segunda-feira, 30 de abril de 2018

Coleção HQ Brasil transforma grandes obras brasileiras em história em quadrinhos


A sensibilidade e a curiosidade de Mário de Andrade pelo povo brasileiro estão evidentes em suas obras que ressaltam a identidade brasileira e suas diversas nuances em qualquer gênero. Na adaptação para quadrinhos O Peru de Natal e outros contos de Mário de Andrade quatro contos desse grande escritor modernista foram selecionados e abordam temas como relacionamentos, sonhos, ética e ciúme.

Entre a seleção proposta pela Editora do Brasil está "O Peru de Natal" e "Vestida de preto", ambos extraídos de “Contos novos”; "Será o Benedito!", publicado em um jornal da época; e "Caim, Caim e o resto" que foi extraído do livro “Os contos de Belazarte”.

No enredo do conto que dá nome ao título, conhecemos a história de Juca, personagem com os traços do autor, que está cansado de cultivar o luto pela morte de seu pai e resolve cometer um desatino no Natal, que assusta os familiares e principalmente a mãe, acostumada a se contentar com as migalhas do peru na ceia “Vestida de preto” traz as lembranças fortes do primeiro amor de Juca pela prima Maria.

Já em “Será o Benedito!”, o narrador traz as ironias da vida e do viver na visita à Fazenda Larga e no encontro com Benedito, um menino curioso e cheio de sonhos . E, para finalizar, “Caim, Caim e o resto”, apresenta a vida dos irmãos Aldo e Tino retratando o dia a dia na periferia de uma cidade grande nos anos de 1920, e as semelhanças com os dias atuais.

Francisco Vilachã, responsável por adaptar os contos em quadrinhos, comenta que havia lido apenas “O Peru de Natal” antes de fazer todas as releituras. “Devo confessar que na época não me causou grande impressão. Relendo hoje, achei simplesmente genial, assim como os demais ilustrados para essa edição”, declarou.

Vilachã detalha seu processo de criação. Primeiro começa lendo o conto e escolhe o que é mais relevante para adaptação. “Normalmente a parte descritiva é eliminada de cara. Nos diálogos e legendas procuro ser o mais fiel possível ao texto original. Depois de decupada as cenas em closes, plano geral e médio, trabalho a arte final com caneta e digitalizo os originais em alta definição”, descreve. As cores são todas aplicadas de forma digital.

O livro segue a proposta dessa coleção e traz ainda excertos e pequenos textos dos mais variados gêneros produzidos pelo autor, brindando os leitores com um apanhado sucinto da obra de Mário de Andrade, um ícone da literatura nacional, apontado como um dos maiores autores brasileiros de todos os tempos.


domingo, 29 de abril de 2018

Instituto Pró-Livro comemora um ano de sua plataforma que mapeia ações de Promoção da Leitura

Ferramenta colaborativa, a Plataforma Pró-Livro já recebeu mais de 300 projetos

Com a expectativa de possibilitar o mapeamento das ações de promoção da leitura e formação leitora desenvolvidas em todo o país, o Instituto Pró-Livro oferece, há um ano, uma ferramenta digital, que, tem também por objetivo, valorizar, divulgar e possibilitar o acesso e o intercâmbio de experiências, estudos e ideias sobre o tema. 

De acordo com o presidente do Instituto Pró-Livro, Luís Antônio Torelli, os números mostram que, apesar do pouco tempo no ar, a plataforma está no caminho certo. Entre agosto do ano passado e março deste ano, foram 44 mil visualizações e 18 mil usuários.

Nesse ambiente digital, que tem como proposta a construção colaborativa, OSCs (Organizações da Sociedade Civil), Bibliotecas, Institutos e governos, já cadastraram cerca de 300 projetos, e estão possibilitando acesso a seus projetos, experiências, estudos/pesquisas e ideias sobre formação leitora e promoção da leitura e do acesso ao livro.

