quarta-feira, 27 de março de 2019

Jornalista e escritor Luís Pimentel vai lançar seu primeiro romance: "Danação"



Um pequeno trecho do livro Danação (Romance. Editora 7Letras):
Luís Pimentel
(...) O vento da noite negra é quente como brasa, e esquenta mais ainda o asfalto, empurra as pedras para o meu corpo, faz arder as feridas do meu rosto, o vento é sonho, lembranças, a brisa traz folhas secas da beira da estrada, traz um menino correndo atrás de uma bola, um cachorro correndo atrás de um menino, um galo correndo atrás de um cachorro, a poeira em volta das folhas, as pedras miúdas embaixo dos pés descalços, o quintal junto com os sonhos de infância, a chuva fina que o vento trouxe, lavando o suor e o sangue, os braços abertos na beira da rodagem, que nenhum carro esmague os meus dedos, os carros que passam e nem buzinam, um carro de boi no atoleiro, gemendo com suas rodas de madeira, os bois gemendo de fome e de sede, a mãe Para dentro menino.
(...)

sexta-feira, 22 de março de 2019

“Um cisne na noite”, terceiro livro de Regina Taccola, será lançado no próximo dia 27, em Ipanema



Regina Taccola, nascida e criada em Ipanema, é uma médica psicanalista aposentada e leitora voraz, que nos últimos anos vêm se dedicando à literatura e afiando seu estilo. Lembranças, relações, memórias que voltam numa rede de sentidos e significações. Autora de 'Uma Tarde Embalada pelo Mar' (Editora Frutos/2016) e 'Vida Louca' (Editora Chiado/2017), se prepara para lançar seu terceiro livro, Um cisne na noite (Editora Jaguatirica), com 31 contos em 82 páginas.

Um cisne na noite, que será lançado na próxima quarta-feira, dia 27, às 19h, na Livraria Travessa de Ipanema (Rua Visconde de Pirajá, 572), alcança a árvore de nossos sonhos, “bate forte no tronco, marradas que lembram trovões”, nos coloca em uma “fina lâmina de água que sobrou do mar recuado” e nos faz flutuar em palavras. Palavras essas que são como um brinco recém-encontrado, que, ao olhar de perto, nos dá a certeza de ser um diamante lapidado. A autora nos leva às miudezas do cotidiano, aos preconceitos, vivências e diferenças em suas 31 narrativas.

Há muito vento e escuta, como se o narrador fosse uma poesia que vem, nos toca e vai, numa musicalidade em verso. Especialista no cotidiano lírico e poético, suas palavras são “rasgo vermelho-sangue na junção do céu com o mar” como se a vida ganhasse a pincelada que nos surpreende e adiciona sopro sobre um mar revolto enquanto se “espraia espumas”. É leitura fundamental para aqueles dias onde procuramos esperança na escrita.

Sobre a autora:
Regina Taccola
Regina Taccola, médica e psicanalista carioca, escreveu seu primeiro conto aos sete anos, recém-alfabetizada. Deu-lhe o título de A morte de Tarzan e nele narrava o atropelamento e agonia de um cachorro tão ruivo quanto sua dona, moradora da vizinhança. Fez sucesso na família, comunidade onde era a única criança, e ganhou fama de “futura jornalista” e “escritora de renome”, exageros compreensíveis pela facilidade com que passara para o papel a tragédia presenciada na volta do colégio. Na adolescência, cometeu um romance sobre rituais de passagem. O título: Amanhã ontem será hoje. O livro foi esquecido no táxi por sua mãe, pouco antes de ser submetido à leitura crítica de um amigo literato. Ato falho. Continuou os estudos, passou para a universidade, fez formação em psicanálise e, durante anos de prática, vivenciou-se atravessando o abismo na corda bamba que separa o consciente do inconsciente, lá onde brotam não só insights, mas o próprio processo criativo. Do abismo fez ponte e, usando a vivência, voltou à ficção. Um cisne na noite é o resultado desse processo, e chega, dessa vez, pronto e à espera de ser curtido pelos leitores. São contos curtos como janelas entreabertas, que permitem a cada um continuar a navegar e criar a sua própria fantasia. Regina mora em Ipanema com seu segundo marido e Bob, o poodle ciumento que acredita ser ela sua propriedade.

