quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Itaú Social recebe até sexta (27) inscrições de editoras interessadas em participar de edital para seleção dos livros da campanha "Leia para uma Criança"




Processo inaugura novo formato de seleção para a aquisição de até quatro milhões de exemplares por ano

A Fundação Itaú Social recebe até sexta-feira (27) as inscrições para o Edital “Leia para uma Criança 2018”. O processo estabelece um novo formato de seleção dos livros infantis que farão parte da Campanha do próximo ano. Está prevista a aquisição de até quatro milhões de exemplares, de dois títulos distintos, de prosa ou poesia, voltados a crianças de 0 a 5 anos, além de até vinte mil exemplares em Braille.


“Até o ano passado a seleção era realizada por uma consultoria e os títulos indicados por especialistas. Percebemos que, com o crescimento da ação ao longo das edições, é necessário um novo formato de seleção. Por meio de Edital, vamos ampliar a abrangência, passando a ouvir também as famílias e dando oportunidade para mais editoras apresentarem seu trabalho, títulos e autores”, explica a coordenadora de Assessorias da Fundação Itaú Social, Anna Carolina Bruschetta.

A campanha Leia para uma Criança é realizada todos os anos, durante o mês de outubro, pelo banco Itaú e a Fundação Itaú Social com o objetivo de incentivar a leitura do adulto para a criança como uma oportunidade de fortalecimento dos vínculos familiares e de participação ativa na educação desde a primeira infância. Em 2017, foram disponibilizados 3,6 milhões de exemplares dos livros "O menino azul", de Cecília Meireles, e “Em cima daquela serra", de Eucanaã Ferraz. Desde o início da ação, em 2010, já foram oferecidos cerca de 45 milhões de livros.


Edital
O Edital está aberto para inscrições até a próxima sexta-feira, dia 27 de outubro, pelo site Prosas (https://is-livros2018.prosas.com.br). Podem participar do processo editoras de todo o País, com exceção das que foram contempladas no último ano, com a indicação de até três títulos por selo editorial. Para concluir a inscrição, é preciso fazer o cadastro no site de fornecedores do Itaú e enviar exemplar do livro inscrito. Todos os passos estão descritos no Edital, disponível no site.

A seleção ocorrerá em cinco fases. A primeira irá conferir se os livros inscritos atendem aos critérios básicos de seleção. São eles: temática abordada na história, as características literárias do texto, a qualidade do projeto gráfico e autoria, que visa buscar diversidade e representatividade da produção nacional.

Os passos seguintes serão a conferência documental, análise jurídica de direitos autorais, avaliação da comissão nacional, etapa com grupos focais e os finalistas seguirão para parecer técnico dos especialistas.

Fundação Itaú Social
A Fundação Itaú Social desenvolve, implementa e compartilha tecnologias sociais para contribuir com a melhoria da educação pública brasileira. Sua atuação está pautada no desenvolvimento de projetos sociais, no fomento a organizações da sociedade civil e na realização de pesquisas e avaliações. 

terça-feira, 24 de outubro de 2017

Editora do Brasil realiza novos lançamentos infantojuvenis


No próximo dia 27 (sexta-feira), das 19h às 22h, na Livraria Argumento (Rua Dias Ferreira, 417 – Leblon - RJ), a Editora do Brasil reunirá quatro autores de seus recentes lançamentos infantojuvenis para evento de autógrafos. Rogério Andrade apresentará as obras Beijados pelo sol e Contos de amor dos cinco continentes; Sandra Pina apresentará a obra Velhas Histórias guardadas; Luiz Antônio Aguiar lançará as obras Lua Dourada e O mistério do Rocinante; e Andrea Viviana Taubman lançará as obras Dom Quixote Tem cabimento?


Já no dia 28 (sábado), das 15h às 18h, na Livraria da Vila (Alameda Lorena, 1731- São Paulo – SP) Manuel Filho e Veridiana Scarpelli lançam a obra infantojuvenil Maria mudança. O livro apresenta de modo bastante criativo o cotidiano de Maria e suas tentativas (às vezes malucas) de mudar as coisas para melhor. Uma reflexão sobre mudança, respeito às diferenças e de perseverança são as principais mensagens desse livro colorido e muito divertido, que dialoga com o leitor de um jeito novo e muito bacana. Prepare-se para as mudanças que essa personagem vai causar na vida de todo mundo.




