quarta-feira, 29 de outubro de 2025

Comemora-se hoje, 29 de outubro, o "Dia Nacional do Livro"

 

O Dia Nacional do Livro é comemorado nesta quarta-feira, 29 de outubro. Os livros são um conjunto de folhas impressas, onde o escritor coloca suas ideias, a fim de deixá-las registradas ou para que outras pessoas possam tomar conhecimento das mesmas. Eles podem variar no gênero dos textos apresentados, sendo documentário, romance, suspense, ficção, autoajuda. Também podem ser bíblicos, religiosos, de poema e poesia, disciplinas escolares, profissões e uma infinidade de áreas.

 



Além de ser comemorado o Dia Nacional do Livro, a data também celebra o aniversário da Biblioteca Nacional, a mais antiga instituição cultural brasileira. O Ministério da Cultura (MinC) entende que a leitura é um dos principais mecanismos de construção de igualdade e de qualidade de vida.

 

Já a Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil considera que o livro está cada vez mais presente, e que a variedade e qualidade dos livros brasileiros, formato, cores, sem dúvida se destacam na América Latina. A Fundação também avalia que a presença dos livros nas escolas é muito importante. Nesse contexto, ressalta ainda que a formação do leitor passa pela família e principalmente no entorno cultural onde a escola tem uma força muito grande.

 

Curiosidade
O primeiro livro publicado no Brasil foi Marília de Dirceu, escrito por Tomás Antônio Gonzaga. Na época, o imperador do país fazia uma leitura prévia dos mesmos, a fim de liberar ou não o seu conteúdo, funcionando como censura.

 

Em 1925, Monteiro Lobato, escritor e editor, autor do Jeca Tatu e do Sítio do Picapau Amarelo, fundou a Companhia Editora Nacional, trazendo grandes possibilidades de crescimento editorial para o Brasil.


Monteiro Lobato

Tecnologias de leituras

Atualmente, a tecnologia oferece ao leitor diversas modalidades de leituras. São vários equipamentos eletrônicos que estão disponíveis aos interessados como um leitor digital ou um aparelho celular, desde que o acesso seja amplo e irrestrito e a prática, difundida.

 

Para dar acesso à leitura à todo cidadão, os ministérios da Cultura e da Educação criaram em 2006 o Plano Nacional do Livro e Leitura. Ele consiste em um conjunto de projetos, programas, atividades e eventos na área do livro, leitura, literatura e bibliotecas em desenvolvimento no país.

segunda-feira, 27 de outubro de 2025

Dia Nacional do Livro: seis leituras que todo executivo e CEO deveriam conhecer

 

No dia 29 de outubro, data que celebra o Dia Nacional do Livro, executiva de RH destaca obras que ajudam founders e CEOs a tomarem decisões mais conscientes e humanas

 

Em um cenário em que a pressão por resultados e inovação convive com a necessidade de liderar de forma mais empática, o hábito da leitura pode ser um diferencial estratégico. No Dia Nacional do Livro, celebrado em 29 de outubro, a leitura ganha destaque não apenas como fonte de conhecimento, mas como ferramenta de desenvolvimento para executivos e empreendedores.

 

Segundo Giovanna Gregori Pinto, executiva de RH e fundadora da People Leap, primeira startup dedicada a descomplicar os processos de Recursos Humanos em startups de tecnologia em fase de crescimento, a leitura é uma das formas mais eficazes de ampliar repertório e repensar a própria forma de liderar. “Ler é essencial para quem precisa tomar decisões complexas e lidar com pessoas. Os livros trazem perspectiva, profundidade e, muitas vezes, respostas para desafios que ainda nem chegaram”, afirma.


Giovanna Gregori Pinto

A executiva reuniu seis livros indispensáveis para founders, CEOs e líderes que desejam fortalecer suas capacidades de decisão, estratégia e gestão de pessoas:

 

·         Factfulness: o hábito libertador de só ter opiniões baseadas em fatos, de Hans Rosling: Ajuda a desenvolver pensamento crítico e a interpretar dados com mais clareza, reduzindo vieses comuns na tomada de decisão.

 

·         Workforce Ecosystems: Reaching Strategic Goals with People, Partners, and Technologies, de Elizabeth J. Altman, David Kiron, Jeff Schwartz e Robin Jones: Explora como líderes podem alinhar pessoas, parceiros e tecnologia para atingir objetivos estratégicos.

