos Nejar. Publicado em Portugal em
2014. Primeira edição no Brasil em 2022.
A CASA DE
JOÃO FERNANDES VIEIRA: O RESTAURADOR DE PERNAMBUCO, de Cláudio Aguiar (02/03)
Edificada numa das oito colinas da antiga vila de Olinda, diante do Mosteiro de
São Bento, monumento religioso erguido nas últimas décadas do século XVI, a
Casa de João Fernandes Vieira faz parte de um cenário visitado por gerações que
passaram por esta colina, para desfrutar de seu Pátio, como espaço de
contemplação e meditação. Além disso, nesse rincão colonial, em 1827, foi
instalada a primeira Faculdade de Direito do Brasil, criada em 11 de agosto, no
mesmo dia que a de São Paulo. Um de seus alunos, o romancista José de Alencar,
então com 19 anos, descreveu de maneira definitiva o local e seu entorno em ' A Alma
do Lázaro'.
Cláudio Aguiar |
Tombada em julho de 1865 por iniciativa do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano, vem mantendo a tradição de reverenciar o seu mais ilustre morador, João Fernandes Vieira, Mestre de Campo do Terço de Infantaria de Pernambuco, que, a partir de julho de 1645, assumiu a liderança da resistência revolucionária contra os invasores holandeses. Ao lado de outros importantes insurgentes, após quase dez anos de intensas lutas, alcançaram a vitória, expulsando, por fim, os flamengos e restaurando a Capitania de Pernambuco, passando a ser chamado de o Restaurador de Pernambuco. Em 2012, os Mestres de Campo, João Fernandes Vieira, André Vidal de Negreiros, Antônio Filipe Camarão, Henrique Dias, Antônio Dias Cardoso e Francisco Barreto de Menezes tiverem finalmente seus nomes inscritos no Livro dos Heróis da Pátria, depositado no Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, em Brasília.
Apresentação
de Arno Wehling e prefácio de Reinaldo Carneiro Leão.
A TRAVESSIA DO TEMPO / LA TRAVERSÉE DU TEMPS, de Philippe Monneveux. Tradução de Oleg Almeida. Ilustrações de Johanna Lanternier (03/03)
Philippe
Monneveux apresenta-nos a sua poesia genuína, gestada no espírito e na tradição
da língua francesa, da qual é falante nativo e criador lírico. Em segundo
lugar, apresenta-nos a tradução de Oleg Almeida, procedimento com o qual
sinaliza a busca de difusão, diálogo e interação, oferecendo aos leitores
bilíngues a oportunidade de uma fruição estética comparativa. Prefácio de
Aleilton Fonseca.
Philippe Monneveux |