domingo, 22 de outubro de 2017

quinta-feira, 19 de outubro de 2017

FLINF 2017: Affonso Romano de Sant´Anna e Marina Colasanti são os homenageados


Debates, oficinas de mediação de leitura e lançamentos marcam a programação da FLINF, que traz grandes nomes em diálogo com a serra

A segunda edição da FLINF (Festa Literária de Nova Friburgo), que acontece de 26 a 29 de outubro na serra fluminense, homenageia Marina Colasanti e Affonso Romano de Sant´Anna celebrando a vida e a obra dos dois autores que nutrem uma relação especial com o município que frequentam há décadas. Affonso e Marina suscitam em sua literatura perguntas e respostas que tanto instigam quanto acalantam o tempo que vivemos. Afinal, que país é este entre a rosa e a espada? É também uma pergunta.


A FLINF 2017 é um convite e uma provocação para pensar quem somos e como a literatura nos auxilia neste lugar de reflexão.  Além de Affonso Romano de Sant'Anna e Marina Colasanti, a festa, que acontece no corredor cultural da cidade (em frente à Praça Getúlio Vargas), prepara uma edição inspirada nos autores homenageados, junto com outros escritores que dialogam com temas presentes na obra e na vida de Affonso e Marina; que pensam o país, a leitura, a educação, os meios de comunicação, a arte, o cotidiano e o feminino que atravessa a literatura de Marina Colasanti.

Mesas que pensam o país e as necessidades de intercâmbio e produção de novos fluxos estão na pauta com Daniela Name (Livro Labirinto), Julio Ludemir (Flupp) e Teresinha Costa (FLIMF).  O historiador Luiz Antonio Simas (O Globo; Jabuti por não-ficção) vai falar sobre que cidade é percebida a partir de sua crônica. Os jornalistas Arthur Dapieve e Sergio Rodrigues batem uma bola sobre o país do futebol, o jornalista e curador do Museu da Imagem e do Som, Hugo Sukman, conversa com a cantora e compositora Cátia de França sobre os brasis de João Cabral de Mello Neto e Guimarães Rosa presentes em sua obra.

A jornalista Flavia Oliveira (Globonews, O Globo, CBN) também estará na Serra para falar sobre mulher negra e suas vozes com a poeta Alexandra Silva. A poesia está na roda com Omar Salomão, Ana Blue, Botika e Iracema Macedo, além de uma edição do Cep 220 volts, inspirado no Cep 2000 carioca. As biografias musicais são tema da mesa com Paulo Cesar de Araújo, autor que provocou a mudança das leis de biografia no país, Chris Fuscaldo e sua discobiografia sobre Legião Urbana e o biógrafo Sergio Farias.  Muitas outras mesas em diálogo com a obra de Marina e Affonso estão cotadas na programação com mais de 60 horas de literatura. 

A homenagem a Affonso e Marina acontece no Teatro Municipal e será conduzida pela professora da PUC-Rio, Eliana Yunes. Os dois falam novamente nos espaços da Oficina Escola e da Fundação D. João VI, no sábado, dia 29.  O jornalista e patrono da FLINF, Zuenir Ventura, vai instigar Affonso Romano de Sant´Anna a contar por que a vida é um escândalo (nome do livro de poesias que o homenageado lança pela Rocco) e a professora Eliana Yunes destacará a espada e a rosa na obra de Marina Colasanti, também no sábado. A Flinf terá ainda uma mesa sobre remição penal através da leitura, com a psicóloga e professora Maria Marcia Badaró Bandeira e o advogado Rafael Borges (a mesa acontece no auditório do antigo fórum da cidade).

A primeira FLINF foi um sucesso de público, de crítica e de adesão e manifestou a demanda reprimida por eventos literários na serra fluminense e no interior do país. A Festa Literária de Nova Friburgo é hoje um dos eventos de maior destaque no calendário cultural e turístico do município de cerca de 200 mil habitantes. Com repercussão em âmbito nacional (O Globo, Publishnews, G1), o evento promete se desdobrar em várias edições e contribuir para o desenvolvimento local.