 

·         Como fazer amigos e influenciar pessoas na era digital, de Dale Carnegie e associados: Um guia sobre empatia e influência em tempos de conexões digitais e comunicação instantânea.

 

·         Mindset: a nova psicologia do sucesso, de Carol S. Dweck: Mostra como a mentalidade de crescimento pode transformar o modo como líderes enfrentam desafios e aprendem com o erro.

 

·         A regra é não ter regras: a Netflix e a cultura da reinvenção, de Reed Hastings e Erin Meyer: Um retrato da cultura corporativa que valoriza autonomia, responsabilidade e inovação constante.

 

·         Essencialismo: a disciplinada busca por menos, de Greg McKeown: Propõe uma abordagem focada no que realmente importa, ensinando líderes a priorizar e simplificar sem perder impacto.

 

Para Giovanna, o impacto da leitura vai além do desenvolvimento técnico: “As melhores lideranças não são apenas boas gestoras, são pessoas que aprendem o tempo todo. E, muitas vezes, o aprendizado começa com um bom livro”, enfatiza.

 

SOBRE A PEOPLE LEAP

A People Leap é a primeira startup focada em descomplicar os processos de RH em startups de tecnologia em crescimento com potencial de escala. Atua como parceira estratégica de fundadores de startups e times de RH oferecendo uma abordagem prática e adaptada à realidade das startups, evitando burocracias e soluções engessadas que não funcionam para empresas em constante transformação.

 

SOBRE GIOVANNA GREGORI PINTO

Graduada em psicologia pela PUC-Campinas, com MBA em gerenciamento de projetos pela FGV, Giovanna Gregori Pinto é fundadora da People Leap e referência em estruturar áreas de RH em startups de tecnologia em crescimento. Com duas décadas de experiência em empresas de cultura acelerada, construiu uma trajetória sólida em gigantes como iFood e AB InBev (Ambev). No iFood, como Head de People - Tech, liderou a expansão do time de tecnologia de 150 para 1.000 pessoas em menos de quatro anos, acompanhando o salto de 10 para 50 milhões de pedidos mensais. Já na AB InBev, como Diretora Global de RH, triplicou o time antes do prazo, elevou o NPS de People em 670%, aumentou o engajamento em 21% e reduziu o turnover de tecnologia ao menor nível da história da companhia.

 

Escritora que participou do Ano do Brasil na França lança livro no Rio de Janeiro

 

Patricia Gonçalves Tenório apresentou coletânea bilíngue que une literatura, inclusão social e reconhecimento internacional da escrita brasileira

 

Após participar da programação oficial do Ano do Brasil na França, a escritora e doutora em Escrita Criativa Patricia Gonçalves Tenório lançou, na Bibliomaison, no Rio de Janeiro, no último dia 24, a coletânea bilíngue “Estudos em Escrita Criativa no Brasil 2025 – Escritores Brasileiros em Paris” / Études en Écriture Créative au Brésil 2025 – Écrivains Brésiliens à Paris.

 


A obra, apresentada originalmente em setembro, em Paris, durante as celebrações pelos 200 anos de relações diplomáticas entre Brasil e França, reuniu textos de professores e jovens escritores que integraram o projeto Estudos em Escrita Criativa, idealizado e coordenado por Patricia. O grupo, que há oito anos promove ações formativas e de inclusão literária, tem como missão democratizar o acesso à literatura e incentivar a transformação social por meio da escrita.

 

Como escritora e brasileira, levar a nossa literatura para Paris, durante o Ano do Brasil na França, foi uma oportunidade única de mostrar a força criativa do nosso país e participar de um verdadeiro intercâmbio cultural. Lançar a obra no Rio teve um significado ainda maior: foi o retorno dessa experiência ao nosso território, trazendo comigo não só as memórias da França, mas também um pouco da cultura que vivenciei por lá”, afirmou Patricia Tenório durante o evento.

 

Patricia Tenório 


Com vinte textos produzidos em português e francês, o livro foi resultado de um curso gratuito oferecido a jovens em situação de vulnerabilidade social no Recife. A coletânea também prestou homenagem a escritores brasileiros que viveram e criaram parte de suas obras em Paris, entre eles Oswald de Andrade, Jorge Amado, Nélida Piñon e Lygia Fagundes Telles, reforçando a conexão histórica entre as literaturas dos dois países.

