quinta-feira, 27 de outubro de 2022

Jornalista conta em livro a história dos carnavais da São Clemente

 

O lançamento acontecerá no Baródromo, no dia 12 de novembro, a partir das 16 horas, com a presença da bateria e passistas da São Clemente

 

O presente pelos 61 anos da São Clemente não poderia ser mais significativo. O jornalista e clementiano Alexandre Araujo passou os últimos dois anos preparando a homenagem à sua Escola de Samba de coração. O livro São Clemente, uma Escola de Família, da editora Livros Ilimitados, traz os detalhes das seis décadas de existência da agremiação da zona sul do Rio de Janeiro.

 


O trabalho incluiu pesquisa em jornais, no Arquivo Público e muitas horas de entrevistas com quem fez e faz parte da história da Preta e Amarela. Ao todo, mais de 100 pessoas foram ouvidas, entre carnavalescos, compositores, componentes, cantores, artistas e, principalmente, membros da família Almeida Gomes.

 

O principal personagem é Ivo Almeida, fundador da Escola. Foi ele quem ergueu e lutou enquanto viveu pelo que considerava a parte mais importante na sua vida - a São Clemente. Ivo deixou um legado para o carnaval carioca e também para sua família, que herdou o amor pela agremiação.


Alexandre Araujo: paixão pela São Clemente
 

"Todos que conviveram com seu Ivo são unânimes em falar do esforço que ele fez para manter a Escola desfilando, apesar de todos os obstáculos enfrentados. Botar no papel uma história tão bonita, da Escola que conquistou meu coração há vinte anos, foi emocionante. Tive o privilégio de ver a São Clemente passar pela Avenida quatro vezes com sambas compostos por mim. Isso não tem preço", diz Alexandre Araujo.

 

O autor conta que escolher as fotos foi a parte mais difícil: "Imagina a quantidade de registros espetaculares que temos em seis décadas? O livro já está bem grande, e se eu fosse incluir tudo que tive que deixar de fora, teríamos várias outras edições. É muita história".

 

O lançamento acontecerá no Baródromo, no bairro do Maracanã, no dia 12 de novembro, a partir das 16 horas, com a presença da bateria e passistas da São Clemente.


 

"Com certeza será uma tarde emocionante, com muito samba, irreverência e lembranças. É um presente que deixo para as próximas gerações conhecerem essa Escola de Família", finaliza Araujo.

terça-feira, 25 de outubro de 2022

Na próxima quinta-feira (27), executivo Jorge Mitidieri realiza sonho e lança livro para quem deseja fazer o Caminho de Santiago em bicicleta

 

Um dos sonhos do executivo Jorge Luiz Mitidieri será, finalmente, realizado na próxima quinta-feira (27), quando ele lançará o livro De Bicicleta no Caminho de Santiago: Guia essencial do ‘bicigrino’, em sessão de autógrafos, das 18h30 às 21h30, na Livraria Argumento (Rua Dias Ferreira, 417), no Leblon.

Apesar da longa carreira como executivo, Jorge Mitidieri sempre foi apaixonado por esportes ao ar livre. Como corredor, participou de Meias Maratonas por vários anos, mas um problema nos quadris o tirou das competições. Foi então que resgatou um hábito de infância e juventude: andar de bicicleta.




Assim, voltou a pedalar em 2010 e não parou mais, pois é um verdadeiro apaixonado por bicicleta (tem duas em sua garagem) e pedala várias vezes por semana. O amor pelo esporte ao ar livre o levou, em 2018, então com 59 anos de idade, a fazer o Caminho de Santiago de Compostela, realizando, assim, outro de seus sonhos.

Jorge Luiz Mitidieri pedalou os cerca de 800 quilômetros, de Saint-Jean-Pied-de-Port até Compostela, em pouco mais de 15 dias, vivendo o que considera uma “vivência extraordinária”. Por ter tido dificuldades em encontrar, antes de viajar, livros com informações específicas sobre como fazer o Caminho em bicicleta, no idioma português, ele resolveu escrever De Bicicleta no Caminho de Santiago: Guia essencial do ‘bicigrino’.