PROGRAMAÇÃO
A festa inclui ainda uma programação com cursos (na quinta e sexta-feira) do iILER-PUC-Rio, sobre mediação de leitura, que acontecerão na Usina Cultural Energisa e na OAB. As inscrições podem ser feitas pelo email inscricaoflinf@gmail.com e as vagas são limitadas. São eles: 

A arte de contar histórias: através de narrativas, do resgate de acervos pessoais e dinâmicas, levar a uma reflexão sobre a importância das histórias na mediação de leitura e na formação de leitores. Despertar o contador que existe em cada um de nós. Maria Clara Cavalcanti, psicóloga, especialista em Literatura Infantil e Juvenil pela UFF – Universidade Federal Fluminense − e em Leitura, Teoria e Práticas pela PUC-Rio, pesquisadora do iiLer – Instituto Interdisciplinar de Leitura PUC-Rio −, contadora de histórias do grupo Confabulando e autora de livros infantis, juvenis e dirigidos à formação de mediadores.

Práticas de mediação de leitura: dinâmicas de experimentação de diversas práticas de mediação de leitura, refletindo sobre a aplicação e os resultados obtidos com cada uma delas. O trabalho com a intertextualidade e as diferentes linguagens como possibilidade de formação de diferentes leitores. Gilda Carvalho, administradora, Mestre em Literatura Brasileira pela PUC-Rio, vice-diretora do Instituto Interdisciplinar de Leitura da PUC-Rio, coautora do Manual de reflexões sobre boas práticas de leitura (UNESP, 2013), livro finalista do Prêmio Jabuti e coordenadora do Programa Destrava Línguas de formação de leitores para funcionários da PUC-Rio.

Dinamização de acervos em espaços de leitura: a dinamização dos livros e demais materiais de leitura; sua organização para incentivo e provocação às práticas leitoras. Como ler livros para crianças? Nanci Nóbrega, coordenadora da Biblioteca de Leitura e Literatura Infantil e Juvenil (BLLIJ) do iiLer; pesquisadora sobre bibliotecas, narrativas, biblioterapia e educação; ledora voluntária em asilos, hospitais, orfanatos; apaixonada pelo tema Bruxas, em suas múltiplas perspectivas.

Os sentidos da leitura e os sentidos na leitura: a leitura como texto polissêmico e seus múltiplos sentidos. A experiência literária a partir dos sentidos do corpo.  O curso será dado por: Alessandro Rocha, diretor do Instituto Interdisciplinar de Leitura da PUC-Rio, pesquisador da Rede Avançada de Pesquisa em Leitura – RELER − e professor de Hermenêutica.

A ideia dos realizadores da festa é continuar homenageando autores vivos, que dialoguem e encontrem as pessoas, isto é, que perfaçam além do caminho que a literatura e o livro podem fazer. Os encontros podem provocar ações, projetos e outras iniciativas. A FLINF quer ser reconhecida como uma festa que promove o encontro, o diálogo, o intercâmbio de ideias, de trocas e oportunidades locais. A primeira edição da Festa causou não só o abraço da cidade, como se ampliou como um evento que se desdobra em outras ações de promoção, mediação da leitura e iniciativas em torno da economia criativa.

A primeira FLINF contou com a adesão de mais de 65 voluntários e foi idealizada e produzida pela Conectivos, leia-se: a jornalista Maria Fernanda Macedo, a professora Marcia Lobosco e o advogado e produtor cultural Thiago de Mello. Na segunda edição da festa, a coordenação de curadoria e idealização é de Maria Fernanda Macedo, com assessoria de Ana Beatriz Manier, escritora, administradora e tradutora; a produção é de Thiago de Mello, com Marcia Lobosco, mais uma vez, no apoio de toda a curadoria e produção.

A festa acontece graças ao patrocínio do Cadima Shopping, da Unimed Nova Friburgo e do Laboratório De Vita, com o apoio cultural da InterTV. A curadoria e realização é da Conectivos e da editora Inmediares.

A programação completa está disponível no site: www.flinf.com.br

SERVIÇO:
Data: 26 a 29 de outubro de 2017
Local: no Cadima Shopping (Rua Moises Amélio, 17 centro), no corredor cultural da cidade (Oficina Escola e Fundação D João VI – Praça Getúlio Vargas, 71 e 89, centro) e no Teatro Municipal (Rua Salusse, 616, Praça do Suspiro) – Nova Friburgo


Livro insere a criança no universo geek


"Almanaque histórias em quadrinhos de A a Z" mergulha o pequeno leitor nas descobertas das áreas de ciência e tecnologia, estimula a criatividade e resgata a memória dos quadrinhos.

O Mundinho Geek nasceu no formato de evento em fevereiro de 2016, no Rio de Janeiro, com uma série de atividades para crianças até 12 anos. Com uma programação que contou com oficinas de culinária, astronomia, robótica, desfile de cosplay e uma festa baby boom, o sucesso do evento inspirou a criação da coleção que, na sua estreia, apresenta para a criança o universo das HQs.