quinta-feira, 21 de março de 2019

Luana Génot lança hoje (21) seu primeiro livro: "Sim à Igualdade Racial - raça e mercado de trabalho"


Sessão de autógrafos na Livraria Travessa do Leblon, às 19h, terá bate-papo sobre o tema com a jornalista Flávia Oliveira


É cada vez mais importante falar sobre desigualdade racial. O problema é uma realidade do mercado de trabalho brasileiro e a luta de Luana Génot fez com que ela buscasse meios de enfrentamento e combate a essas questões com atuações em empresas com o IDBR e em seu aprimoramento profissional, através do mestrado em Relações Étnico Raciais no CEFETRJ.

Flávia Oliveira
Como fruto de seu trabalho e de todos que apoiaram e apoiam a luta, ela lança hoje (21) seu primeiro livro, Sim à Igualdade Racial - raça e mercado de trabalho, pela editora Pallas. O livro contém depoimentos de dezesseis pessoas de diferentes perfis, incluindo da própria Luana e dos seus pais.

A sessão de autógrafos será a partir das 19h, na Livraria Travessa do Leblon, que fica na Avenida Afrânio de Melo Franco, número 290 - loja 205, no Leblon. A jornalista Flávia Oliveira Estará presente para conversar sobre o tema. 

"Eu acredito que cada um de nós tem um papel fundamental na mudança do cenário atual e me proponho, através deste livro, a ajudar as pessoas e empresas a olharem para o tema como oportunidade de mercado e transformação social", enfatiza a autora.

Sobre a autora:
Luana Génot é fundadora e diretora executiva do ID_BR – Instituto Identidades do Brasil, instituição sem fins lucrativos que desenvolve campanha Sim à Igualdade Racial, que em seus três pilares - empregabilidade, educação e eventos - tem como objetivo o aumento de lideranças negras no mundo corporativo. É mestra e pesquisadora em Relações Étnico-raciais CEFET-RJ; pós-graduada em Marketing e Comunicação no IED-Rio; e graduada em Publicidade pela PUC-Rio. Foi bolsista do Ciências Sem Fronteiras / CAPES, na University of Wisconsin – Madison, onde se especializou em pesquisa na área de raça, etnia e mídia. Também trabalhou na Burrell / Publicis Chicago na área de planejamento estratégico. Trabalhou no hub de marketing em multinacionais da área de beleza e entretenimento. Atua como palestrante e gestora de projetos sobre raça e etnia, equidade de gênero e empreendedorismo. Foi modelo publicitária e de passarela.

quarta-feira, 20 de março de 2019

Parabéns pelo Dia do Contador de Histórias

No dia 20 de março é comemorado o Dia do Contador de Histórias. A data foi criada em 1991, na Suécia, e tem como principal objetivo reunir os contadores e promover a prática em todo mundo. Através dos tempos, a arte de contar histórias marcou a história da humanidade. Sua importância não é somente em relação à construção da história, mas a construção de estímulos em relação à leitura e ao imaginário.
Criança ou adulto, quem não gosta de ouvir uma boa história? Quem já não atuou como um contador de histórias ao narrar um acontecimento numa roda de bate-papo? Se permitir a mágica de vivenciar um conto de fadas, na fase adulta, ou interagir como autor dessa construção com os pequeninos, é pura magia!! Como escreveu Kilder Alves, "contar história consiste na fórmula certa para atingir o público com temas suaves e reais e, pela sua magia e entretenimento, é sempre bem-vindo em todos os ambientes em que se estimula o ser criança".
Parabéns para todos os contadores de histórias!

sexta-feira, 15 de março de 2019

Em turnê por várias cidades do Brasil, Luisa Bérard recebe leitores e autografa seu primeiro livro


Autora alagoana inicia encontros pela cidade do Rio de Janeiro, no próximo dia 18 (segunda-feira), na Livraria da Travessa, no BarraShopping, às 18h

Luisa Bérard
O romance histórico Nas Montanhas do Marrocos, que ganhou visibilidade nacional com a Editora Novo Conceito, é sucesso nas redes sociais e conta a história de uma mulher à frente de seu tempo, que supera conflitos culturais e religiosos em busca de liberdade e amor. É uma obra intensa, dinâmica e surpreendente, com todos os ingredientes necessários para manter o telespectador preso na história do primeiro ao último episódio. Poderia, perfeitamente, virar série de TV. Mas, como é um livro, cumpre com maestria sua missão de segurar o leitor da primeira à última página.