 

O lançamento contou com curadoria da professora e tradutora Joice Galli, além da presença de autores e convidados ligados ao universo literário e à cultura franco-brasileira. Em dezembro, o projeto encerrará seu ciclo de apresentações em Recife, na Academia Pernambucana de Letras, coroando um percurso que reafirma o papel da escrita criativa como instrumento de diálogo, inclusão e expressão cultural.

 

Com o reconhecimento obtido na França e agora celebrado no Brasil, Patricia Tenório consolidou sua trajetória como uma das vozes mais atuantes na promoção da escrita criativa e no fortalecimento da literatura brasileira no cenário internacional.

 

Sobre Patricia Tenório

Escritora premiada, possui 35 livros publicados, incluindo "O major – eterno é o espírito", “Samanta”, "Breves estórias do tempo", “Prosa reunida”, “Poesia reunida” e “Os livros”. Premiada no Brasil e no exterior, é criadora do Projeto Literário On-Line Estudos em Escrita Criativa. Graduada em Ciências da Computação (Unicap), mestre em Teoria da Literatura (UFPE), doutora em Escrita Criativa (PUCRS), ministrou, de 2016 a 2021, cursos on-line e presenciais do grupo de Estudos em Escrita Criativa, e uma das idealizadoras, coordenadoras e professoras da primeira turma de especialização lato sensu em Escrita Criativa (Unicap/PUCRS). 

 

Sobre ECC

O Estudos em Escrita Criativa Social (EEC Social) é um projeto idealizado pela escritora pernambucana Patricia Tenório com o objetivo de democratizar o acesso à formação em Escrita Criativa para jovens em situação de vulnerabilidade social no Recife e Região Metropolitana. Em ação desde 2016, a iniciativa oferece um curso gratuito, com aulas presenciais, mentorias e acompanhamento psicológico, voltado à construção do primeiro livro dos participantes. Com um corpo docente formado por alguns dos principais nomes da Escrita Criativa no Brasil, o EEC Social busca revelar novos talentos da literatura e promover o desenvolvimento de futuros autores, editores e profissionais da área.

Nova HQ da Turma da Mônica Jovem mostra que há vida além das telas


"Desconectados?", parceria entre Redes Cordiais, YouTube e MSP Estúdios, incentiva o equilíbrio entre o online e o offline

 

A complexa relação entre crianças, adolescentes e o uso consciente das telas é o tema da nova HQ “Desconectados?”, da Turma da Mônica Jovem. O projeto é uma iniciativa da Redes Cordiais, em parceria com o YouTube e a MSP Estúdios, e será lançado na próxima quarta-feira (29), às 10h30, na Gibiteca Henfil, em São Paulo, nas versões impressa e digital. A revistinha, roteirizada pela própria MSP Estúdios, convida jovens leitores a refletirem sobre hábitos digitais e a valorizar a leitura.

 


Com o carisma da Turma da Mônica Jovem e uma narrativa divertida, a publicação mergulha no cotidiano escolar para mostrar que é possível usar a tecnologia de forma inteligente, sem abrir mão de experiências offline.

 

O lançamento integra a programação da Semana Brasileira de Educação Midiática, parte da Semana Global de Alfabetização Midiática e Informacional (MIL Week), evento anual da UNESCO para promover a conscientização e celebrar os progressos na área.

 

Diálogo sem proibições

A HQ inédita será inicialmente distribuída para uma turma de alunos da escola municipal EMEF Brig. Faria Lima (SP) durante o lançamento. Após isso, a revista será compartilhada com outras escolas públicas e privadas de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Outras cidades interessadas podem ser contempladas por meio de parcerias locais.

 

Em Desconectados?, os personagens se deparam com a notícia de que farão um passeio escolar no qual o uso dos celulares não é permitido. De início, a decisão causa resistência, mas a história mostra como atividades longe das telas podem ser surpreendentes e enriquecedoras.

 

“A revista é uma oportunidade de dialogar com os estudantes sobre o uso equilibrado dos dispositivos digitais para além da simples proibição. Queremos incentivar escolhas conscientes e saudáveis, que promovam a leitura crítica do contexto em que vivemos e a reflexão sobre o que é ser um cidadão digital atuante e responsável”, afirma Januária Cristina Alves, coordenadora do Pequenos Cordiais, núcleo do Redes Cordiais voltado ao público infantojuvenil.


