terça-feira, 17 de junho de 2025

Em livro, jornalista Hélio Araújo conta as dores e emoções vividas no Caminho Central Português

 

Obra, em homenagem ao 10º aniversário de seu primeiro Caminho de Santiago, será lançada dia 21, na Bienal do Livro do Rio

 

O primeiro Caminho de Santiago a gente nunca esquece!” Com esta frase na cabeça, o jornalista Hélio Araújo decidiu colocar em prática um projeto iniciado em 2015, quando percorreu seu primeiro Caminho de Santiago de Compostela, o Central Português, desde o Porto. Buscou anotações, publicações do Facebook e, principalmente, remexeu sua memória para lembrar de situações vividas por ele ao longo dos 240 km que separam as cidades do Porto e Santiago de Compostela.


 

O resultado é o livro “Minhas dores e emoções do Porto a Santiago de Compostela”, que será lançado no próximo dia 21, das 18h às 19h30, no estande do Grupo Editorial Litteris (Pavilhão Verde - Rua Z – 14) na Bienal do Livro do Rio de Janeiro, no Riocentro.


 


Na obra, o autor apresenta uma mistura de sentimentos, como dor e emoção, vividos ao longo de sua peregrinação pelo Caminho Central Português. Uma caminhada bastante sofrida, no aspecto da dor, mas também carregada de emoções, sentidas intensamente a cada passo em direção à Catedral de Santiago.

 


Minhas dores e emoções do Porto a Santiago de Compostela” não é um guia, diário, ficção ou romance, mas apenas relatos de algumas situações que Hélio Araújo passou em sua primeira experiência no Caminho de Santiago. Como ter bolhas nos pés do primeiro ao último dia e tendinite na perna esquerda, que o fizeram procurar atendimento em hospitais em duas oportunidades e parar de caminhar por quatro dias, por ordem médica.

 


Junto com as dores estavam, também, as emoções, afloradas em cada passo, cada encontro, cada dificuldade, cada alegria. Na mochila o peregrino carregava uma foto de seu irmão, Moreira, e de sua cunhada, Sheila, falecidos em 2012 e 2013, respectivamente. “Eles caminharam comigo todos os dias e, em alguns momentos difíceis, quando Anjos da Guarda apareceram para me ajudar, tenho certeza que foram enviados por eles”, afirma Hélio Araújo.


 


Nascido no dia 25 de julho, mesmo dia em que Santiago é homenageado, o autor se diz um peregrino abençoado, razão pela qual decidiu lançar “Minhas dores e emoções do Porto a Santiago de Compostela” como homenagem ao 10º aniversário de seu primeiro Caminho e a tudo o que viveu ao longo daqueles 240 quilômetros. “Considero este ano especial para mim, pelos 10 anos de meu Caminho Português. Espero que o leitor goste do que vai encontrar no livro e que o texto sirva de estímulo – tirando as bolhas e dores, é claro – para que mais pessoas se sintam estimuladas a também percorrerem uma das rotas do Caminho de Santiago de Compostela”, conclui.


 

SERVIÇO

Lançamento do livro “Minhas dores e emoções do Porto a Santiago de Compostela 

Autor: Hélio Araújo

Data: 21 de junho de 2025 (sábado), das 18h às 19h30

Local: Estande do Grupo Editorial Litteris na Bienal do Livro do RJ (Pavilhão Verde - Rua Z – 14), no Riocentro


Fotos: Hélio Araújo

quarta-feira, 4 de junho de 2025

Segundo romance do jornalista Ricardo Gouveia, ‘Arame Farpado’ chega aos leitores no próximo dia 10

 

Lançamento da obra, que tem prefácio de Fábio Gusmão, será na Livraria Travessa, no Centro do Rio de Janeiro

     

O jornalista e escritor Ricardo Gouveia lança o seu segundo romance, ‘Arame Farpado, na Livraria Travessa, à Avenida Graça Aranha, 296, no Centro do Rio, no próximo dia 10 (terça-feira), das 17h às 20h. O autor, que foi repórter de polícia do diário popular carioca O Dia e assessor de Imprensa da Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro, conhece bem a violência – pano de fundo da trama literária – que assusta os cariocas.

