segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

Lançamento de livro exalta papel importante da Associação Médica Fluminense, criada em 1897


Uma noite de gala que coroou a longa trajetória de dois anos de um trabalho intenso em equipe, com objetivos comuns: valorizar o acervo documental de quase 60 anos do médico Alcir Vicente Visela Chácar e contar a linda história da Associação Médica Fluminense e os mais de 100 anos do movimento associativista em Niterói. Lançado no salão nobre na sede da instituição, no último dia 14, o livro Associação Médica Fluminense – mais de 100 anos de amor à Medicina cumpriu o seu papel de sedimentar a relevância da instituição, trazendo à tona o seu protagonismo em todas esferas no cenário niteroiense.


Médicos, jornalistas, políticos, empresários e importantes nomes da sociedade passaram pelo local, prestigiando o evento. Entre essas personalidades, os ex-presidentes da instituição, Waldenir de Bragança, Aloysio Decnop, Alkamir Issa, Glauco Barbieri e Benito Petraglia. Também marcaram presença o secretário das Culturas, Victor De Wolf, e a secretária de Fazenda de Niterói, Giovanna Victer.

Além do lançamento do livro, o projeto, contemplado pela Lei Municipal de Incentivo à Cultura, envolve ainda a exibição de um vídeo institucional sobre a obra e uma exposição, ambos organizados pela Casa da Gente Produções. O objetivo foi agregar valor à iniciativa de editar o livro e aguçar a curiosidade do leitor para ler essa história centenária, impregnada de momentos de superação, de fé inabalável e de busca pelo bem comum.


Durante a cerimônia de lançamento do livro, a presidente da Associação Médica Fluminense, Zelina Caldeira, falou da relevância da obra e convidou os jovens médicos a participarem ativamente dos rumos da Casa do Médico. Mas, o ponto alto da noite foi o discurso do grande responsável pela criação do livro, Alcir Chácar. Emocionando, ele falou do seu hábito incorrigível de guardar “coisas”, que, para muitos, pode parecer um sentimento pertinente a um “acumulador”. Porém, com a ideia de escrever o livro, esses hábitos passaram a ter um grande sentido. Sobre o futuro do livro, ele foi categórico ao afirmar: “Esperamos que ele sirva como argamassa a fortalecer as estruturas dessa Casa, construída com o empenho de grandes homens”.

Ex-presidente da Associação Médica Fluminense, no período de 1977 a 1981, Alcir Vicente Visela Chácar atuou, juntamente com o ex-prefeito Waldenir de Bragança, então presidente da AMF, na luta pela construção da sede da instituição no curto prazo de um ano. Além disso, ocupou importantes cargos na área da saúde pública, como diretor do IPASE e presidente do IASERJ, onde se empenhou no combate à desnutrição infantil. Além disso, também ocupou a presidência da Academia de Medicina do Estado do Rio de Janeiro em vários mandatos.


Sobre a obra
Organizada por uma equipe editorial composta pelo que ficou chamado “trio de ouro”, tendo como componentes o médico Alcir Chácar, a administradora de empresas Maria Gomes e a jornalista Verônica M. de Oliveira, o livro Associação Médica Fluminense – mais de 100 anos de amor à Medicina envolveu a organização do acervo, composto por fotos, recortes de jornais e revistas, e documentos históricos. E nessa gestação de dois anos foi sendo desenhada a estrutura do livro, que remonta a história inicial de 1987, quando foi criada a Sociedade de Medicina e Cirurgia de Nichteroy, até os dias atuais.