Januária Cristina Alves

Para a MSP Estúdios, a ação conecta os personagens com um debate urgente. “Nossos personagens da Turma da Mônica Jovem emprestam seu carisma para um desafio importante, que é estimular a leitura em tempos de intensa conexão digital”, enfatiza a diretora executiva da MSP Estúdios, Marina Sousa.

 

O YouTube, que apoia financeiramente o projeto, destaca o propósito da parceria: “Integrado à nossa abordagem responsável no ecossistema, o YouTube apoia diversas iniciativas de educação midiática. Essa atuação reflete a nossa preocupação constante em incentivar o uso equilibrado das telas por crianças e adolescentes”, informa a gerente de parcerias do YouTube para conteúdos infantojuvenil, Luana Nazareth.

 

SERVIÇO

Lançamento da HQ Turma da Mônica Jovem em “Desconectados?”

Dia: 29/10/2025

Horário: 10h30

Local: Gibiteca Henfil (Centro Cultural Vergueiro)

Rua Vergueiro, 1000 - Paraíso - São Paulo

*Evento apenas para imprensa e convidados.

Participação da Imprensa Jovem da Escola EMEF Brigadeiro Faria Lima

segunda-feira, 20 de outubro de 2025

Biblioteca Fátima Bernardes é inaugurada pelo Projeto FaveLivro em Vila Isabel

 

Nascida e criada no bairro do Méier, na Zona Norte do Rio de Janeiro, a jornalista e apresentadora Fátima Bernardes foi homenageada de uma maneira muito especial pelo FaveLivro: a 55ª biblioteca do projeto, localizada na Rua Visconde de Santa Isabel, 174, em Vila Isabel, foi batizada com o nome da jornalista.


Fátima Bernardes e Verônica Marcílio

O novo espaço foi inaugurado oficialmente no último dia 10, com a presença de Fátima Bernardes, convidados, moradores da região e estudantes. O acervo da Biblioteca Fátima Bernardes conta com cerca de 1.500 livros, boa parte selecionada pela própria homenageada, que recebeu doações de familiares e amigos. “Passei meses separando livros com carinho, imaginando que cada um deles poderia inspirar novas histórias e despertar o amor pela leitura em outras pessoas. Que alegria viver esse momento! Agora meu nome virou biblioteca! Fiquei muito emocionada”, afirmou ela.


  

 

Durante a inauguração, Fátima Bernardes demonstrou seu carisma, sempre carinhosa e atenciosa com o público presente, recebendo a todos com amor, carinho, brincadeiras e muitas risadas.




FAVELIVRO

O FaveLivro surgiu do encontro ocasional da professora de língua portuguesa Verônica Marcílio e o livreiro Demezio Batista, dois apaixonados por incentivar o acesso à educação e a leitura. No ano de 2012 Verônica foi à Barreira do Vasco, em São Cristóvão, fazer uma contação de histórias para as crianças da comunidade e, ao chegar, encontrou Demezio, que estava distribuindo livros para a criançada.


Demezio Batista e Verônica Marcílio

Partiu dele a iniciativa para que formassem uma dupla em prol do incentivo à leitura. "Já que eu conto histórias e você distribui livros, por que não fazemos uma dupla para incentivar o hábito da leitura entre as crianças das comunidades?”, perguntou Demezio.

Anos depois surgia o FaveLivro, um movimento de Leitura, Educação e Artes, gratuito para o público das favelas, escolas públicas e periferias, que já instalou 55 bibliotecas comunitárias em favelas da cidade.



O projeto Favelivro é mantido de maneira voluntária e à base de doações. Por isso, quem quiser doar livros deve entrar em contato com a equipe pelo Instagram (@favelivro) ou pelo WhatsApp da fundadora Verônica Marcílio, no número (21) 98366-8117, para agendar a retirada dos livros em sua residência. O projeto recolhe as doações por meio de voluntários nos locais definidos pelos doadores. 


segunda-feira, 6 de outubro de 2025

Tay Lopes anuncia pré-venda de seu novo livro, “Antes que eu desapareça”, onde expõe o mundo que vive em seu interior

 

A jornalista e escritora Tay Lopes anunciou em suas redes sociais que a pré-venda de seu mais recente livro, “Antes que eu desapareça”, teve início nesta segunda-feira (6/10) e permanecerá até o dia 5 de novembro, através do link da Editora VOE/Flyve: https://flyve.com.br/1152/antes-que-eu-desapare-a. A data prevista para início do envio da obra é dia 15 de dezembro.