O Almanaque histórias em quadrinhos de A a Z, lançamento da editora Ciranda Cultural, é um manual para crianças que se interessam pelo universo geek. A obra estimula a leitura, a criatividade e também é voltada para pais que compartilham interesses em comum com seus filhos.

“No Almanaque procuramos mostrar alguns dos personagens do universo dos quadrinhos mais importantes e conhecidos”, conta uma das autoras da obra, Juliana Kaiser. “O principal critério de escolha foi representatividade e escolhemos um personagem para cada letra do alfabeto. Selecionamos tanto personagens masculinos como femininos, de várias editoras e épocas, origens e etnias, procurando sempre explorar a diversidade”, enfatiza a escritora.


O livro mostra também como é produzida uma HQ, quais são os profissionais envolvidos na criação, desfaz alguns mitos como, por exemplo, o de que histórias em quadrinhos são apenas para meninos, dá muitas dicas de leitura e termina ensinando o leitor a criar a sua própria HQ.

A obra é aberta com uma linha do tempo, que passeia pelas principais décadas importantes do universo das HQs. A criação de personagens como o Gato Felix, Mickey Mouse, Recruta Zero, Mônica, Mafalda, Garfield, entre outros, é pontuada com algum fato científico, como o Nobel de Física de Albert Einstein, a chegada do homem à Lua, o nascimento da ovelha Dolly, etc. O livro possui também um glossário, que está no final da obra, onde a criança encontra o significado de todas as palavras destacadas.

“Esse é o primeiro livro da coleção, em outros volumes, onde pretendemos abordar os outros aspectos da cultura pop e nerd como, por exemplo, desenhos animados, vídeo games, mangás, cinema, entre outras possibilidades”, explica Juliana Kaiser. “Em breve, o evento Mundinho Geek desembarcará em São Paulo e em outras capitais. Até aqui, já realizamos cinco encontros, dentre os quais: o Geek & Game Rio Festival, o aniversário do Planetário e a produção da área infantil Geek & Quadrinhos na Bienal do Livro do Rio”, conclui a autora.

‘A Conquista de Berlim’, escrito por comandante soviético na 2ª Guerra Mundial, chega ao Brasil


Vassily Tchuikov, primeiro comandante Aliado a saber do suicídio de Adolf Hitler, detalha como seu exército derrotou os nazistas em Berlim

A editora Contexto lançou A Conquista de Berlim, livro escrito por Vassily Tchuikov, o comandante em chefe do Exército Soviético, responsável pela conquista da capital alemã. O livro narra como os nazistas foram derrotados. Apesar de haver muitos relatos sobre a Segunda Guerra Mundial publicados no país, os leitores brasileiros não dispunham, até agora, de uma obra escrita por quem comandou, de dentro do campo de batalha, a vitória dos russos sobre os nazistas.

As 256 páginas revelam com detalhes as estratégias do soldado Tchuikov, primeiro comandante Aliado a saber do suicídio de Adolf Hitler, e mostram como ele comandou a conquista do território inimigo até chegar às negociações finais de rendição.


Vassily Tchuikov era um militar de campo que precisava sentir o ruído da batalha e cujo bem-estar em combate é percebido ao longo de sua narrativa minuciosa sobre os feitos da guerra, além do amor que dedicava aos companheiros de farda.

Escrito durante os anos 1960, em plena Guerra Fria, a obra evitar falar da hostilidade com que o marechal Tchuikov e suas tropas foram recebidos em diversos países, antes de chegar à Alemanha. É importante lembrar que nos vinte anos que separam a guerra da escrita do livro, Ocidente e soviéticos passaram de aliados a inimigos.

Um livro fundamental para quem quer conhecer a Segunda Guerra pela visão de um dos grandes nomes do conflito.

Autor
Vassily Tchuikov nasceu em 1900. Após a Revolução Russa, ingressou no Exército Vermelho, que defendeu durante a guerra civil. Na Segunda Guerra Mundial, entre 1942 e 1943, atuou na defesa de Stalingrado. Após a retirada do Exército Nazista, Tchuikov comandou o avanço soviético, da Polônia até Berlim. Foi promovido a general em 1955 e a membro do comitê central do Partido Comunista da União Soviética em 1961. Serviu no Exército Soviético entre 1917 e 1972 e lutou nas principais campanhas militares do período. Faleceu em 1982.