Jorge Luiz Mitidieri em frente à Catedral de Santiago de Compostela

A obra é um guia de viagem com todas as informações que o interessado precisa para concretizar e aproveitar, montado em sua “magrela”, ao máximo a jornada em direção à cidade de Compostela, no Norte da Espanha. Entre os vários assuntos tratados, o livro traz a história do Caminho; as principais razões que levam as pessoas a escolher este destino; como se preparar física e psicologicamente para a viagem; como escolher a sua bicicleta; o que levar na bagagem, além de informações sobre os diferentes tipos de hospedagem; as comidas e vinhos típicos de cada região; os trechos a serem percorridos, as curiosidades, belezas e símbolos fundamentais do Caminho, assim como os riscos e problemas que podem ocorrer ao longo da viagem – e como lidar com eles.

Segundo Jorge Luiz Mitidieri, “o livro, que é, na verdade, um guia para o ‘bicigrino’, foi escrito com muito carinho, em linguagem leve e informal, como em um bom e gostoso bate-papo”. A obra contém muitas fotos, que tornam a leitura ainda mais interessante.

segunda-feira, 24 de outubro de 2022

Sílvio Barsetti lança "O outro lado do Poder", onde mostra a história da política brasileira pela ótica da prostituição


Sessão de autógrafos acontece nesta terça-feira (25), a partir das 19h, na Livraria da Travessa Leblon, no Shopping Leblon


As fontes de quem se dedica ao estudo da vida política do país são, principalmente, arquivos, jornais, revistas, relatos de testemunhas e dos próprios protagonistas. O livro O Outro Lado do Poder: a História da Política Brasileira Pela ótica das Prostitutas, porém, traz um corte incomum mas não menos revelador, ignorado em pesquisas, provavelmente por preconceito ou juízo de valor. O jornalista Sílvio Barsetti se debruçou sobre a história recente do Brasil e apresenta o universo do poder pela ótica da prostituição que gravita em torno dele, e vice-versa.

 


Com refinado humor, Barsetti revisita bordéis frequentados por presidentes e cabarés no entorno da capital federal, joga luz sobre as festas de arromba animadas por parlamentares e lobistas à beira do Paranoá, e traz à tona eventos em hotéis arrendados para celebrar contratos milionários com o poder público. São todos episódios reais, que reforçam o tão decantado caráter afrodisíaco do poder.

 

Ambientado boa parte em Brasília, O outro lado do poder descortina o papel das agenciadoras do prazer e desvenda o funcionamento da indústria do sexo no universo político. Há fatos protagonizados por notórios conquistadores do primeiríssimo escalão (Vargas, JK e Itamar, entre eles), por figuras insaciáveis, não menos importantes, como Jânio Quadros e por nomes não tão conhecidos.

 

Autor de “A Farra dos Guardanapos – O último baile da era Cabral”, um dos livros mais elogiados do país em 2018, Barsetti passou mais de dois anos fazendo pesquisas e entrevistas. O resultado é um livro saboroso, que reúne um conjunto de casos surpreendentes e pitorescos; um mergulho no lado menos conhecido do poder central.


– As histórias que estão no livro mostram que as prostitutas sempre exerceram sua atividade pautadas pela ética e respeito aos clientes. Não diria o mesmo dos políticos, especialmente quando se valem da indústria do prazer com dinheiro público e a usam também para intermediar negócios com o governo – diz o jornalista.

 

O outro lado do poder chega às principais livrarias do país no formato impresso e também em e-book.

 

HISTÓRIAS DO LIVRO

A mansão no Lago Sul onde o ministro Antonio Palocci, deputados e assessores foram denunciados por promover festas com garotas de programa, entre 2003 e 2004, tinha quatro suítes, piscina, salão de jogos, campo de futebol e quadra de tênis. Na época, foi alugada por R$ 60 mil, por seis meses. Ficou conhecida como sede da República de Ribeirão Preto. As prostitutas contratadas, fornecidas pela agenciadora Jeany Mary Corner ao preço que variava entre R$ 50 mil e R$ 70 mil por evento, misturavam água com guaraná e enchiam seus copos com pedras de gelo, para simular que tomavam uísque com energético. A denúncia, feita pelo caseiro Francenildo dos Santos Costa ao jornal “O Estado de S. Paulo”, provocou a queda de Palocci.