A Plataforma acolheu ainda as inscrições de projetos para duas edições do Prêmio IPL – Retratos da leitura. “Assim, damos conta de mais um objetivo: valorizar e divulgar os projetos finalistas e premiados. Muitos deles foram notícias na Plataforma e na Newsletter Pró-Livro”, destaca Torelli.


“Acredito que conseguimos criar uma ferramenta colaborativa que tem muito potencial para criar conexões e fomentar novas iniciativas. Nosso desafio, agora, é mobilizar todos aqueles que desenvolvem ações exitosas de promoção da leitura, pelo Brasil, a apresentarem seus projetos. Neste ano, nossa expectativa é a de aumentar as conexões para o intercâmbio e a difusão dessas experiências; oferecer curadoria para aqueles que buscam implantar ou qualificar seus projetos, além de dar maior visibilidade à essas ações. Torço para que investidores sociais descubram esse mapeamento como um repertório de boas práticas a serem patrocinadas”, finaliza Torelli.   

Sobre o Instituto Pró-Livro: 
Instituto Pró-Livro (IPL - http://prolivro.org.br)criado em 2006 e mantido pelas entidades do livro – Abrelivros, CBL e SNEL, tem a missão de promover ações de fomento à leitura e, de transformar o Brasil em um país de leitores. Realiza periodicamente a pesquisa Retratos da Leitura do Brasil, maior e mais completo estudo sobre o comportamento do leitor brasileiro, para avaliar impactos, orientar políticas públicas do livro e da leitura, promover a reflexão e estudos sobre os hábitos de leitura do brasileiro e, desta forma, melhorar os indicadores de leitura e o acesso ao livro.

Também é responsável pelo Prêmio IPL - Retratos da Leitura, que tem como objetivo reconhecer e homenagear organizações que desenvolvem práticas de incentivo à leitura e, deste modo, promover e difundir experiências para que ganhem amplitude e investimentos, orientem políticas públicas e inspirem outras iniciativas pelo Brasil. Estas ações foram todas mapeadas através da Plataforma Pró-Livro (www.plataformaprolivro.org.br) que reúne informações destas práticas ao redor do país e, incentiva a troca de experiências.  

sábado, 21 de abril de 2018

Contexto traz ao Brasil livro sobre extermínio de padres em campo de concentração nazista


“O Pavilhão dos padres” chega em maio com histórias sobre Dachau, considerado maior cemitério de religiosos do mundo

O nazismo foi responsável pelo extermínio de milhões de pessoas na Europa, com especial perseguição aos judeus, ao longo da Segunda Guerra. Poucos sabem, porém, que o regime estendeu suas ondas de violência e mortes para o clero, deflagrando horror e assassinatos entre os religiosos. Entre 1938 e 1945, dos 2.579 sacerdotes enviados ao campo de Dachau, 1.034 foram assassinados.

O primeiro campo de concentração nazista, localizado no coração da Baviera, foi inaugurado em março de 1933, apenas 51 dias após Adolf Hitler se tornar chanceler alemão. Mas recebeu os primeiros sacerdotes, seminaristas e monges católicos cinco anos depois, em 1938. É tido como o maior cemitério de padres do mundo e abrigou a primeira ordenação de um sacerdote católico em um campo de concentração. Essas e outras histórias são narradas no livro O Pavilhão dos Padres - Dachau, 1938-1945, do jornalista francês Guillaume Zeller que chega em maio às livrarias brasileiras.

A obra traz diversas histórias individuais chocantes e episódios heroicos vividos pelos religiosos em Dachau. Além dos percursos pessoais, o livro lança nova luz sobre o sistema hitlerista dos campos de concentração e aborda a fé e o comprometimento espiritual, que ultrapassaram as trajetórias pessoais desses religiosos.

Entre as diversas histórias retratadas, O Pavilhão dos Padres conta a saga dos irmãos sacerdotes Pawel, Alois e Boleslaw Prabu. Após o exército do Terceiro Reich vencer a Polônia, os religiosos são presos pelos nazistas e levados para o campo de concentração de Oranienburg-Sachsenhausen, no Norte de Berlim. Um ano depois, são transferidos para Dachau e estão entre os milhares de religiosos mortos e torturados no local durante a Segunda Guerra.