Editora Contexto

Fundada pelo historiador Jaime Pinsky em 1987, especializada em ciências humanas e dedicada à circulação do saber, a Contexto comemora 30 anos de atividades e acaba de lançar o selo Marco Polo, de romances históricos.

Livro aborda o fenômeno do cyberbullying de alunos contra professores


Professor da UFSCar cunha o conceito de "concentração dispersa" para compreender dificuldade de concentração dos alunos e os conflitos decorrentes

O livro Cyberbullying contra professores: dilemas da autoridade dos educadores na era da concentração dispersa, que está sendo lançado pela Editora Loyola, oferece reflexões importantes à compreensão e ao enfrentamento de problemas cruciais no cenário atual da Educação, como a prática da violência de alunos contra seus professores e as dificuldades em conseguir a concentração de estudantes de diferentes idades em uma determinada temática que está sendo abordada em sala de aula. A obra é fruto de pesquisas realizadas desde 2008 por Antônio Álvaro Soares Zuin, docente do Departamento de Educação (DEd) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), incluindo um período na Universidade de York, na Inglaterra.


As pesquisas realizadas têm nas transformações históricas na autoridade do professor um foco importante e, assim, o primeiro capítulo do livro é dedicado justamente à análise do conceito de autoridade ao longo do tempo, desde a Antiguidade greco-romana, em diálogo com autores como Hannah Arendt, Agostinho, Tomás de Aquino, Comênio, Johann Friedrich Herbart, Rousseau, John Dewey e Skinner, dentre outros. Em seguida, Zuin dedica um capítulo à definição do conceito de cyberbullying, destacando a particularidade da permanência do cyberbullying em relação ao bullying. "Em relação ao bullying, é consenso que não se trata de agressões isoladas e/ou esporádicas, mas sim da repetição de um comportamento. No entanto, no cyberbullying, a repetição não é necessária: uma vez publicada uma imagem depreciativa na Internet, ela estará lá para sempre, sendo replicada e, muitas vezes, tornando-se viral", explica o pesquisador que, no livro, destaca como essa permanência pode, inclusive, aumentar ainda mais o sofrimento da vítima da agressão.

Além dessas reflexões teóricas, o autor apresenta e analisa seis vídeos de cyberbullying, sendo três brasileiros e três de outros países - Portugal, Estados Unidos e Inglaterra. A partir da análise de todo esse material, Zuin propõe o conceito de "concentração dispersa" para compreender como, em uma realidade em que as telas são onipresentes e o acesso à informação pode existir em qualquer lugar e a qualquer momento, a atenção nunca permanece fixa em um ponto por mais de alguns segundos e a capacidade de concentração é tão radicalmente transformada a ponto da dispersão tornar-se parte da sua constituição. 

O pesquisador destaca, de um lado, como essa configuração mina a autoridade do professor, já que as informações, antes concentradas em sua figura, agora podem ser obtidas mais rapidamente em uma busca no Google. De outro, defende que essa "autoridade da tecnologia" pode estar no cerne da violência de alunos contra professores. "O professor, historicamente, é a figura responsável por manter os alunos concentrados em uma determinada informação, e pela disciplina. Atualmente, porém, essa concentração é dolorosa, fica cada vez mais insuportável ler um livro ou qualquer texto um pouco maior. O prazer está nas telas - principalmente do celular - e, por isso, a agressão é voltada justamente àquele que obriga à concentração", resume.

Nesse cenário, como ressignificar o papel do professor? A profissão está fadada ao desaparecimento? Não necessariamente, defende Zuin. "No livro, eu concluo defendendo que professores e alunos podem estar não um contra o outro, mas juntos no uso das novas tecnologias, com o professor atuando como um mediador de relações conceituais, já que o simples acesso às informações não garante o processo formativo. É preciso estabelecer relações entre essas informações, e o professor pode ser a figura que estimula o estabelecimento dessas relações, do qual emergem novas relações conceituais e pessoas e novas formas de aprendizagem", conclui o pesquisador.


O livro já pode ser adquirido no site das Edições Loyola (https://goo.gl/YyxB4p) e nas livrarias.