 



Tay Lopes ficou um tempo sem escrever e precisou de um período de reflexão para encontrar seu caminho de volta às páginas. Agora, com “Antes que eu desapareça”, ela retorna com força total, onde expõe o mundo que vive em seu interior. “Fico feliz de ter me encontrado de novo. Feliz de, algumas vezes, encontrar o caminho que me permite viver ‘na minha cabeça’, ainda que não por muito tempo. ‘Antes que eu desapareça’ faz parte desse mundo que existe dentro de mim e que sinto a necessidade de compartilhar. Convido os amantes de fantasia e romance a comprarem seus lencinhos. Quem me conhece sabe que adoro um drama”, brinca a autora.

 

Tay Lopes feliz com sua volta às páginas

Sobre o livro

Quando o amor é o milagre, até os anjos precisam fazer escolhas. Collin é um astro do POP à beira do colapso. Megan, seu anjo da guarda, passou a eternidade o protegendo, sem ser vista, até que, na noite em que ele decide acabar com tudo, ela se torna humana, apenas para o salvar. Agora visível, Megan é arrastada para o caos da fama, fingindo ser uma fã sortuda que acaba conquistando o coração do astro. Mas aquilo que começa como uma mentira, apenas para convencer a mídia, se transforma em algo real e perigoso. Pois, quanto mais Collin se aproxima, mais Megan precisa escolher: viver ao lado dele como humana, ou desaparecer para sempre.


 


Primeira orelha

Todas as pessoas nascem com um anjo da guarda ao lado. Permanecemos juntos durante boa parte da nossa existência. Não temos um nome, não podemos ser vistos, mas estamos ali. Cuidando cada passo, desde o começo de suas vidas, e em alguns casos, até o final.

Foi assim durante muito tempo com Collin. Segurei sua mão e o mantive nos trilhos, mesmo quando tudo parecia desmoronar ao seu redor. E, mesmo que ele não soubesse, eu estava ali.

Durante toda a sua vida fui uma força invisível ao seu lado.

Até aquela noite.

Agora, por algum motivo, ele podia me ver.

 

Sobre a autora

Tay Lopes é graduada em jornalismo. Contudo, muito antes disso, entendeu que era através da escrita que conseguia se expressar realmente. Apaixonada pelas palavras, quando não está fazendo tudo o que uma pessoa adulta deve fazer para sobreviver no mundo real, ela gosta de passar tempo consigo mesma e com as histórias que rondam a sua cabeça. “Antes que eu desapareça” será seu segundo livro de fantasia publicado.


A jornalista e escritora Tay Lopes

Quem desejar encontrar mais detalhes sobre os outros livros da autora pode visitar seu Instagram: taylopesl


domingo, 5 de outubro de 2025

Livro de Sérgio Amadeu revela aliança entre big techs e complexo militar para guerras dataficadas

 

Em "As big techs e a guerra total", autor desvenda como gigantes da tecnologia fornecem dados e IA para operações militares, redefinindo o cenário geopolítico

 

O livro “As big techs e a guerra total parte de uma questão que está na ordem do dia — o modo como o desenvolvimento tecnológico e as plataformas digitais transformam nosso cotidiano, ao moldar nossa forma de agir, de pensar etc. — e vai além, mostrando como o avanço da inteligência artificial tem sido incorporado aos interesses militares das grandes potências (em especial, dos Estados Unidos) para redefinir o cenário das disputas geopolíticas globais.

 


Com uma escrita clara, que explica temas complexos em linguagem acessível, Sérgio Amadeu convida o leitor a adentrar os bastidores das alianças estratégicas entre Estados nacionais e as grandes empresas de tecnologia, como Google, Amazon, Microsoft, Oracle e Palantir, as quais passam a fornecer para as Forças Armadas não apenas infraestrutura digital e uma infinidade de dados que possibilitam mapear a população inteira de um território “inimigo”, mas também algoritmos e sistemas de IA que passam a tomar decisões e definir os alvos com base em estatísticas.