Guillaume Zeller
Resgatar essa história singular permite oferecer respostas e traçar paralelos entre as tragédias que acometeram os leigos e os fatos ocorridos com esses padres. Quais foram, afinal, as reais motivações dessas perseguições: ideológicas ou políticas?

Sobre o autor
O jornalista francês Guillaume Zeller é formado em História e Comunicação pelo Instituto de Estudos Políticos de Paris, o Sciences Po. É diretor no Canal+, rede de televisão francesa, e foi diretor na iTélé, também emissora de televisão da França. Foi ainda redator-chefe na DirectMatin.fr.

Nova Fronteira lança edição especial do mundialmente consagrado romance infanto-juvenil “Poliana”


Um dos romances mais traduzidos e adaptados do século XX, Poliana é um clássico da literatura e ganha uma edição especial da Nova Fronteira. Publicado originalmente em 1913, o livro de Eleanor H. Porter foi adaptado também para o cinema e até mesmo para a televisão brasileira, em 1956, pela Rede Tupi, tornando-se a primeira telenovela voltada ao público infanto-juvenil do país. Em maio de 2018, o SBT estreia sua própria versão da obra, chamada As aventuras de Poliana e protagonizada pela jovem atriz Sophia Valverde.

Nascida nos Estados Unidos em 1868, Eleanor H. Porter começou sua carreira literária em 1900 com um conto e, no ano seguinte, passou a escrever em tempo integral, publicando mais de 200 contos em revistas femininas sob o pseudônimo Eleanor Stewart. Sua primeira novela, Correntes cruzadas, foi publicada em 1907, com grande sucesso. Seus romances também alcançaram êxito, mas ne­nhum deles conseguiu despertar tanta atenção em todo o mundo como Poliana, que vendeu mais de um milhão de exemplares na época em que foi lançado.

Na história, Poliana, que já era órfã de mãe, perde o pai aos 11 anos e vai morar com a sua amarga e rica tia Paulina na pequena cidade de Beldingsville, mas nunca se deixa abater pela frieza e pela severidade com que foi recebida. A convivência, que parece impossível em um primeiro momento, transforma a vida das duas, e a menina conquista o coração de todos ao redor.

Em seu novo lar, Poliana ensina às pessoas uma brincadeira que aprendeu com seu pai, o “jogo do contente”, que consiste em tirar algo de positivo de todas as situações, mesmo das mais complicadas e desagradáveis. O livro passa para os leitores a mensagem de que as coisas sempre podem ser melhores, tudo depende da maneira como as olhamos.

Com capa almofadada e ilustrações vibrantes, a edição da Nova Fronteira conta ainda com o depoimento encantador de Sophia Valverde sobre a personagem. Uma obra perfeita para quem já ama a pequena e otimista Poliana e para quem ainda não a conhece e com certeza vai se apaixonar pela história.

Coleção "Onde está?" apresenta duas das maiores referências da música do século XX


Livros-passatempo desafiam o público a encontrar Elvis Presley e a banda The Beatles

A pergunta "Onde está Wally?" fez a alegria de crianças e adultos no final da década de 1980. Criada pelo ilustrador inglês Martin Handford, a série se tornou uma febre mundial e ainda influencia publicações em todo o planeta. Nela, um garoto de gorro, óculos redondos e blusa listrada desafiava o leitor a encontrá-lo na praia, no Império Romano ou na cidade, sempre camuflado em meio a objetos e personagens.

Inspirada na obra de Handford, a coleção Onde está?, lançamento da editora Ciranda Cultural, estimula o jovem leitor a encontrar as maiores lendas da música do século XX, Elvis Presley e os meninos de Liverpool, The Beatles, em cenários paradisíacos, divertidos e históricos.

