segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

“Um Cara Qualquer”, de Amber Tamblyn: um livro brutal sobre violência sexual



Obra provocativa e brutal, combina gêneros de poesia, prosa e elementos de suspense para dar forma às narrativas chocantes das vítimas de violência sexual. O leitor vive experiência inusitada, interagindo com a história de uma forma diferente: em cada exemplar há um QR Code, que funciona como um passaporte para um Clube de Leitura exclusivo.

Romance de estreia da premiada atriz e escritora norte-americana Amber Tamblyn, Um Cara Qualquer (Any Man, título original) é um livro provocativo e brutal. Combina gêneros de poesia, prosa e elementos de suspense para dar forma às narrativas chocantes das vítimas de violência sexual, mapeando as formas destrutivas pelas quais a sociedade contemporânea perpetua a cultura do estupro. O extraordinário é como, com o passar dos anos, essas pessoas aprendem a se curar, unindo-se e encontrando um espaço para levantar as vozes. Com pontos de vistas alternados – e uma assinatura para cada voz e experiência da vítima – as páginas crepitam de emoção que vão do horror à empatia; e tiram o fôlego do leitor. Ousada, a obra pinta um retrato marcante da sobrevivência e é um tributo àqueles que viveram o pesadelo da agressão sexual.

O livro é um romance que trata de agressão sexual de forma singular; uma narrativa que tem causando incômodo a muitos leitores norte-americanos. No romance, o vilão é uma mulher que atinge homens com agressões sexuais tão violentas e perturbadoras que poderiam ter sido arrancadas de um filme de terror. As vítimas do sexo masculino são narradores e mergulham na dor profunda de lidar com as consequências do crime que sofreram. Em entrevista para Stephanie Merry, editora de Booke World do jornalThe Washington Post, Amber afirma: “A arte precisa trazer conversas difíceis; eu não tenho dúvidas de que esse livro vai incomodar muita gente, mas estou bem com isso.”

Por traz da escolha de Amber Tamblyn há o desejo de chamar a atenção para um problema que atinge a sociedade como um todo. Há assédio sexual tanto de mulheres quanto de homens; há vítimas e algozes nos dois lados. “E temos que falar sobre o prejuízo humano que envolve essa violência. Pela força da narrativa e relevância do tema, escolhemos esse romance para estrear uma tecnologia de leitura que trará o leitor para dentro da história”, afirma Lu Magalhães, presidente da Primavera Editorial.

Traduzido por Cynthia Costa – doutora em Estudos da Tradução pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), professora do curso de tradução da UFU e com mais de 60 obras traduzidas – Um Cara Qualquerfoi um desafio pela troca constante de gênero textual proposta pela autora e pelo tom dos relatos das personagens, em primeira pessoa. “No primeiro caso, ao mesmo tempo em que era complicado passar da prosa à poesia, da poesia à notícia e até aos tweets, também fiquei contente, como tradutora, por poder experimentar tantas formas literárias em um único livro. Sobre o tom visceral dos relatos, a minha maior preocupação foi transmitir em português a dor e a emoção dessas personagens”, revela.

 Amber Tamblyn
Sobre a estrutura textual – que combina poesia e prosa – na percepção de Larissa Caldin, publisherda Primavera Editorial, a autora usa os versos para imputar um sentimento mais exacerbado sem cair em clichês que nos levam a crer ser a poesia como invariavelmente sentimental e a prova racional. “A prosa da autora é incutida com uma linguagem viva e nada plácida que permanece em todo o texto. Talvez, Amber tenha propositalmente inserido a poesia e a prosa em oposição, de forma a mostrar, em um ponto de vista técnico e muito mais subjetivo, que a prosa era aquilo que as personagens diziam sentir para si e para o mundo; mas, a poesia era o quê, de fato, as personagens sentiam dentro de si, o Blue Bird de cada um”, analisa.

O projeto gráfico – conduzido pela Project Nine Editorial – foi desenvolvido para contar, graficamente, a história de singularidade, estranhamento e inversão de papéis, gerando a reflexão pretendida. Idealizada em 2011 pelo designer Francisco Martins, a Project Nine Editorial é uma empresa jovem focada no mercado editorial, sempre atentos às novas tecnologias e inovações a fim de desenvolver projetos adequados para cada segmento editorial.