 

Fundamentado em vasta pesquisa e exemplos de fatos históricos recentes, como os sistemas de IA usados por Israel na Faixa de Gaza, Amadeu denuncia a dataficação como instrumento de dominação e alerta para a urgência de um debate ético e político capaz de enfrentar os riscos da fusão entre capitalismo de vigilância e militarismo digital.

 

Sobre o autor

Sérgio Amadeu da Silveira é sociólogo e doutor em Ciência Política pela Universidade de São Paulo (USP). É professor associado da Universidade Federal do ABC (UFABC) e pesquisador do CNPq, com especial interesse no impacto das novas tecnologias nos processos políticos. Publicou Comunicação digital e a construção dos commons (Fundação Perseu Abramo, 2007), Tudo sobre tod@s: Redes digitais, privacidade e venda de dados pessoais (Edições Sesc, 2017), Democracia e os códigos invisíveis: como os algoritmos estão modulando comportamentos e escolhas políticas (Edições Sesc, 2019), A sociedade de controle: Manipulação e modulação nas redes digitais, em coautoria com Joyce Souza e Rodolfo Avelino (Hedra, 2021), Ativismo digital hoje: Política e cultura na era das redes, em coautoria com Rosemary Segurado e Claudio Penteado (Hedra, 2021) e Como derrotar o fascismo — em eleições e sempre, em coautoria com Renato Rovai (Hedra e Veneta, 2022), entre outros livros.


Sérgio Amadeu da Silveira

 

Trechos do livro

- Este livro apresenta a análise da história recente de um conjunto de tecnologias e empresas muito conhecidas. Como buscarei demonstrar, as tecnologias carregam mais do que ideologias e finalidades econômicas. Hoje em dia, as tecnologias digitais e a inteligência artificial realmente existem amparam não apenas a melhoria das nossas experiências cotidianas, mas também a formação de um cenário de guerra, trazendo riscos e disseminando dispositivos extremamente perigosos para nossas sociedades.

 

- O Google está fornecendo tecnologia que ali- menta o primeiro genocídio impulsionado pela IA”, afirmou Zanoon Nissar, então gerente de pro- gramas da empresa carro-chefe do Grupo Alpha- bet, em um depoimento para o site No Tech for Apartheid. Todavia, a crítica de desenvolvedores de software e cientistas da computação ao envolvimento militar de suas empresas, as big techs, vem de bem antes do confronto de 2023 no Oriente Médio. Sem dúvida, a mobilização contra o apoio a ações militares se intensificou com o avanço do extermínio da população palestina a partir de 2023.

 

- Como seria possível as mesmas big techs que fazem a mediação das conversas entre adolescentes e distribuem conteúdos postados em suas redes sociais se colocarem como espaços neutros diante de contenciosos políticos, geopolíticos e militares? Como garantir que os dados dos usuários das redes sociais on-line de um país considerado adversário dos Estados Unidos não sejam utilizados pela big tech para fins militares e de guerra psicológica, termo antigo e bem conhecido do cardápio militar? A dataficação converte a guerra em um sistema tecnocrático, no qual dados e IA são tão cruciais quanto armas. Isso redefine o poder militar, subordinando-o a interesses corporativos e criando um cenário de vigilância total e violência automatizada. As big techs não são intermediárias, mas mediadoras de relacionamentos sociais e culturais. No epicentro do complexo militar-industrial-danificado, essas empresas podem privatizar decisões fundamentais antes definidas pelo corpo político e militar dirigente. Esse novo extrato das classes dominantes dos Estados Unidos, alguns poucos bilionários do Vale do Silício, está se aproximando perigosamente da sala de comando militar. Essas mudanças podem corroer as democracias.

 

- Há uma grande mudança no complexo militar- industrial. As empresas de armas entregam seus produtos para as Forças Armadas e não precisam acompanhar o teatro de operações. Mas não é isso que ocorre com as grandes corporações de tecnologia. Como as Forças Armadas dependem de volumes gigantescos de dados e da IA, as big techs estão no centro estratégico da gestão da guerra. Dito de modo diferente, a dataficação e o grande poder computacional adotado para o treinamento de modelos de IA e para a realização de inferências em tempo real levaram as Forças Armadas dos Estados Unidos a depender das infraestruturas de dados, do provimento de nuvem e dos frameworks das big techs. Aqui está o ponto de mudança. As empresas do Vale do Silício se tornaram indispensáveis para a gestão da guerra.