 


O prefácio da obra, publicada pela Editora Lacre, é assinado por Fábio Gusmão, jornalista que conquistou os prêmios Esso de Reportagem e Tim Lopes de Jornalismo Investigativo, entre outros, e teve o seu livro Dona Vitória da Paz adaptado para o cinema e estrelado por Fernanda Montenegro. “É impossível não ler de uma vez só. Se fosse uma série de streaming, seria impossível não maratonar”, destaca Fábio Gusmão no prefácio.

 

SOBRE O LIVRO

Paulo acorda com o peso de um sonho que não consegue lembrar, mas que o narrador — como um espectador invisível de sua mente — revela em fragmentos inquietantes: imagens de uma pessoa desconhecida, fios cortantes e uma luz que se arrasta como um rastro de culpa. A angústia provocada pelo esquecimento o leva às ruas da cidade, onde um encontro casual com um fotógrafo desconhecido o paralisa. Não sabe por que, mas aquela situação parece ecoar algo enterrado em dentro de si.

 

Na livraria de sempre, o livreiro insiste para que Paulo leve consigo um dicionário antigo. Sem pensar muito, ele aceita e o leva para casa — mas não apenas o livro: entre as páginas amareladas, esconde-se uma carta. O recado desperta nele um incômodo persistente e uma vontade súbita de desvendar a história por trás daquelas palavras. O que ele ainda não percebe é que a mensagem está diretamente ligada ao sonho que o assombrou na noite anterior, sem deixar vestígios em sua memória.

 

Pelas palavras de Ricardo Gouveia, acompanhamos a história pela perspectiva de um narrador meticuloso, que transforma uma trama, inicialmente, com um toque de sobrenatural, em uma investigação de um crime esquecido, ocorrido antes mesmo do nascimento de Paulo. Mas não é apenas o passado que se revela: entre os fios da trama, surgem cenas de um contexto social tão cortante que penetra a carne como feita por arame farpado, expondo feridas que o tempo não cicatrizou. Uma história envolvente do início ao fim, que não deixará você desgrudar dela até a última página.

 

Tudo parece perdido, mas não para o protagonista criado pelo autor. Ele vive seu sonho sem esquecer que pequenos gestos de amor podem mudar qualquer realidade. Persegue isso por toda a vida, sem se preocupar com o tempo. Mesmo que precise de toda a eternidade.

 

SOBRE O AUTOR

Ricardo Gouveia é jornalista há quase quatro décadas, com passagens também pelas redações do Jornal do Commercio e Folha do Turismo. Tem uma longa trajetória como assessor de imprensa de órgãos públicos, tais como o Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro e a Secretaria de Educação do Estado do RJ. Prestou assessoria também a entidades de classe, entre as quais a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e o Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB).

 

Jornalista e escritor Ricardo Gouveia

É formado em Comunicação Social pela Universidade Gama Filho, na qual integrou o Teatro/Oficina Literária, espaço de criação e encenação de textos. ‘Arame Farpado’ é o seu segundo romance. O seu livro de estreia, O homem sem rosto, foi escrito a quatro mãos com a antropóloga Rose Panet, a distância, em tempo real, na época da pandemia.

 

FÁBIO GUSMÃO

Jornalista há 30 anos. Vencedor de prêmios como Esso e Tim Lopes, é o autor do livro Dona Vitória da Paz, adaptado para o cinema e interpretado por Fernanda Montenegro.

sexta-feira, 23 de maio de 2025

Em “O que me fez Tricampeão”, Felipe Melo abre o coração e expõe o homem que poucos conhecem

 

Após encerrar a carreira como tricampeão da América, ídolo do futebol revisita em novo livro os bastidores da própria jornada e expõe o homem de fé, propósito e liderança

 

O que está por trás da performance em campo, da fama e polêmicas de uma celebridade do esporte? A humanidade e o propósito. No livro “O que me fez Tricampeão”, o ídolo recém-aposentado Felipe Melo abre o coração para mostrar uma versão de si que poucos conhecem: um homem com virtudes e defeitos, que precisa encarar diariamente as próprias lutas e fragilidades, mas também alguém perseverante, sonhador e ancorado na fé.