Em cada livro o público se depara com ilustrações que ocupam duas páginas inteiras, nas quais em algum lugar estão Elvis, John, Ringo, Paul e George. Cada obra trata-se de um jogo que também proporciona um exercício prático de atenção visual.

Para os adultos, a coleção é uma forma de relembrar a infância, e para os jovens leitores, um modo de promover o contato com os livros, com a cultura musical, além de estimular a concentração.

Onde está a banda The Beatles?, coloca os meninos de Liverpool escondidos no meio de uma multidão em locais como o Cavern Club, bar londrino em que grupo tocou pela primeira vez em 1961; na Abbey Road, rua do estúdio que leva o mesmo nome e famoso no mundo todo por ter sido utilizado pelo grupo para a gravação, ao vivo, da canção All You Need Is Love;  na plateia do programa "The Ed Sullivan Show" que ganhou fama e importância para a cultura mundial por ser o responsável pela primeira apresentação da banda nos Estados Unidos, em fevereiro de 1964. O livro ainda coloca George, Paul, John e Ringo em um imenso e bagunçado retiro indiano, no aeroporto JFK, em Nova Iorque, em um show no topo de um edifício, entre outros lugares e situações. O leitor também poderá procurar em todos os cenários personagens como David Bowie, Bob Dylan, Eric Clapton Yoko Ono, Linda McCartney, George Martin etc.

Onde está o Elvis? esconde o rei do rock em Graceland, sua mansão, que hoje é alvo da visitação de milhares de pessoas de todo o mundo; no Alladin Hotel, local de seu casamento com Priscilla Presley, em maio de 1967; em Honolulu, Havaí, locação de um dos mais famosos filmes de Elvis, Feitiço Havaiano. O livro ainda instiga o público a procurar o rei do rock  em Las Vegas, numa prisão, em um quartel do exército e em um divertido barco abarrotado de belas garotas, rapazes, paparazzis e artistas. O leitor ainda poderá procurar celebridades como Marilyn Monroe, Johnny Cash, Frank Sinatra, BB King entre outros.

Os livros não se esgotam no aspecto lúdico, uma vez que estimulam também a pesquisa e o conhecimento. Cada obra retrata a cultura que permeou os anos de 1960 e 1970 e possuem sucessões de extraordinárias aventuras!

Coleção “A cidade da gente”, de livros infanto-juvenis, aborda o patrimônio e a história de pequenas e médias cidades brasileiras


O desenvolvimento dos livros envolve alunos da rede pública e eles são destinados ao uso escolar

Balsas, no Maranhão. Campo Verde, em Mato Grosso. Não-Me-Toque, no Rio Grande do Sul. Paracatu, Araxá e Congonhas do Campo, em Minas. São José dos Campos, Taubaté e Pindamonhangaba, em São Paulo. Pinheiral, no Rio de Janeiro. Essas cidades têm em comum terem seus patrimônios materiais e imateriais abordados na coleção A cidade da gente.

Idealizado pela Editora Olhares, com autoria do escritor mineiro José Santos e ilustrações de Nara Isolda, o projeto já publicou livros sobre sete cidades de quatro regiões brasileiras. Mais três serão lançados ainda em 2018. Cada um deles conta a história de um município brasileiro e o roteiro surge a partir da interação entre professores e alunos da rede municipal de ensino. Eles são incentivados a dissertar sobre os patrimônios de seus municípios e tornam-se guias do escritor na cidade. Assim, viram protagonistas de suas próprias histórias quando o livro toma forma.

Com preocupação didática, o projeto tem o objetivo de apoiar a perpetuação e a disseminação da história das cidades abordadas e ampliar as noções das crianças locais sobre sua identidade e sobre o pertencimento à cidade e à região onde vivem, além de valorizar lugares importantes da memória coletiva da cidade.