Funarte publica dicionário de fotografia de Pedro Karp Vasquez


Inédita, a obra, que está disponível no portal da entidade, é presente do autor pelos 30 anos do Centro de Conservação e Preservação Fotográfica da Fundação – comemorados em 2017
  
A Fundação Nacional de Artes – Funarte publicou em seu portal (www.funarte.gov.br) a edição online do Dicionário Técnico da Fotografia Clássica, do renomado fotógrafo, pesquisador, crítico de fotografia, curador e professor Pedro Karp Vasquez.

Pedro Karp Vasquez. Foto Paula Sampaio. Arte: Programação Visual Funarte
Inédita, a obra registra o universo da fotografia tradicional, hoje também chamada de pré-digital. Com mais de mil verbetes, o livro cataloga câmeras e seus aparatos, instrumentos ópticos, produtos e recursos – itens utilizados nos processos fotográficos, desde a captura da imagem até seu processamento. O trabalho relaciona desde os primeiros métodos do século XIX, até os tradicionais recursos para fotos de base química e suporte de papel, ou película.

Mestre em Ciência da Arte, o autor foi, nos anos 1980, um dos responsáveis pela criação e diretor do Instituto Nacional de Fotografia (Infoto) – Funarte, que antecedeu o atual Centro de Conservação e Preservação Fotográfica da Fundação. Pelo seu 30º aniversário, comemorado em 2017, este setor foi presenteado por Vasquez com o Dicionário – a mais recente de suas 27 obras. A edição é realizada em parceria entre o Centro, a Gerência de Edições da Funarte e o Portal da entidade.
 
Preservação de conhecimentos e conceitos tecnológicos
A Coordenadora do CCPF – setor integrante do Centro de Artes Visuais da Funarte –, Sandra Baruki, constata que o volume perpetua o conhecimento das técnicas, meios e ferramentas da fotografia, detalhando os produtos e etapas de laboratório, assim como a estrutura dos materiais. “Não se resguarda na obra somente o conhecimento sobre o original fotográfico – que constitui a maioria dos atuais arquivos e coleções –, mas também as técnicas de fotografia, nos vários períodos de sua história. Assim, preserva-se a tecnologia em seus conceitos (o que poderá, no futuro, não estar acessível aos mais jovens). Portanto, ao lançar o volume, a Funarte contribui para estimular estudos e criações artísticas nessa forma de expressão”, considera a especialista.

A dirigente do CCPF acrescenta que o conteúdo da obra é de grande interesse, como material didático e fonte de pesquisa e de criação; especialmente para estudiosos, conservadores, fotógrafos, museólogos e críticos de arte; para outros multiplicadores da linguagem fotográfica; mas também para o público em geral. Baruki ainda elogia “a excelência da pesquisa e o trabalho incansável” de Vasquez. O autor levou mais de trinta anos para concretizar a publicação. Ele comenta: isso ocorreu porque o livro foi fruto de um esforço individual e espontâneo. “É o primeiro dicionário do gênero produzido por um brasileiro. Chega justamente em um momento de transição entre a fotografia clássica e as novas tecnologias de base digital, que a estão substituindo de forma gradativa”, observa o pesquisador. Ele espera que os verbetes contribuam muito para a correta identificação dos processos fotográficos predominantes nos séculos XIX e XX, facilitando os trabalhos dos interessados nas artes visuais como um todo.
 
O CCPF – Funarte: difusão de informações e qualificação de profissionais
Sandra Baruki destaca que o Dicionário Técnico da Fotografia Clássica foi uma “gentil oferta” do estudioso, oportuna e proveitosa, porque, segundo a coordenadora, “Nada melhor do que comemorar a trajetória institucional de referência de três décadas do Centro presenteando o público com essa obra exemplar, de grande valia para o estudo da história da fotografia no Brasil”. A especialista ressalta que a obra colabora com uma das funções do CCPF: contribuir para a difusão de conhecimento e qualificação de novos profissionais. “A tarefa tem sido cumprida com sucesso nos últimos 30 anos, em cursos, seminários, oficinas e publicações do Centro. Essa política institucional formou uma primeira geração de conservadores de fotografia no país; e continua a despertar o interesse de novos entusiastas. Nossos sinceros agradecimentos ao autor por essa dádiva!”, completa.
 