Famoso bordel de Curitiba na primeira metade do século passado, a Casa de Otília recebia muitos políticos, entre eles o presidente Getúlio Vargas. As melhores suítes acolhiam os mais poderosos. À clientela menos privilegiada ficavam reservados quartos improvisados no quintal. Era um espaço de prazer democrático, que recebia, indistintamente, o rico e o pobre, o figurão e o anônimo. Na Casa de Otília, não se perdia negócio. No fim da noite, com a redução no movimento, o preço do serviço caía. Era uma perfeita aula de liberalismo econômico, com a lei da procura e da oferta regulando os valores dos serviços ali oferecidos.


A construção de Brasília fez surgir o primeiro bordel, perto do Palácio do Alvorada. Numa localidade conhecida como Veneza, o cabaré tinha como público alvo os profissionais encarregados de construir e urbanizar Brasília, assim como empresários e políticos a caminho da capital federal. Já os peões seguiam nos fins de semana em caminhões para Luziânia ou Formosa, em Goiás. “Nesses lugares, a fila às vezes reunia uns 300 homens, e as mulheres iam gritando: ‘Tô livre!’. Quando saía o pagamento, então, era um inferno”, conta uma das prostitutas que trabalharam por lá.



Logo após a vitória de Fernando Collor sobre Lula, em 1989, seu irmão Pedro, que mantinha uma relação fraterna com Fernando, contratou a agenciadora Jeany Mary Corner para organizar uma das festas da vitória do novo presidente. A celebração foi na boate A Côrte, no Hotel St. Paul Plaza, na Asa Sul. Pedro pediu as prostitutas mais belas da capital. “Pode deixar, vou fazer a lista. Mas vai ficar caro, doutor Pedro”, alertou Jeany. “Isso não importa”, respondeu o irmão do presidente, decidido a não economizar.


A Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios reúne todo ano, no mês de abril, quase dez mil prefeitos, vereadores e secretários municipais. Cada edição se estende por três dias e lota boates da capital. É o grande momento do mercado da prostituição no país. Centenas de moças de cidades vizinhas chegam a Brasília em caravanas. Na edição de 2019, o prefeito de Tibagi, no Paraná, Rildo Emanoel Leonardi (MDB), foi flagrado seminu pelas câmeras do elevador de um hotel da Asa Sul de Brasília, em relações íntimas com uma mulher. No mesmo hotel, câmeras do corredor de outro andar registraram o momento em que mais um prefeito, de uma cidade de Rondônia, circulou nu de madrugada.

sábado, 8 de outubro de 2022

“Primavera dos Livros” está de volta aos jardins do Museu da República, no Catete

 

Até este domingo, público poderá adquirir centenas de títulos a preços especiais no evento, que este ano faz homenagem às mulheres

Uma boa opção de lazer e cultura para este fim de semana é visitar a 20ª edição da Primavera dos Livros, que estará aberta ao público, com entrada gratuita, até amanhã (9), nos Jardins do Museu da República, no Catete, Zona Sul do Rio. Considerado como o maior evento de editoras independentes da América Latina, ele é organizado pela Liga Brasileira de Editoras (Libre), reúne dezenas de editoras e retorna presencialmente após dois anos por conta da pandemia.



Após dois anos de espera involuntária, finalmente estamos recebendo nosso público de forma presencial, mesmo a gente tendo encontrado alguns obstáculos para fazer acontecer este evento, enfatiza Tomaz Adour, presidente da Liga Brasileira de Editoras (Libre).