Os livros da coleção se tornam importantes referências locais de conhecimento e têm sua tiragem distribuída gratuitamente para as escolas da rede pública da cidade, para que sejam utilizados pelas turmas ano a ano, apoiando as atividades didáticas em temas diversos. Sua contribuição local tem sido amplamente reconhecida por autoridades e professores locais.

Produzidos com recursos da Lei Rouanet de Incentivo à Cultura, os livros da coleção têm gestão cultural da Doble Cultura e já contaram com patrocínio de Monsanto, CBMM, Novelis e MRS. O projeto também pode acontecer em outras. Os interessados devem entrar em contato através do e-mail apoie@acidadedagente.com.br ou do telefone (11) 2924-1744.

Sobre a olhares
Em um catálogo heterogêneo, os títulos da Olhares têm em comum a proposta de estruturar o conteúdo junto com os autores, o pensamento editorial e de design entrelaçados, a articulação entre textos e imagens para a construção de uma narrativa comum. Trata de temas da cultura brasileira, em especial nos campos da arte, da história, da fotografia, da arquitetura e do design. Além de títulos relevantes nesses segmentos, a editora conquistou prêmios como o Jabuti e o Prêmio Design do Museu da Casa Brasileira.

Sobre o autor
José Santos é mineiro de Santana do Deserto. Vencedor do Prêmio Jabuti de livro infantil em 2016, tem 27 livros para crianças e jovens publicados, atingindo uma tiragem de 350 mil exemplares. Já teve quatro de seus títulos selecionados para o catálogo da Bologna Children’s Books Fair. E cinco de seus livros foram escolhidos pelo Ministério da Educação para fazer parte do PNBE – Programa Nacional Biblioteca na Escola. Seus projetos foram feitos em parceria com importantes ilustradores como Alcy, Laurabeatriz, Girotto, Guazzelli, Jô Oliveira, Maurício de Sousa e Eliardo França.











quinta-feira, 19 de abril de 2018

André Barroso relança livro em noite de autógrafos em Niterói


O bom filho não nega suas origens. Depois de lançar seu mais novo livro, Codinome: Boto – Biu Olho Azul e outras histórias, no Rio de Janeiro, o cartunista niteroiense André Barroso recebe os amigos e leitores em sua cidade natal no próximo dia 25 (quarta-feira), para uma noite de autógrafos e bate-papo.

O relançamento da obra em Niterói será na Conexões Coworking, na Rua Luiz Leopoldo Fernandes Pinheiro, 521/805, no Centro, a partir das 18h. Interessados podem reservar o livro pelo e-mail andrelbarroso@yahoo.com.br para recebê-lo das mãos do autor. O selo é da Editora DataCoop, com encadernação em brochura, ao custo de R$ 40,00.

Animal da fauna brasileira cercado de mitos no Norte do país, o boto retratado no livro é um herói anônimo que ajuda a polícia a capturar bandidos. Uma nova roupagem à lenda do animal que se transforma em homem para engravidar as moças. Em uma ilha fictícia no interior do Estado do Rio, ele, o boto, ajuda a caçar um perigoso traficante e a desbaratar sua quadrilha.

O livro é uma compilação de histórias em quadrinhos publicadas nos grandes diários brasileiros e internacionais. O boto é o protagonista tanto da história principal quanto das tiras de humor. Material com muito humor para jovens e adultos. Prefácio do colunista do Estadão e atual presidente da Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro.

Sobre o autor
André Barroso
André Barroso é artista multimídia: artista plástico, cartunista e músico. Começou cedo, aos 10 anos, quando estudava no tradicional Centro Educacional de Niterói e fez na escola um jornal em que divulgava seus quadrinhos. Não parou mais. Quando entrou para a faculdade de Arquitetura da UFRJ, passou colaborar com várias publicações da cidade e depois trabalhou para vários jornais do país, em revistas e até na TV. Ganhou prêmios no Brasil e no exterior.