Luisa Bérard é alagoana, vive em Recife e tem 43 anos. Trabalhou como advogada até descobrir seu talento para a literatura. Depois de uma conversa com sua irmã Teresa, durante as festas de fim de ano, tomou coragem e decidiu passar para o papel toda aquela história que já habitava sua mente há tempos. O livro, de forma independente, vendeu em torno de dois mil exemplares.

Nas Montanhas do Marrocos ganhou projeção nacional com seu relançamento, em novembro do ano passado, pela Editora Novo Conceito, uma das maiores editoras de romance de ficção do país, com mais de 380 títulos publicados. E, agora, a autora inicia uma turnê de autógrafos pelo país, para se aproximar ainda mais de seus leitores.

A programação da turnê é a seguinte:
Rio de Janeiro
Livraria da Travessa – 18 de março – 18h00
BarraShopping (Avenida das Américas, 4.666, nível Américas, loja 220. Tel.: (21) 2430-8100).

Curitiba
Livrarias Curitiba – 20 de março – 19h30
Shopping Palladium ( Av.Presidente Kennedy, 4121 loja 2047 – Portão) Tel.: (41)3330-6777

São Paulo
Livraria Cultura – 17 de abril  - 19h00
Conjunto Nacional ( Av. Paulista, 2073 – Bela Vista-  Tel.: (11) 3170-4033)



quarta-feira, 13 de março de 2019

Um dos maiores clássicos da literatura mundial, o livro "O pequeno príncipe" está à venda em toda a rede Paulinas de livrarias, no site (www.paulinas.com.br) e também pelo televendas (0800 70 100 81 ou WhatsApp: 11 94569-0240).


quarta-feira, 6 de março de 2019

Jornalista Aziz Ahmed revela em livro as “Memórias da Imprensa Escrita”


Obra impressa e no formato de e-book será lançada na próxima segunda-feira, com sessão de autógrafos no auditório da ABI

Quantas vezes a gente já ouviu alguém, mesmo jornalistas bem informados, afirmar que De Gaulle disse que “o Brasil não é um país sério”? Pois o ex-presidente francês jamais pronunciou esta frase. É fake news, como garante o jornalista a quem é atribuída a sua divulgação, um dos 26 veteranos profissionais ouvidos por Aziz Ahmed no livro Memórias da Imprensa Escrita, que será lançado no próximo dia 11 (segunda-feira), às 17 horas, no auditório da ABI - Associação Brasileira de Imprensa (Rua Araújo Porto Alegre, 71), Centro, Rio de Janeiro.

Segundo Aziz Ahmed, muitas das histórias que esses monstros sagrados do jornalismo contaram registram momentos históricos da profissão, desde os idos dos anos 50 do século passado. “Todos dirigiram redações e reúnem um acervo de experiências vividas nas redações que estão expostas no livro. São nomes que, para pelo menos duas gerações de jornalistas, dispensam apresentações”, enfatiza o autor.

O leitor vai ficar sabendo que Carlos Lacerda, antes de tornar-se um dos mais poderosos políticos brasileiros, queria ser autor de novelas; que a polícia acabou com uma festa oferecida ao presidente Kennedy no dia da sua posse, atendendo denúncia de um cidadão anônimo, incomodado com o barulho. E mais: que, por uma ordem do governo militar, 1 milhão e 200 mil exemplares de um suplemento produzido pelo Jornal do Commercio do Rio, para serem encartados nos jornais dos Diários Associados, foram jogados no lixo; vai saber, pela percepção de um famoso colunista, que o dinheiro mudou de mãos e como o pragmatismo do dr. Roberto Marinho levou O Globo a vencer a soberba do dr. Nascimento Brito na disputa de mercado com o Jornal do Brasil. E ainda, pelo relato afetivo de seus principais colaboradores, vai conhecer como era o convívio com Samuel Wainer, Adolpho Bloch e Ibrahim Sued.
Gilson Campos, Aziz Ahmed, Nilo Dante e Cícero Sandroni. Em pé, Antônio Carneiro e Milton Coelho da Graça
Essas e outras histórias são contadas nas 316 páginas desse livro — uma realização do Ateliê de Cultura, e patrocínio da Delphos e da prefeitura do Rio de Janeiro, Secretaria Municipal de Cultura, Lei Municipal de Incentivo à Cultura (Lei do ISS) — que mergulha nos bastidores da imprensa desde a época dos anos dourados, atravessando os anos rebeldes e os de chumbo, até chegar a estes novos tempos de incerteza quanto ao futuro da mídia impressa.