 

O tema central deste ano é “Mulheres na Política”, e a grande homenageada do ano é a escritora Júlia Lopes de Almeida (1862-1934), idealizadora da Academia Brasileira de Letras (ABL), mas que não ocupou nenhuma cadeira pelo fato de ser mulher. Além da homenagem à Julia Lopes de Almeida, também haverá apresentação do grupo que fez a abertura da exposição dela no Museu Histórico da Cidade do Rio de Janeiro. 


 

A expectativa dos organizadores é que, desde sexta-feira, quando foi aberto, até amanhã, mais de 15 mil pessoas compareçam ao evento, que tem descontos especiais para professores e estudantes da rede pública de ensino e preços promocionais para o público em geral. A desta edição, o evento “Primavera dos Livros” faz parte do Calendário Oficial da Cidade.

Atrações deste domingo (09/10)


Tenda Principal

10 às 12h – MESA 1: Autoficção: a escrita do Eu: Cintia Barreto conversa com Jorge Marques

 

12h às 14h – MESA 2: Mulheres, poder, políticas públicas: Hildete Pereira de Melo, Débora Thomé, Renata Costa e Fernanda da Escóssia (Mediação: Raquel Menezes)

 

14 às 16h – MESA 3: O corpo feminino em exposição: arte, cheiro e feminismo: Palmira Margarida (mapa lab), Malu Jimenez (Jandaíra) e Luiz Claudio da Costa (mediação: Camila Perlingeiro)

 

16h às 18h – MESA 4: Sexo, Tik Tok e experimentações: sexualidade e literatura: Anna Claudia Ramos, Rodrigo Batista e Marlon Souza (Mediação Liz Magon)

 

18h às 20h – MESA 5: Poesia: da voz a letra: performances de Tom Grito e Zeferina

 


Tenda Infantil e Juvenil

10h às 11h – Uma família café com leite: uma história de adoção interracial: Michele Vilaço Lino (Metanóia) Lançamento

 

11h às 13h – Beata: a menina das águas: Elaine Marcelina Ashanti: nossa pretinha: Taís Espírito Santo Carolayne, Carolina e as histórias do diário da menina: Simone Mota (Malê) Lançamento e apresentação com as autoras.

 

13h às 14h – Estrelas, Julio Emilio Braz e Clara Zuñiga. Contação de histórias com Silvia Castro (Oficina Raquel)

 


14h às 16h – O tempo todo: Volnei Canônica e Felipe Cavalcante (Oficina Raquel) Lançamento e Slam de ilustração

 

16h às 18h – Era uma vez uma mesa sobre Contos de fadas: Rui de Oliveira e Georgina Martins. Mediação Camilo Martins (Oficina Raquel)

 

18h às 19h – Bocas, autor e ilustrador Dipacho (Caraminhoca) Apresentação com Sergio Alves e Raquel Menezes.






quinta-feira, 6 de outubro de 2022

Bate-papo no Rio de Janeiro marca lançamento de livro sobre Reputação, ESG e Valor Compartilhado

 

O lançamento do livro Reputação e Valor Compartilhado: Conversas com CEOs das empresas líderes em ESG, escrito por Elisa Prado e Tatiana Malins, terá um bate-papo com as autoras e a jornalista Sonia Araripe. Será no próximo dia 13, às 19h, na Livraria da Travessa de Ipanema (Rua Visconde de Pirajá, 572), na Zona Sul do Rio de Janeiro.

O livro, com o selo da  Aberje Editorial, aborda como as empresas estão liderando a Agenda ESG pela geração de valor compartilhado. Para realizar a obra, as autoras foram em busca das visões das lideranças empresariais sobre a geração de valor compartilhado, que traduz o Capitalismo de Stakeholders que estamos vivendo. Entrevistaram também Luiza Helena Trajano, eleita pelo quinto ano consecutivo a executiva de melhor reputação no país.

Elisa Prado e Tatiana Malins

No bate-papo, Elisa Prado, Tatiana Malins e Sonia Araripe vão abordar o que todas estas lideranças dizem em comum: que as cobranças por boas práticas em temas como meio ambiente, mudanças climáticas, diversidade e combate à desigualdade ficaram mais intensas e urgentes.