Em Niterói, onde continua morando, é de sua autoria um dos painéis do muro na entrada do túnel Charitas-Cafubá. Sua obra, “Arqueologias dos afetos por Niterói”, foi uma das dez escolhidas em concurso da prefeitura para adornar o local. O traço de Barroso também foi um dos escolhidos recentemente para compor o livro em comemoração aos 85 anos de Ziraldo, um dos autores e cartunistas de maior destaque do Brasil, criador do personagem Menino Maluquinho.

segunda-feira, 16 de abril de 2018

Dia Internacional e Nacional do Livro Infantil e Dia Mundial do Livro

Retratos da Leitura mostra a importância da família para formação do leitor

Neste mês de abril, três datas importantes comemoram o livro: no dia 2, para divulgar a literatura e assim conquistar novos adeptos, foi instituído o Dia Internacional do Livro Infantil. A data não foi escolhida ao acaso, já que é o aniversário de nascimento de um dos mais importantes nomes da literatura infantil, o escritor dinamarquês Hans Christian Andersen, autor dos contos infantis Soldadinho de ChumboPatinho FeioA Pequena SereiaA Roupa Nova do Rei, entre outros. Já em 18 de abril é comemorado o Dia Nacional do Livro Infantil, dia que marca o aniversário de nascimento do precursor do gênero no país, o escritor Monteiro Lobato, autor da famosa frase que sintetiza quão fundamental pode ser a literatura no desenvolvimento das crianças - “Ainda acabo fazendo livros onde as nossas crianças possam morar”. E, em 23 de abril, é o Dia Mundial do LivroAlém de homenagear várias obras literárias e seus autores, a data também busca conscientizar as pessoas sobre os prazeres da leitura.


De acordo com Zoara Failla, coordenadora da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, a prática da leitura contribui para o desenvolvimento da compreensão leitora e da capacidade de pensar e usar palavras, além de desenvolver o hábito da leitura.  “Quem não gosta de uma boa história? Certamente, aquele que descobriu essa magia de vivenciar ou ‘espiar’ muitas vidas, sabedorias e emoções não vai querer deixar de ler. Promover o acesso a narrativas e à ficção é possibilitar desvendar outras visões de mundo, outras percepções sobre o que é ser humano e seu significado”.

Zoara Failla, coordenadora da Pesquisa Retratos da Leitura no Brasil
Os resultados da última edição da pesquisa Retratos da Leitura também reforçam a análise de que o hábito de leitura é uma construção que vem da infância, bastante influenciada por terceiros, especialmente por mães, pais e professores, uma vez que os leitores, ao mesmo tempo em que tiveram mais experiências com a leitura na infância pela mediação de outras pessoas, também promovem essa experiência às crianças com as quais se relacionam em maior medida que os não leitores. “A mediação é fundamental para despertar em nossos jovens o interesse pela leitura, principalmente porque o tempo para a leitura concorre hoje com o tempo nas redes sociais, nos games e outras ferramentas digitais. Ler é uma prática que exige ficar só, que pede concentração, não oferece estímulo multimídia, mas, principalmente, pede o domínio da competência leitora. Ler não é tarefa fácil para quem ainda não foi ‘conquistado’ e é impraticável para quem não compreende aquilo que lê”, afirma Zoara Failla.

O estudo também indica que essa influência tem impacto no fato do indivíduo ser ou não leitor, uma vez que, enquanto 83% dos não leitores não receberam a influência de ninguém, o mesmo ocorre com 55% dos leitores. No entanto, a Retratos da Leitura aponta que o potencial de influenciar o hábito de leitura dos filhos está correlacionado à escolaridade dos pais – filhos de pais analfabetos e sem escolaridade tendem menos a ser leitores que filhos de pais com alguma escolaridade.