Pesquisa Retratos da Leitura no Brasil aponta que quase 50% dos leitores afirmam terem sido presenteados com livros pelos familiares


A quarta edição da Pesquisa Retratos da Leitura no Brasil – encomendada pelo Instituto Pró-Livro ao Ibope Inteligência e considerada o maior e mais completo estudo sobre o comportamento do leitor brasileiro, aponta que 33% dos leitores respondentes sofreram a influência de alguém para começar a gostar de ler. Destes 33%, 19% dos entrevistados alegaram que algum dos responsáveis ou parente influenciou seu desejo pela leitura. Percebe-se a partir destes dados que a família tem grande relevância na formação de leitores.

Pessoas que influenciaram no gosto pela leitura 


A pesquisa aponta ainda que, em relação ao hábito de leitura dos pais, 17% dos entrevistados leem com frequência, 24% leem às vezes e 53% nunca leem. Os resultados também demonstram que a relação entre a maior escolaridade dos pais de leitores quando comparada à escolaridade dos pais de não leitores. Nesta última pesquisa, apenas 12% das mães e 11% dos pais dos leitores são analfabetos. Já em relação aos não leitores, 28% das mães e 25% dos pais são analfabetos.

As principais formas de acesso ao livro, segundo a pesquisa, são: compra em loja física ou pela internet 43%, presente 23% e empréstimo de algum familiar ou amigo 21%. Entre os leitores, 48% afirmam receber livros como presentes da família. Entre os que compraram livros nos últimos 3 meses, esse percentual cresce para 56%.

Dentre os fatores que influenciam na escolha de um livro para a leitura, foram citados: tema ou assunto (30%), dicas de outras pessoas (11%) e o autor (12%). Já as principais razões para a leitura, foram citados: gosto (25%), atualização cultural ou conhecimento geral (19%) e distração (15%). O “tema ou assunto” influencia mais a escolha dos adultos e daqueles com escolaridade mais elevada, atingindo 45% das menções entre os que têm Ensino Superior. Já a “capa” de um livro é o principal motivo de escolha na faixa etária entre 5 e 13 anos. Nas faixas etárias correspondentes aos ciclos da escolarização básica (Ensino Fundamental e Médio), as “dicas dos professores” são as de maior peso para aqueles que estão entre os 5 e os 10 anos de idade.

Fatores que influenciam na leitura de um livro
De acordo com o estudo, ter um influenciador de leitura dentro de casa faz bastante diferença para criar novos leitores, crianças que crescerão com o hábito de ler. Os índices que se referem aos pais ainda são baixos, há muito a se melhorar. As políticas de fomento à leitura que o IPL promove têm como intuito proporcionar momentos literários e de estreitamento das relações entre os pais e filhos. 

Então, que tal presentear as crianças com um livro? Escolha temas que sejam do interesse do seu filho, reserve tempo para ler com ele e ajude-o a descobrir novas aventuras e aprendizados por meio da leitura.

Sobre o Instituto Pró-Livro: O Instituto Pró-Livro (IPL), foi criado no final de 2006 pelas entidades do livro – Abrelivros, CBL e SNEL, com o objetivo principal de fomento à leitura e à difusão do livro. Iniciou suas atividades em 2007. Atualmente é mantido pelas entidades fundadoras e por contribuições voluntárias de editoras.  As entidades do livro, representando a cadeia produtiva, fundaram o Instituto Pró-Livro assumindo o compromisso de responsabilidade social junto a representantes do governo e sociedade civil, para a promoção de ações de fomento à leitura, orientado pela missão de transformar o Brasil em um país de leitores.
O IPL realiza periodicamente a pesquisa Retratos da Leitura do Brasil, maior e mais completo estudo sobre o comportamento do leitor brasileiro, para avaliar impactos, orientar políticas públicas do livro e da leitura, promover a reflexão e estudos sobre os hábitos de leitura do brasileiro e, desta forma, melhorar os indicadores de leitura e o acesso ao livro. www.prolivro.org.br

2POR4 - Um encontro musical com palhaços


A Editora do Brasil acaba de lançar a obra infantojuvenil 2POR4 - Um encontro musical com palhaços, de autoria do premiado Grupo Esparrama em parceria com a maestrina Ester Freire. Este primeiro título da nova coleção "Teatro em livro" é uma mistura gostosa entre circo, música e teatro. Os palhaços Batatinha e Nerdolino estão muito empenhados em reger um quarteto de cordas. Vivendo situações muito engraçadas e tendo como pano de fundo o universo musical, eles vão ensinar e aprender muita coisa relacionada ao som, ao ritmo e a outros elementos dessa arte.