 


Para narrar os bastidores de sua trajetória, o ex-volante revisita a temporada histórica de 2023, quando desempenhou papel crucial para levar o Fluminense ao primeiro título continental – mesmo sendo parte de um elenco subestimado pela idade; ele próprio aos 40 anos. A partir das vivências e meandros deste ano decisivo, o atleta destaca outras facetas, como o papel de líder e inspiração para os colegas, o peso das críticas, o apoio da família e a força da espiritualidade como chave para a vida dentro e fora de campo.

 

Eu sei que alguns atletas não levam para o viver diário a mesma glória que abraçam no campo, e isso é lamentável. Mas quando entendemos que somos seres completos, integrais, e não dissociados, então nos preocupamos em fazer com que a glória da conquista seja também uma glória na vida, na família e nos relacionamentos sociais”. (O que me fez Tricampeão, p. 111)

 

Ao longo de nove capítulos, o ex-atleta compartilha com o leitor versículos bíblicos que o motivam, rituais diários de conexão com Deus e os valores cultivados em família. Inspirado na trajetória de Davi, o personagem bíblico que enfrentou gigantes com coragem e devoção, Felipe traça paralelos entre sua jornada e a do guerreiro espiritual. E apresenta o conceito de “visão profética”: a capacidade de, pela fé, visualizar vitórias – como fez Davi diante de Golias e como ele mesmo na caminhada rumo ao tricampeonato.


 


“O que me fez Tricampeão” não se trata de uma biografia, um livro técnico esportivo ou mesmo religioso. É uma obra pensada para motivar as pessoas a não desistirem de si mesmas, e enfrentarem cada desafio com fé, foco e autenticidade, por mais duro que seja o percurso. Conhecido como “Pitbull” pela postura firme e opiniões fortes, Felipe Melo mostra com sensibilidade que a maior glória não está em títulos ou troféus, mas em ser fiel a quem se é, mesmo quando duvidarem ser possível.

 

“Espero que a minha história sirva de inspiração, pois eu consegui romper dificuldades diversas ao longo da minha carreira e, mesmo sendo improvável, cheguei ao tricampeonato da Libertadores da América; título raro entre os jogadores brasileiros”, complementa o autor.

 

Sobre o autor: Felipe Melo é ex-jogador e ídolo do futebol brasileiro. Apaixonado pelo esporte desde a infância, iniciou sua carreira aos 9 anos, mas somente se destacou como profissional aos 18, quando disputou a Copa dos Campeões e o Campeonato Carioca como meio de campo do Flamengo. Jogou também no Cruzeiro e no Grêmio antes de partir para uma carreira internacional na Espanha, Itália e Turquia. Atuou na Seleção Brasileira nos anos de 2009 e 2010 e, em 2017, retornou ao Brasil já contratado pelo Palmeiras. No alviverde, foi duas vezes campeão da Taça Libertadores das Américas, nos anos de 2020 e 2021. 




Em 2022 Felipe Melo voltou ao Rio de Janeiro para defender o escudo do Fluminense, onde conquistou mais uma Libertadores, tornando-se tricampeão das américas no ano seguinte. Agora aposentado, Felipe lança seu segundo livro “O que me fez Tricampeão”.

Onde comprar: Livraria Loyola e Amazon

Instagram do autor: @felipemelo

Fotos: FFC (Divulgação)

terça-feira, 13 de maio de 2025

Livro aborda como a IA pode modernizar e tornar os serviços públicos mais acessíveis e inclusivos

 

O lançamento vai acontecer no próximo dia 20 (terça-feira), às 17h, no Maravalley, à Rua Equador 335, Santo Cristo, Rio de Janeiro

 

O livro “A Inteligência Artificial e a Inclusão Digital nos Serviços Públicos” é pioneiro, produto da colaboração de 30 mulheres especialistas em tecnologia, com a coordenação de Camila Cristina Murta, representa um marco significativo na discussão sobre a modernização do setor público brasileiro através da transformação digital. A obra aborda, de maneira abrangente e multidisciplinar, como a Inteligência Artificial pode ser uma ferramenta poderosa para promover a inclusão digital e aprimorar a prestação de serviços públicos.

 




A relevância da obra se destaca em três aspectos fundamentais. Primeiro, pela diversidade de perspectivas apresentadas, reunindo visões de profissionais atuantes em diferentes áreas do setor público e tecnologia. Segundo, pela atualidade do tema, em um momento em que a transformação digital do Estado se torna imperativa. Terceiro, pelo enfoque na inclusão digital como elemento central para a modernização dos serviços públicos.