Inspirado na própria experiência do autor e nas conversas com velhos companheiros, escrito em forma de notas de coluna, o livro oferece uma leitura leve e bem-humorada de casos que não foram registrados nos jornais. 

Uma novidade: a obra traz o passado à atualidade trazendo em cada capítulo QR codes, que transportam o leitor a um vídeo de cada entrevistado. Tal ferramenta permitirá ao leitor, através do próprio livro, assistir ao último depoimento, com quase três horas de duração, gravado pelo jornalista Ricardo Boechat – falecido no mês passado, em acidente com um helicóptero.


Aziz Ahmed e Ricardo Boechat
Pensando na inclusão, a obra também está sendo lançada no formato e-book.
— O livro tem uma relevância que transcendeu a proposta original – disse o autor do prefácio, jornalista Domingos Meirelles, presidente da ABI, instituição que dá apoio cultural à obra, que será incorporada ao acervo do Centro de Memória da instituição. E destaca Meirelles:

— Tornou-se uma obra de leitura obrigatória. Ele reproduz o cotidiano das antigas redações. Revela, com delicadeza de sentimentos, o ambiente romântico de um dos momentos mais faiscantes da imprensa contemporânea. Fala sobre desejos e fantasias que perpassaram as vidas de gerações inteiras de profissionais. Acho que o grande mérito do livro está justamente em ter conseguido capturar esse clima do qual tanto nos orgulhávamos e que parece haver se perdido para sempre.

Ahmed ouviu jornalistas que fizeram ou que ainda fazem a história da profissão. Pela ordem alfabética: Aluizio Maranhão, Anna Ramalho, Aristóteles Drummond, Arnaldo Niskier, Bruno Thys, Cícero Sandroni, Fernando Carlos de Andrade, Fuad Atala, Gilson Campos, Henrique Caban, Jarbas Domingos, J.B. Serra e Gurgel, Jomar Pereira da Silva, José Silveira, Luiz Edgar de Andrade, Milton Coelho da Graça, Miranda Jordão, Nelson Lemos, Nilo Dante, Nilson Lage, Paulo Jerônimo, Pery Cotta, Pinheiro Junior, Ricardo Boechat, Telmo Wamber e Walter Fontoura.

O respeito à longevidade já é consagrado na própria capa de Memórias da Imprensa Escrita, ilustrada pelo desenhista Marcelo Monteiro, que, desde 1962 até hoje, estampa diariamente seu talento nas páginas do jornal O Globo.

Sobre o autor
Nascido em 26 de setembro de 1938, Aziz Ahmed é carioca de Vila Isabel. Começou a carreira jornalística em 1961, no Correio da Manhã, foi chefe de reportagem de O Globo e da Ultima Hora, onde também foi editor e diretor da sucursal em Brasília. Dirigiu o Jornal do Commercio de 1979 até 2013, e lá também tinha uma coluna diária. Foi colunista no jornal O Povo do Rio e editor-chefe do jornal comunitário A Voz de Rio das Pedras. Foi professor do curso de Jornalismo da UniverCidade (1997-2014), chefe da Comunicação Social da prefeitura do Rio, vice-presidente do Conselho de Contribuintes do Município e secretário-geral da Junta Comercial do Estado do Rio. Em 1994, lançou livro “O Calvário de Sônia Angel”, que escreveu a partir da narrativa do professor João Luiz de Moraes, pai dessa cara-pintada dos anos rebeldes, morta, aos 27 anos, nos porões da ditadura.