Com base nesses resultados da pesquisa, Zoara acredita que a família, em especial a mãe, pode ter um papel muito especial nesse “despertar”, pois, além de conhecer o interesse dessa criança, a família pode criar situações lúdicas, prazerosas e de trocas afetivas que ficam na memória da criança de forma positiva. A família tem o poder de criar valores e valorizar a leitura e o livro pelo exemplo. Presentear ou criar situações prazerosas de leitura são receitas simples e muito eficientes nesse despertar, enquanto criança.

sexta-feira, 13 de abril de 2018

Camilo Riani ilustra obra histórica de Ziraldo


Artista plástico participa de livro sobre o mestre do humor e da literatura infantil

"O convite para estar entre ídolos de sua infância, em uma obra tão rara, é a realização de um sonho". Com estas palavras, o ilustrador, pesquisador, professor e artista plástico Camilo Riani resume a sensação ao receber em mãos o exemplar impresso de Ziraldo 85: ao Mestre com Carinho, da Editora Melhoramentos, em homenagem à vida e obra de Ziraldo, um dos maiores nomes vivos do cartum e da literatura nacional e internacional.

A obra inédita, organizada pelo cartunista Edra e com apresentação de Jô Soares, reúne grandes destaques do humor gráfico de diferentes países, escolhidos para caricaturar o criador do Menino Maluquinho e do histórico semanário O Pasquim, entre inúmeras publicações que se tornaram referência para distintas gerações. Camilo Riani ilustra a obra ao lado de mestres como Maurício de Sousa, Paulo Caruso, Chico Caruso, Ique, Dalcio e renomados artistas, entre eles o colombiano radicado na Espanha Turcius, considerado um dos maiores nomes mundiais da caricatura na atualidade.

"Ziraldo é 'patrimônio' do cartum e da literatura, dentro e fora do Brasil", comenta Riani, que revela ter se inspirado na obra do artista homenageado durante sua adolescência, bem como nas leituras de Monteiro Lobato em sua infância. O lançamento oficial ao público está previsto para ocorrer no Rio de Janeiro, além de São Paulo e Caratinga, cidade mineira natal de Ziraldo, ocorre em um momento marcante para o artista, que encerrou recentemente seus estudos de Doutorado e de Pós-Doutorado pela Unesp Rio Claro/Grupo Imago e que teve sua obra de ilustração indicada na mais importante feira mundial de literatura infantil, na Bolonha (Itália), por seu trabalho no relançamento da obra de Lobato, pela Editora Globo, em 2017.

Festival de quadrinhos da Suíça terá participação de cinco artistas brasileiros


Fumetto acontece há 27 anos em Lucerna e é um dos principais do tema na Europa
A história de quase 27 anos do Fumetto - International Comix Festival Lucerne evoluiu de um pequeno evento local na região da Suíça Central para um dos mais importantes festivais de quadrinhos internacionais na Europa. A edição deste ano, que começa neste sábado (14) e vai até o dia 22, contará com uma palestra sobre quadrinhos brasileiros, dia 21, com a presença dos quadrinistas Fábio Zimbres, Diego Gerlach, Talita Hoffmann, Nik Neves e Rafael Coutinho.


Fundado em 1992, o Fumetto, em sua primeira edição, criou uma competição, que logo estabeleceu-se como uma tradição importante do festival. Já em 1995, o número de expositores aumentou, inclusive com a presença dos principais artistas de quadrinhos internacionais. Devido a esse crescimento, os locais do festival foram distribuídos pelo centro antigo de Lucerna, o que contribuiu muito para o seu charme.

O festival concentra-se em mostrar quadrinhos artisticamente sofisticados e outros movimentos de arte, como desenho, ilustração, artes plásticas, gráficos, performances e animação. Os convidados são os artistas de quadrinhos mais importantes do mundo, tanto jovens talentos quanto artistas já consolidados, nas múltiplas formas do quadrinho de arte.