Sobre Pedro Karp Vasquez
Carioca, Pedro Afonso Fernandes Vasquez nasceu em 1954. É reconhecido como fotógrafo, pesquisador, crítico de arte e gestor cultural, entre outros ofícios, como o de jornalista, cineasta – graduado em Cinema pela Sorbonne (Paris – França), em 1978 – e poeta. Sua primeira mostra individual foi realizada em 1973. Expôs no Brasil, na Alemanha e na França – país que recebeu, em Paris, individuais suas em 1976, em Île de France, e no ano seguinte, na Galeria Malombra – entre outras exibições coletivas. Nos anos 80, “destacou-se como administrador cultural e incentivador da fotografia no cenário artístico brasileiro” (registra a Enciclopédia Itaú Cultural)*. Foi um dos criadores do Infoto – Funarte, em 1982 e o dirigiu, até 86. A seguir, foi curador do Departamento de Fotografia, Vídeo e Novas Tecnologias do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ), até 89. Entre 1980 e 1990, foi editor de fotografia das revistas Photo Camera e Best View, e do jornal O Dia.


Começou, em 85, a dedicar-se também a pesquisas – sobretudo em história da fotografia no Brasil e sobre o uso da arte como instrumento de transformação pessoal. Concluiu mestrado em Ciência da Arte na Universidade Federal Fluminense (UFF), em Niterói (RJ), em 1999. Lecionou fotografia na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC/RJ), na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e no curso de pós-graduação da Universidade da Cidade, também na Capital Fluminense. Recebeu o Prêmio Nacional de Fotografia da Funarte, em 1996, e a Bolsa Vitae de Fotografia, em 1998. É membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB). Entre seus livros estão: Fotografia: Reflexos & Reflexões (1987), Mestres da Fotografia no Brasil (1995), e Fotógrafos Alemães no Brasil do Século XIX (2000).

Jornalista Deo Saraiva lança hoje (28), em Conservatória, "A Casa de 365 Janelas"


Acontece hoje (28), a partir das 10h30, na Fazenda Florença, em Conservatória, o lançamento do livro A Casa de 365 Janelas, escrito pela jornalista Deolinda Saraiva. A obra é um romance ficcional baseado em fatos reais, ocorridos na época do Brasil Colonial. 


terça-feira, 22 de janeiro de 2019

Amazon faz pré-venda exclusiva do primeiro livro do youtuber Mauro Nakada


Com apenas 22 anos, um dos maiores influenciadores digitais do país lança livro sobre as 7 maravilhas do mundo moderno

Em 2017, Mauro Nakada decidiu colocar uma mochila nas costas e desvendar os sete lugares mais incríveis do planeta terra. A viagem, que durou quase seis meses, resultou em O Guia do Mochileiro Terráqueo: Em busca das 7 maravilhaso primeiro livro do estudante de cinema que, com apenas 22 anos, já um dos maiores youtubers brasileiros.

Com quase três milhões de inscritos em seu canal, 1,5 milhões de seguidores no Twitter e no Instagram, Nakada passou dois anos escrevendo a obra que será lançada pela editora Grupo Novo Século, em fevereiro, mas já pode ser encontrada na Amazon, com exclusividade.

"Foram 14 países visitados, mais de 107 mil quilômetros percorridos e quase 120h de voo em 29 aviões diferentes", afirma Mauro, "valeu muito a pena", completou.

Na contramão do seu mercado, o audiovisual, o influenciador digital decidiu que dessa vez iria contar sobre sua experiência de outra forma."Escrever foi a melhor maneira que encontrei de relatar minha jornada. Só um livro conseguiria passar para as pessoas as sensações que vivi. Acho que escrevendo consegui ter uma abordagem mais completa. Pude detalhar cada pequena experiência", conta Mauro.

