terça-feira, 17 de junho de 2025

Em livro, jornalista Hélio Araújo conta as dores e emoções vividas no Caminho Central Português

 

Obra, em homenagem ao 10º aniversário de seu primeiro Caminho de Santiago, será lançada dia 21, na Bienal do Livro do Rio

 

O primeiro Caminho de Santiago a gente nunca esquece!” Com esta frase na cabeça, o jornalista Hélio Araújo decidiu colocar em prática um projeto iniciado em 2015, quando percorreu seu primeiro Caminho de Santiago de Compostela, o Central Português, desde o Porto. Buscou anotações, publicações do Facebook e, principalmente, remexeu sua memória para lembrar de situações vividas por ele ao longo dos 240 km que separam as cidades do Porto e Santiago de Compostela.


 

O resultado é o livro “Minhas dores e emoções do Porto a Santiago de Compostela”, que será lançado no próximo dia 21, das 18h às 19h30, no estande do Grupo Editorial Litteris (Pavilhão Verde - Rua Z – 14) na Bienal do Livro do Rio de Janeiro, no Riocentro.


 


Na obra, o autor apresenta uma mistura de sentimentos, como dor e emoção, vividos ao longo de sua peregrinação pelo Caminho Central Português. Uma caminhada bastante sofrida, no aspecto da dor, mas também carregada de emoções, sentidas intensamente a cada passo em direção à Catedral de Santiago.

 


Minhas dores e emoções do Porto a Santiago de Compostela” não é um guia, diário, ficção ou romance, mas apenas relatos de algumas situações que Hélio Araújo passou em sua primeira experiência no Caminho de Santiago. Como ter bolhas nos pés do primeiro ao último dia e tendinite na perna esquerda, que o fizeram procurar atendimento em hospitais em duas oportunidades e parar de caminhar por quatro dias, por ordem médica.

 


Junto com as dores estavam, também, as emoções, afloradas em cada passo, cada encontro, cada dificuldade, cada alegria. Na mochila o peregrino carregava uma foto de seu irmão, Moreira, e de sua cunhada, Sheila, falecidos em 2012 e 2013, respectivamente. “Eles caminharam comigo todos os dias e, em alguns momentos difíceis, quando Anjos da Guarda apareceram para me ajudar, tenho certeza que foram enviados por eles”, afirma Hélio Araújo.


 


Nascido no dia 25 de julho, mesmo dia em que Santiago é homenageado, o autor se diz um peregrino abençoado, razão pela qual decidiu lançar “Minhas dores e emoções do Porto a Santiago de Compostela” como homenagem ao 10º aniversário de seu primeiro Caminho e a tudo o que viveu ao longo daqueles 240 quilômetros. “Considero este ano especial para mim, pelos 10 anos de meu Caminho Português. Espero que o leitor goste do que vai encontrar no livro e que o texto sirva de estímulo – tirando as bolhas e dores, é claro – para que mais pessoas se sintam estimuladas a também percorrerem uma das rotas do Caminho de Santiago de Compostela”, conclui.


 

SERVIÇO

Lançamento do livro “Minhas dores e emoções do Porto a Santiago de Compostela 

Autor: Hélio Araújo

Data: 21 de junho de 2025 (sábado), das 18h às 19h30

Local: Estande do Grupo Editorial Litteris na Bienal do Livro do RJ (Pavilhão Verde - Rua Z – 14), no Riocentro


Fotos: Hélio Araújo

quarta-feira, 4 de junho de 2025

Segundo romance do jornalista Ricardo Gouveia, ‘Arame Farpado’ chega aos leitores no próximo dia 10

 

Lançamento da obra, que tem prefácio de Fábio Gusmão, será na Livraria Travessa, no Centro do Rio de Janeiro

     

O jornalista e escritor Ricardo Gouveia lança o seu segundo romance, ‘Arame Farpado, na Livraria Travessa, à Avenida Graça Aranha, 296, no Centro do Rio, no próximo dia 10 (terça-feira), das 17h às 20h. O autor, que foi repórter de polícia do diário popular carioca O Dia e assessor de Imprensa da Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro, conhece bem a violência – pano de fundo da trama literária – que assusta os cariocas.

 


O prefácio da obra, publicada pela Editora Lacre, é assinado por Fábio Gusmão, jornalista que conquistou os prêmios Esso de Reportagem e Tim Lopes de Jornalismo Investigativo, entre outros, e teve o seu livro Dona Vitória da Paz adaptado para o cinema e estrelado por Fernanda Montenegro. “É impossível não ler de uma vez só. Se fosse uma série de streaming, seria impossível não maratonar”, destaca Fábio Gusmão no prefácio.

 

SOBRE O LIVRO

Paulo acorda com o peso de um sonho que não consegue lembrar, mas que o narrador — como um espectador invisível de sua mente — revela em fragmentos inquietantes: imagens de uma pessoa desconhecida, fios cortantes e uma luz que se arrasta como um rastro de culpa. A angústia provocada pelo esquecimento o leva às ruas da cidade, onde um encontro casual com um fotógrafo desconhecido o paralisa. Não sabe por que, mas aquela situação parece ecoar algo enterrado em dentro de si.

 

Na livraria de sempre, o livreiro insiste para que Paulo leve consigo um dicionário antigo. Sem pensar muito, ele aceita e o leva para casa — mas não apenas o livro: entre as páginas amareladas, esconde-se uma carta. O recado desperta nele um incômodo persistente e uma vontade súbita de desvendar a história por trás daquelas palavras. O que ele ainda não percebe é que a mensagem está diretamente ligada ao sonho que o assombrou na noite anterior, sem deixar vestígios em sua memória.

 

Pelas palavras de Ricardo Gouveia, acompanhamos a história pela perspectiva de um narrador meticuloso, que transforma uma trama, inicialmente, com um toque de sobrenatural, em uma investigação de um crime esquecido, ocorrido antes mesmo do nascimento de Paulo. Mas não é apenas o passado que se revela: entre os fios da trama, surgem cenas de um contexto social tão cortante que penetra a carne como feita por arame farpado, expondo feridas que o tempo não cicatrizou. Uma história envolvente do início ao fim, que não deixará você desgrudar dela até a última página.

 

Tudo parece perdido, mas não para o protagonista criado pelo autor. Ele vive seu sonho sem esquecer que pequenos gestos de amor podem mudar qualquer realidade. Persegue isso por toda a vida, sem se preocupar com o tempo. Mesmo que precise de toda a eternidade.

 

SOBRE O AUTOR

Ricardo Gouveia é jornalista há quase quatro décadas, com passagens também pelas redações do Jornal do Commercio e Folha do Turismo. Tem uma longa trajetória como assessor de imprensa de órgãos públicos, tais como o Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro e a Secretaria de Educação do Estado do RJ. Prestou assessoria também a entidades de classe, entre as quais a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e o Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB).

 

Jornalista e escritor Ricardo Gouveia

É formado em Comunicação Social pela Universidade Gama Filho, na qual integrou o Teatro/Oficina Literária, espaço de criação e encenação de textos. ‘Arame Farpado’ é o seu segundo romance. O seu livro de estreia, O homem sem rosto, foi escrito a quatro mãos com a antropóloga Rose Panet, a distância, em tempo real, na época da pandemia.

 

FÁBIO GUSMÃO

Jornalista há 30 anos. Vencedor de prêmios como Esso e Tim Lopes, é o autor do livro Dona Vitória da Paz, adaptado para o cinema e interpretado por Fernanda Montenegro.