Fumetto não só retrata os desenvolvimentos atuais da cena, como também apoia ativamente jovens talentos. O festival abre espaços para exposições de artistas jovens e promissores e ainda desconhecidos, e oferece acompanhamento às suas carreiras. Assim, o festival posicionou-se como um evento com foco na arte em si e que não tem objetivos comerciais. Hoje, Fumetto, com cerca de 50 mil visitantes a cada edição, é um dos 10 eventos mais importantes da cidade de Lucerna.

quarta-feira, 11 de abril de 2018

Nova Fronteira lança o box “Mestres da aventura”


Compilando três das maiores aventuras da literatura mundial em uma edição superespecial, a Nova Fronteira lança o box Mestres da aventura. Os clássicos Viagens de Gulliver, de Jonathan Swift, Robinson Crusoé, de Daniel Defoe, e A ilha do tesouro, de Robert Louis Stevenson, foram os títulos escolhidos para compor o box, que traz livros de capa dura em uma edição para colecionadores.


Viagens de Gulliver, de Jonathan Swift
Acima de tudo, Viagens de Gulliver é uma grande crítica social que o irlandês Jonathan Swift quis fazer sobre a época em que vivia. A obra, originalmente escrita para adultos, logo caiu no gosto do público jovem e ganhou diversas adaptações para o cinema e também para a literatura infantil.

O livro narra as aventuras do cirurgião Lemuel Gulliver, que termina por encontrar terras fantásticas de nomes exóticos — como Lilipute, Brobdingnag, Laputa e o País dos Houyhnhnms —, onde conhece homens pequeninos e gigantes, cavalos inteligentes, humanos bárbaros e mais uma variedade de personagens curiosos. Mas o que paira por trás da prosa envolvente de Swift é uma crítica mordaz ao homem, às instituições de poder, à ganância desmedida e até aos livros de viagem.

Publicado originalmente em 1726, Viagens de Gulliver logo passou a fazer parte do cânone literário mundial. Com constantes referências à Inglaterra e à França, a história é escrita de modo satírico e irônico, atraindo leitores geração após geração.

Robinson Crusoé, de Daniel Defoe
Baseado em uma história real, Robinson Crusoé conta a história de um jovem que saiu em busca de seu destino. Marinheiro náufrago em uma ilha deserta, Crusoé se vê isolado da sociedade durante quase 28 anos. Antes de ser resgatado, ele encontra um selvagem para quem ensina inglês e que se torna sua única companhia depois de tantos anos perdido.

O autor, Daniel Defoe, usou também características da sua própria vida para falar sobre temas com uma atualidade impressionante: a existência humana solitária e a alienação. Robinson Crusoé foi publicado em forma de folhetins noDaily Post, em 1719, e inovou o modo de fazer literatura na Inglaterra ao falar sobre a realidade da classe média com uma linguagem simples e direta.
O sucesso das aventuras de Crusoé foi tão grande que o livro se tornou o recordista em reimpressões, traduções e adaptações no século XIX, e chega até os nossos dias como um clássico fundamental.

A ilha do Tesouro, de Robert Louis Stevenson
Todo mundo conhece muitas histórias sobre mapa do tesouro em que há um grande “x” mostrando a localização da desejada arca cheia de ouro, mas o que poucos sabem é que A ilha do Tesouro, de Robert Louis Stevenson, foi o primeiro livro a introduzir esse famoso mapa em uma história.

Na obra, Jim Hawkins vê sua rotina mudar depois da chegada do marujo Billy Bones à pequena estalagem de seu pai. As aventuras do jovem se iniciam quando o visitante lhe mostra um mapa que indica a localização de um tesouro escondido. Porém, a dupla não é a única atrás do tesouro. O terrível pirata Long John Silver também está em busca da fortuna e disposto a tudo para consegui-la.

Stevenson sabia, como poucos, tirar o leitor da sua zona de conforto, explorando sem medo o linguajar náutico, que torna a obra mais rica e intrigante. Escrito originalmente para o sobrinho do autor, o livro está longe de ser infantil e desde sua publicação, em 1883, vem conquistando fãs de várias idades ao redor de todo o planeta.

Ficha técnica:
Autores: Daniel Defoe, Robert Louis Stevenson e Jonathan Swift
ISBN: 9788520941775
Formato: 15,5 x 23cm
Páginas: 1152
Preço: R$ 129,90