O Guia do Mochileiro Terráqueo: Em busca das 7 maravilhas
Foram 14 países visitados, mais de 107 mil quilômetros percorridos, quase 120 horas dentro do avião em 29 voos diferentes. Esses são alguns dos números que resumem a façanha de Mauro Nakada. O resultado? 160 páginas escritas e fotografadas em O Guia do Mochileiro Terráqueo: Em busca das 7 maravilhas, o primeiro livro de um dos maiores influenciadores digitais do país. Assista ao vídeo com o resumo desta aventura: https://youtu.be/2Kfx6ilJfi0

Sobre o livro
O Guia do Mochileiro Terráqueo: Em busca das 7 maravilhas
Autor: Mauro Nakada
Editora: Grupo Novo Século
No de páginas: 160
Link da pré-venda exclusiva do livro na Amazon: https://amzn.to/2AOqrlE

Canais oficinais do Mauro



Sobre Mauro Nakada
Mauro Nakada tem 22 anos e é criador de conteúdo digital, dono do canal do Youtube "Mauro Nakada" com quase 3 MM de inscritos e da conta de Instagram que leva seu nome com quase 2 MM de seguidores. Estudante de cinema, adora compartilhar conteúdo de viagem, cultura pop, e vídeos de entretenimento - além de ter a mania de provar doces estranhos de todas as regiões do mundo.


Noite de alegria e emoção em homenagem aos "Guardiões da Alma Carioca"


A aconchegante Casa Porto, no histórico Largo São Francisco da Prainha, na Saúde, foi pequena para receber os muitos amigos do jornalista Aydano André Motta, que na noite da última quinta-feira (17) lançou o livro Necessários Guardiões da Alma Carioca, obra que celebra a vocação carioca de festejar os melhores exemplos.



Nele estão 14 personagens que defendem o Rio de Janeiro, cada qual com sua especialidade e jeito peculiar de ser: Tia Maria do Jongo, Alfredinho do Bip Bip, Ivan Santana, Silvério Morón, Marquinhos de Oswaldo Cruz, Eliana Sousa Silva, Luiz Antônio Simas, Tião Santos, Maria Eduarda Aguiar da Silva, Regina Tchelly, Jessé Andarilho, Otávio Júnior, Henrique Vieira e Marcela da Matta.

A concepção do livro é de Sylas Andrade, fotos de Paulo Marcos de Mendonça Lima, design de Télio Navega e prefácio de Joaquim Ferreira dos Santos. O selo é da Editora Parideira Cultural.

Abaixo, alguns registros da noite de lançamento publicadas por amigos de Aydano Motta em páginas do Facebook:





  










quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

Livro de Aydano André Motta revela quem são os verdadeiros Guardiões da Alma Carioca


No cotidiano da metrópole embrutecida e intolerante, há quem defenda e preserve a chama da alegria e da solidariedade, que forjaram a alma carioca. Gente que zela pela boa convivência entre vizinhos e visitantes, moradores e turistas, frequentadores habituais e bissextos. Vamos contar a história dos personagens que se dedicam à causa de um lugar melhor para viver. O comerciante fiel ao atendimento personalizado e carinhoso; o artista defensor das festas na rua; a matriarca que mantém vivo o ritmo ancestral; o professor que distribui saber na praça – todos guardiões da alma carioca.

  
Esses personagens contarão a história de outra cidade, que sobrevive apesar dos problemas. Eles estão por todos os bairros, em vários formatos, estilos, trajetórias. Suas histórias desfilam por 178 páginas do livro ilustrado Necessários Guardiões da Alma Carioca, com texto do jornalista Aydano André Motta, fotos de Paulo Marcos de Mendonça Lima e design de Télio Navega. A obra ainda traz homenagem a uma guardiã inesquecível – Marielle Franco.

Aydano André Motta é o autor dos textos
O livro, com o selo da Editora Portunhol, será lançado no próximo dia 17 (quinta-feira), na Casa Porto (Largo de São Francisco da Prainha, 4), com a presença dos homenageados.

Os personagens:

Tia Maria do Jongo. Mantém o Jongo da Serrinha, manifestação que preserva as características do tempo dos escravos. Aos 97 anos, lidera o grupo em shows pelo Brasil e comanda a Casa do Jongo, no pé do Morro da Serrinha.