 

O livro estrutura-se em capítulos que abordam desde aspectos técnicos da implementação de IA até questões práticas de acessibilidade e usabilidade. Os casos práticos apresentados ilustram como a tecnologia pode simplificar processos burocráticos, reduzir custos operacionais e melhorar a experiência do cidadão na interação com serviços governamentais.


 

Destaca-se a atenção especial dada à questão da inclusão digital, apresentando estratégias concretas para garantir que a transformação digital não amplie as desigualdades existentes, mas atue como ferramenta de democratização do acesso aos serviços públicos. As autoras abordam temas críticos como:

- Estratégias para implementação de IA no setor público

- Frameworks de governança digital

- Políticas de inclusão e acessibilidade

- Proteção de dados e privacidade

- Capacitação de servidorespúblicos

- Experiência do usuário em serviços digitais

 

A obra é particularmente relevante no contexto atual, onde a pandemia acelerou a necessidade de digitalização dos serviços públicos. As autoras apresentam uma visão equilibrada, reconhecendo tanto o potencial transformador da IA quanto os desafios práticos de sua implementação no contexto brasileiro.



 

Vale ressaltar a contribuição única do livro ao trazer a perspectiva feminina para um campo tradicionalmente dominado por homens. As autoras combinam expertise técnica com sensibilidade às questões sociais, resultando em uma abordagem mais holística e inclusiva da transformação digital.

 

Para gestores públicos, tecnólogos e estudiosos da administração pública, esta obra se estabelece como referência fundamental, oferecendo não apenas reflexões teóricas, mas também diretrizes práticas para a implementação de soluções digitais inclusivas no setor público brasileiro.


 


Em suma, "A Inteligência Artificial e a Inclusão Digital nos Serviços Públicos" é uma contribuição valiosa para o debate sobre a modernização do Estado, demonstrando como a tecnologia pode ser uma aliada na construção de um serviço público mais eficiente, acessível e inclusivo.

segunda-feira, 12 de maio de 2025

Tese de Doutorado de Marcella Granatiere será lançada em formato de livro, no próximo dia 15, no Espaço Multifoco, no Centro do Rio


Marcella Granatiere (@marcella_granatiere) vai lançar o seu primeiro livro, "Memórias do Atlântico: Romances contemporâneos no Brasil e em África do Sul”, no próximo dia 15 (quinta-feira), a partir das 18h, no Espaço Multifoco (Rua Mem de Sá, 126), no Centro, Rio de Janeiro.


 

O livro é fruto da tese defendida no ano passado por Marcella, em seu Doutorado em Literatura, Cultura e Contemporaneidade (PUC-Rio/CAPES), e está em pré-venda no site da Multifoco (https://www.editoramultifoco.com.br/shop)

 

SOBRE O LIVRO

Em sua obra, Marcella Granatiere analisa os entrecruzamentos gerados pelo campo expandido (Krauss, 1984) entre a Literatura e a História. Partindo de quatro romances contemporâneos – dois sul-africanos e dois brasileiros –, o livro focaliza na (des)construção e (re)construção das temporalidades do presente em escritas imaginativas no eixo Sul-Sul do Atlântico.


 


Nas obras Por cima do mar (2018), da artista plástica e escritora Deborah Dornellas, e Água de barrela (2018), da jornalista e escritora Eliana Alves Cruz, ela investiga a experiência do sistema escravista no Brasil Monárquico (1822-1889) e seus espectros no pós-abolição do Brasil República (1889-1959), ficcionadas sob a ótica do ser humano delimitado à condição de “Outro”.


Marcella Granatiere (Foto: Fabrizia Grantieri)
 

A transição política, o futuro presentificado do pós-apartheid e as sombras do antigo regime são temas aqui abordados por meio dos romances The House Gun (1998), da escritora e militante política Nadine Gordimer, e Spilt Milk (2010), da escritora e médica Kopano Matlwa. Nesses quatro romances, a rememoração (Nascimento, 2006) em um tempo espiralar (Martins, 2021) atravessa diferentes gerações. A fabulação é o lugar dos incômodos encontros entre os espectros do tempo presente-passado e das presenças do tempo futuro-presente.

