O segundo romance do
jornalista e escritor Luis Pimentel – “Alguém
vai ter que pagar por isso” - já está disponível no catálogo e na loja da Editora
Faria e Silva (https://fariaesilva.com.br/.../alguem-vai-ter-que-pagar.../).
O horror, a miséria, a violência, as distopias e pandemias que nos assustaram nos últimos dois anos são os personagens centrais deste livro.
O autor planejava uma movimentada sessão de lançamento, com a presença dos amigos, mas a pandemia do novo coronavírus o fez mudar de ideia. Por isso, ele deixa um recado para os leitores: “Quem tiver interesse em ler pode encomendar (sem susto) diretamente na editora, com todas as garantias. Quem puder, repassa para outros amigos. Como diria o camelô, não precisa Prática nem tampouco Habilidade; qualquer criança brinca, qualquer adulto se diverte. Dá essa força aê!”, pede Luis Pimentel, com seu jeito alegre e irreverente de ser.
Alguém vai ter que pagar por isso é romance-crônica-conto-reportagem… Tudo junto.
Olhar denunciador sobre as agruras dos afastados da sociedade. A vida dessas
pessoas se entrelaçando na lama onde foram atiradas, contada com tanta poesia
que me lembrou da obra do Juan Rulfo. ´Cidade crônica´ define a narrativa, pois
Cidade é uma doença que todos contraímos. Narrativa emocionante, resumo destes
tempos quando se refere que ´o céu e o mundo desabam sobre o mundo e todo
mundo´. Fiquei incomodadamente encantado. Essas histórias acontecem e são
jogadas na lixeira do cérebro, neste mecanismo de sobrevivência que temos para
não enlouquecer de realidade.”
(Nani, cartunista e
escritor)
(…) um grito de
frustração com o irracional do nosso sistema de vida, da violência a que somos
hora a hora expostos desde a infância à velhice. É um contrassenso testemunhar
que realmente vivemos rodeados desse presente insalubre para a alma. A amargura
do cotidiano – que é deixada como recibo para o aleatório paradeiro das mortes,
das chacinas, da violência – não poderia ser melhor expressada. Grito sufocado
na garganta por quem já presenciou muita injustiça. Um texto delicado para
assunto duro e verdadeiro, que fere as entranhas. Um soco, um tapa para que se
acorde, pois nada disso pode continuar impune.
(Ladyce West,
escritora)
Ficção e realidade
vão desenhando, aos poucos, um mapa real da cidade. Cenas do horror de todos os
dias, retratadas nas páginas de jornal, na voz do rádio, nas falas das pessoas,
vidas e mortes unidas numa verdadeira tragédia, cuja impunidade gera revolta e
indignação. O texto vai muito além de situações isoladas, pois estão unidas
pelos mesmos fatos, a mesma temática e personagens que perpassam os relatos,
formando uma grande crônica indignada e crítica de todas as formas de violência
da cidade. Em alguns capítulos sobressai o relato; em outros, a ficção. No
geral, há uma fusão equilibrada entre eles. A indignação do título está muito
presente em todo o texto.
(Gentil Corazza,
escritor)