A administradora de empresas Maria Gomes, o médico Alcir Chácar e a jornalista Verônica de Oliveira
Primeiro produto editorial da Texto & Café Comunicação e Editora, o projeto de valorização do livro cumpre o seu papel itinerante, sendo lançado ainda na Academia Fluminense de Letras e em Campos dos Goytacazes. O mais importante é justamente exaltar as raízes históricas da cidade de Niterói, que tem importantes símbolos que são exaltados no livro, tais como a Universidade Federal Fluminense, o Hospital Antonio Pedro e a Associação Médica Fluminense.


sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

Publicação faz um passeio pelos 100 anos de vida do ator e dublador Orlando Drummond


A biografia “ORLANDO DRUMMOND – VERSÃO BRASILEIRA”, escrita pelo jornalista Vitor Gagliardo, será lançada no próximo dia 23, a partir das 19h, no Espaço Cultural Herdeiros da Vila, no Shopping Boulevard, em Vila Isabel

A história de um dos grandes nomes da TV brasileira está reunida na biografia Orlando Drummond – Versão Brasileira, com texto do jornalista Vitor Gagliardo e publicação da Gryphus Editora. O livro presta homenagem aos 100 anos do ator e dublador carioca, nascido no bairro de Todos os Santos, em 18 de outubro de 1919.

Conhecido principalmente pelo inesquecível “Seu Peru”, da Escolinha do Professor Raimundo, durante 40 anos Drummond emprestou sua voz à versão brasileira de Scooby Doo, o dogue alemão falante que soluciona mistérios. Este é seu personagem preferido e surgiu depois de o ator simular latidos para escapar de um assalto dentro de sua casa. Também deu voz a outros personagens icônicos, entre eles Alf, o ETeimoso, Puro Osso, Popeye e o Vingador, de Caverna do Dragão.
 
                               Orlando Drummond na pele do personagem "Seu Peru"
Orlando Drummond viu de perto as transformações da indústria do entretenimento no Brasil. Começou em 1942, na Rádio Tupi, como contrarregra, e logo caiu nas graças de Paulo Gracindo, que percebeu o potencial de seu timbre. Não demorou muito para estrear, em 1950, na TV Tupi. Em seguida, ele atuou em alguns filmes, como Rei do Movimento (1954) e Angu de Caroço (1955).


Foi na década de 90 que o rosto do ator se tornou familiar ao público com o famoso “Seu Peru”. O personagem ficou conhecido pelas roupas extravagantes e seus diversos bordões: "Estou porra aqui”, “Use-me e abuse-me”, “Te dou o maior apoio” e “Peru é cultura, cheio de ternura”. Em novelas, sua primeira participação ocorreu em Caça Talentos, interpretando Zaratustra, de 1996 a 1998.

O livro, segundo o autor, tem quase 340 páginas de texto e 16 de fotos. “Escrever sobre o Orlando foi um sonho que começou a se materializar em 2015. Mas, parecia distante, pois não se trata de qualquer história. Drummond é um dos pioneiros da dublagem. Fiz muitas entrevistas com ele, com os familiares e alguns dubladores. Ele próprio tem uma vasta documentação guardada. Além disso, fiz toda uma pesquisa buscando informações em arquivos e na imprensa”, diz Vitor.


Orlando é casado desde 1951 com Glória Drummond. O casal se conheceu em junho de 1947, nos bastidores de um programa de rádio de Pedro Anísio, cuja estreia Glória foi prestigiar. Os dois têm dois filhos, Orlando e Lenita Helena, cinco netos, Marco Aurélio Asseff, Michel Assef Filho, e os dubladores Felipe Drummond, Alexandre Drummond, Eduardo Drummond, e dois bisnetos, Miguel e Mariah.  “Drummond sempre gostou de fazer brincadeiras. A maioria delas quase sempre infantis. Então, quando perguntado sobre o bairro onde nascera, a resposta era sempre a mesma: ‘Todos os Santos, graças a Deus!’”, lembra Gagliardo.

O jornalista Vitor Gagliardo
Num olhar mais atento, o leitor poderá descobrir detalhes pouco conhecidos de um cara extremamente bem-humorado, louco pela vida e viciado em esportes. Boxe, futebol e remo eram suas grandes paixões. O lado brincalhão, gaiato, aparece em uma das muitas lembranças. “Certa vez foi assistir a um filme de terror no cinema. Em determinado momento, tinha uma cena que mostrava um ritual em que se matava uma galinha. Após o filme, resolveu voltar no dia seguinte com uma galinha viva na bolsa. O filme começou. Assim que acontece a cena do ritual, ele dá um grito e solta a galinha. O bicho, enquanto caía, começou a cacarejar”, conta o autor.