Novo livro da escritora Patrícia de Luna, “Rio de Vênus” traz Afrodite ao Rio de Janeiro como narradora de uma história de amor e suspense

 

Primeiro lançamento da nova editora carioca Fhogo acontece no próximo dia 16 (sexta-feira), às 19h, na Livraria da Travessa do Shopping Leblon

 

E se Afrodite viesse à Terra, o que ela diria sobre nós?  "Rio de Vênus", terceiro livro da escritora e analista junguiana Patrícia de Luna, propõe a questão e traz a Deusa do Amor como narradora de uma história de suspense e romance.  A trama de mistério, mitologia e roubo de obras de arte cativa o leitor ao mesmo tempo que diverte e convida ao questionamento, bem-humorado, sobre os desafios femininos atuais. O livro será lançado no próximo dia 16 (sexta-feira), às 19h, na Livraria da Travessa do Shopping Leblon. “Rio de Vênus” é o primeiro lançamento da recém-lançada editora carioca Fhogo.



Sobre o livro

A deusa greco-romana Afrodite desce à Terra para ajudar a pintora Zoe que vive conflitos em sua vida profissional e amorosa ao se envolver com Péricles, um homem misterioso ligado ao submundo do roubo de quadros, à Interpol e ao mito de Perséfone. 

"Rio de Vênus" espelha as pesquisas e viagens da escritora e analista junguiana Patrícia de Luna. O livro é divido em duas partes: o “Antes”, que retrata o início da jornada da protagonista e o motivo da vinda de Afrodite ao Rio de Janeiro, e o “Depois”, narrado em uma região turística da Grécia que tem um dos maiores fluxos de refugiados entre os países europeus.


 


“Como analista junguiana, os arquétipos sempre me fascinam. Neste livro, trago Afrodite como narradora porque o mito de Afrodite expõe dois aspectos do desejo: o da construção, aquilo que nos move e inspira, e o da destruição, aquilo que nos expõe aos perigos e incertezas. Escolhi como cenários Rio de Janeiro e Lesbos porque, cada uma a seu modo, refletem bem isso: espaços lindos, natureza paradisíaca, mas com questões sombrias. No Rio, o ambiente festivo convive com o viés agressivo, em Lesbos, um paraíso ecológico transformado em epicentro de uma crise de refugiados. O casal protagonista também caminha entre luz e sombra, amor e caos”, define Patrícia.

 

Sobre a autora

Patrícia de Luna é psicóloga, analista junguiana, escritora de ficção histórica e palestrante. Especializada em mitologia, é uma spiritual traveller e busca, ao redor do mundo, pesquisadores, livros, documentos, pessoas e vivências para criar narrativas originais. Publicou os livros “Léo no Mundo do Espelho” e “Saga de Bravos”, além da peça teatral “Lenda de Apoena”, encenada no Teatro Cândido Mendes. Também é criadora de conteúdo digital, com foco na divulgação de conhecimentos históricos e mitológicos.


Patrícia de Luna

 

Sobre a editora

A editora Fhogo nasce, em 2025, como braço literário da agência de assessoria de imprensa e produção cultural de mesmo nome. A dona da Fhogo, a jornalista Lenke Pentagna, também é sócia da editora Leblon, que tem no portfólio dois best-sellers internacionais: “50 maratonas em 50 dias”, de Dean Karnazes (2009) e “Almoço em Paris”, de Elizabeth Bard (2012).

 

“Depois de divulgar inúmeros livros, incluindo um finalista do Prêmio Jabuti, decidi abraçar essa paixão pela Literatura e dar início a mais uma editora. “Rio de Vênus” foi o escolhido para inaugurar esse braço literário da empresa por três razões: estrear no ano em que o Rio foi eleito como Capital Mundial do Livro, promover a intertextualidade com a História da Arte e, obviamente pelo talento bem-humorado da escrita da Patrícia de Luna. Quero, nesse início, manter um foco em livros que tenham conexão com o universo da Arte. O pano de fundo de “Rio de Vênus” aborda o roubo de quadros do movimento artístico da Irmandade Pré-Rafaelita. Um dos quadros mais famosos desse estilo é “Ophelia” de John Everett Millais.”, conta Lenke sobre os motivos que a levaram a mergulhar no mercado editorial.

quarta-feira, 23 de abril de 2025

Cidade do Rio de Janeiro é nomeada Capital Mundial do Livro pela Unesco

 

Um espetáculo no Teatro Carlos Gomes na manhã desta quarta-feira (23) marcou a abertura oficial do Rio Capital Mundial do Livro, título concedido à cidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). As últimas cidades selecionadas pela Unesco foram Sharjah (2019), Kuala Lumpur (2020), Tbilisi (2021), Guadalajara (2022), Accra (2023) e Estrasburgo (2024).