Alfredinho do Bip-Bip. Dono do bar ícone de Copacabana, na Rua Almirante Gonçalves, mantém o lugar sem funcionários – quem quiser cerveja, deve pegar e deixar o dinheiro numa pequena caixa. Assumidamente de esquerda, Alfredinho defende a boemia e pratica a fraternidade no seu próprio negócio.

Ivan Sant'Ana. Neurocirurgião e chefe da emergência do Miguel Couto. Um raro caso de médico negro e de origem pobre no Brasil. Envolve-se com os pacientes, chora junto e ajuda muito mais do que o esperado pela sua função.

Silvério Silva. Engenheiro aposentado dedica 4 horas de seu dia para ensinar matemática gratuitamente em praças de Botafogo e do Aterro do Flamengo. Começou sozinho, mas ganhou a companhia de outros professores, chegando a mais de 100 alunos. “Se todo mundo passar o que sabe para alguém que precisa, a violência acaba”, defende ele.
Marquinhos de Oswaldo Cruz. Criador da Feira das Yabás e do Trem do Samba, transformou-se num defensor do samba e da cultura popular. Cria da Portela, preserva a memória dos mais antigos e das escolas de s
amba.
Eliana Sousa Silva. Educadora e ativista que criou e mantém a ONG Redes da Maré, no complexo de favelas onde cresceu, após chegar, com 7 anos, do sertão da Paraíba, onde nasceu. Constrói parcerias em nome do desenvolvimento sustentável da população de lá. A instituição hoje sustenta mais de 20 projetos.

Luiz Antonio Simas. Um dos mais importantes intelectuais cariocas da atualidade, colhe seu saber nos bares e terreiros. Ocupa-se de escolas de samba, do povo de rua, dos botequins e do axé. Babalaô da religião ifá, é professor de história e tem uma legião de fãs que não para de crescer.

Tião Santos. Presidente da Cooperativa dos Catadores de Jardim Gramacho, ganhou fama planetária no documentário “Lixo Extraordinário”, de Vik Muniz. Tem os rejeitos como uma espécie de religião e tira deles o sustento de sua família. Luta pelo ressarcimento aos catadores após o fechamento do lixão de Jardim Gramacho.

Maria Eduarda Aguiar. Primeira advogada transexual a usar o nome social na carteira da OAB, trabalha contra a intolerância aos LGTBI+. Lutou em processos como o dos transexuais nas Forças Armadas.

Regina Tchelly. Criadora do projeto gastronômico Favela Orgânica, no Morro da Babilônia, iniciativa que reaproveita alimentos descartados em receitas deliciosas. Usando mão de obra local, Regina tornou-se empresária social e já levou o projeto a alguns países da Europa.

Jessé Andarilho. Escritor e ativista cultural, vive na Favela de Antares, em Santa Cruz, que serve de cenário para seus romances. Escreveu os livros num celular, nas viagens de trem do extremo da Zona Oeste ao Centro carioca. Mantém o movimento Marginow, que revela novos artistas e promove saraus de poesia em diversos lugares, no Rio e fora dele.

Otavio Livreiro. Filho de um pedreiro e uma empregada doméstica, apaixonou-se desde cedo pelos livros. Hoje mantém biblioteca na Grota, Complexo do Alemão, e o passeio literário, onde, com uma mala de livros e um tapete vermelho, reúne crianças para contar histórias.

Pastor Henrique Vieira. Professor de história, evangélico, negro e progressista, denuncia os “coronéis da fé”. Defende o estado laico, a luta contra o racismo, a intolerância religiosa, o patriarcado e o machismo. Luta também pelos direitos dos LGBT+.

Marcela da Matta. Produtora de novos talentos no funk e no rap, mantém intensa atividade comunitária em Fazenda Botafogo, na Zona Norte. Lésbica, integra as fileiras da luta LGBT+ e contra a gordofobia.

SERVIÇO:
Lançamento do livro "Necessários Guardiões da Alma Carioca"
Editora Portunhol
Concepção: Sylas Andrade
Entrevistas e textos: Aydano André Motta
Fotos: Paulo Marcos de Mendonça Lima
Design: Télio Navega
Dia 17/01/2019 - 19h
Casa Porto (Largo de São Francisco da Prainha, 4 - Saúde - RJ)
178 páginas. R$ 70