No Teatro Carlos Gomes, houve performances artísticas sobre a obra de autores da literatura brasileira. A solenidade contou com a presença de autoridades, representantes da Unesco e nomes do cenário cultural do Brasil. O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, recebeu o título oficial das mãos da prefeita de Estrasburgo, na França, Jeanne Barseghian.


 


Durante o período de um ano, o Rio terá uma agenda de eventos e ações para formular novas políticas públicas de leitura. A prefeitura coloca como destaque da agenda a Bienal do Livro, de 13 a 22 de junho, e uma edição especial do Prêmio Jabuti, realizada pela primeira vez no Rio de Janeiro.


 


A programação inclui ainda atividades em bibliotecas municipais, exposições em museus, cafés literários, saraus, ações em livrarias e feiras literárias e intervenções culturais nos principais terminais de transporte público da cidade.


 


A Secretaria de Cultura anunciou que beneficiará 50 mil pessoas com políticas nacionais de fomento à cultura. Entre as ações, estão os projetos Noite com Livros; o Book Parade Rio 2025; o Rio de Livros e a Academia Editorial Jr.

Comemora-se hoje o Dia Mundial do Livro

 

O Dia Mundial do Livro (23 de abril) é uma data escolhida pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) para celebrar o livro, incentivar a leitura, homenagear autores e refletir sobre seus direitos legais. Essa data foi escolhida em tributo aos escritores Miguel de Cervantes, Inca Garcilaso de la Vega e William Shakespeare, que morreram em 23 de abril de 1616. 




Nesse dia, grandes obras da literatura mundial são relembradas, discutidas e reverenciadas. É uma oportunidade para celebrar os títulos de autores consagrados, como: Safo, Miguel de Cervantes, Mary Shelley, Machado de Assis, Thomas Mann, James Joyce, Aldous Huxley, George Orwell, Clarice Lispector e Caio Fernando".


segunda-feira, 14 de abril de 2025

Escritor peruano Mario Vargas Llosa, vencedor do Nobel de Literatura em 2010, morre aos 89 anos

 

Morreu neste domingo (dia 13), aos 89 anos, em Lima, no Peru, o escritor Mario Vargas Llosa. Prémio Nobel da Literatura em 2010 e "imortal" da Academia Francesa, o autor peruano-espanhol propôs-se percorrer, nas páginas das suas obras, "um horizonte mais vasto da experiência humana".



"Com profunda dor, tornamos público que o nosso pai, Mario Vargas Llosa, faleceu hoje (13) em Lima, rodeado pela sua família e em paz", escreveu Álvaro Vargas Llosa, filho do escritor, na rede social X, em mensagem também reproduzida pela filha, Morgana.

 

"A sua partida entristecerá os seus familiares, os seus amigos e os seus leitores em todo o mundo, mas esperamos que encontrem consolo, como nós, no fato de ter tido uma vida longa, múltipla e frutífera, e de deixar atrás de si uma obra que lhe sobreviverá", lê-se no mesmo texto.


 

Na mensagem, indica-se que o funeral decorrerá, nos próximos dias, "de acordo com as suas instruções". Pelo que "não haverá cerimónia pública".

"A nossa mãe, os nossos filhos e nós próprios confiamos que teremos espaço e privacidade para nos despedirmos dele em família e na companhia dos seus amigos mais próximos. Os seus desafios, como ele desejava, serão cremados".


Entre os maiores da literatura universal

Romancista, ensaísta, articulista e professor universitário, Vargas Llosa inscreve o nome na história da literatura como um dos mais influentes escritores latino-americanos.


A última obra, "Dedico-lhe o Meu Silêncio", foi publicada em outubro de 2023 - a despedida formal da ficção. Daí a dois meses, aplicaria igualmente um ponto final à assinatura de artigos na imprensa, nomeadamente à coluna quinzenal "Pedra de toque", publicada desde o início dos anos de 1990 no diário El País.



"Estes artigos eram a demonstração da sua inesgotável curiosidade intelectual e do seu afã por intervir em todos os debates sociais e políticos da atualidade. Neles, como em alguns dos seus ensaios, aparecia esse Vargas Lossa progressista no moral, mas neoliberal no económico que desconcertava (e até irritava) os milhares de admiradores das suas novelas", lê-se na edição online do jornal espanhol. Jorge Mario Pedro Vargas Llosa nasceu em Arequipa, no Peru, a 28 de março de 1936.


Vargas Lllosa encetou o envolvimento público em causas políticas como apoiante declarado de Fidel Castro e da revolução em Cuba. Transitou, em seguida, para a apologia da democracia liberal, conservadora e capitalista. Em 1990, candidatou-se à Presidência do Peru com o apoio de uma aliança de centro-direita, tendo como adversário Alberto Fujimori.

 

Ao receber o Nobel da Literatura, Vargas Llosa admitiu a dificuldade, para um escritor latino-americano, de escapar à política, dado que o seu foi historicamente um continente marcado por problemas sociais, cívicos e morais.



"A literatura latino-americana está impregnada de preocupações políticas, que, em muitos casos, são mais preocupações morais", clamava então, para contrapor: "Sou basicamente um escritor e gostava de ser lembrado - se for lembrado - pela minha escrita e pelo meu trabalho".


"Quando escrevo literatura, acho que as ideias políticas são secundárias. Acho que a literatura compreende um horizonte mais vasto da experiência humana", sustentaria. Ao galardoar Mario Vargas Llosa, a Academia Sueca destacou, na obra do escritor, uma "cartografia das estruturas do poder" com "imagens mordazes da resistência, revolta e dos fracassos do indivíduo".


A somar ao Nobel da Literatura, Mario Vargas Llosa recebeu distinções como o Prémio Rómulo Gallegos (1967), Princesa das Astúrias (1986), Planeta (1993), Miguel de Cervantes (1994), Jerusalém (1995), National Book Critics Circle Award (1997), PEN/Nabokov (2002) e Prémio Mundial Cino Del Duca (2008).


Sem ter escrito em francês, o escritor peruano-espanhol entrou, em fevereiro de 2023, para a centenária Academia Francesa, o primeiro escritor de língua espanhola a figurar entre os "imortais" da instituição.


Vargas Llosa acumulou também doutoramentos Honoris Causa atribuídos por universidades da Europa, América e Ásia. Integrou ainda a Academia Peruana de Línguas desde 1977, a Real Academia Española, a partir de 1994, e a Academia Brasileira de Letras desde 2014.


Em Portugal, a obra de Vargas Llosa tem atualmente a chancela da Quetzal, que publicou livros como "Dedico-lhe o meu silêncio", "García Márquez - História de um deicídio", "Conversas em Princeton", "Tempos duros", "O apelo da tribo", "A civilização do espetáculo", "Cinco esquinas", "O herói discreto", "O sonho do celta".



Antes disso, Vargas Llosa esteve no catálogo das Publicações Dom Quixote, que editaram obras como "Conversa n`A Catedral", "A tia Júlia e o escrevedor", "As travessuras da menina má", "Os contos da peste", "A festa do chibo", "A guerra do fim do mundo", "O falador", "Quem matou Palomino Molero?" e "História de Mayta", além de "Duas solidões", que documenta o diálogo literário de 1967 entre Gabriel García Márquez e Mario Vargas Llosa.


A obra de Vargas Llosa passou ainda, em solo português, pelas editoras Publicações Europa-América - "A cidade dos cães" - e Quasi - "Diário do Iraque", "Israel Palestina". A Presença publicou "O barco das crianças", traduzido pelo poeta Vasco Gato.



"Devemos continuar a sonhar, lendo e escrevendo — a maneira mais eficaz que encontrámos de aliviar a nossa condição perecível, de derrotar os estragos do tempo e tornar o impossível possível", exortou o escritor em 2010.


Fonte: Carlos Santos Neves – RTP