sexta-feira, 17 de fevereiro de 2023

“Seguindo a flecha”: livro escrito com muita sinceridade pela jornalista Ezna Dias Bonvin

 

O livro Seguindo a flecha conta uma história particular, mas, também, enquanto cidadã, vivida pela autora Ezna Dias Bonvin. Os eventos aconteceram no Brasil e na França desde o início dos anos 2000. Com suas experiências pessoais, um mundo de acontecimentos se fazem presentes um após outro, aparentemente sem ligação, mas que, ao final, mudam completamente sua vida, até mesmo no próprio país.



O caminho que parecia seguro, de progresso econômico e social – mesmo não sendo perfeito –, se transforma, após as eleições presidenciais de 2014, em campo de radicalização e ódio, via redes sociais, sem que os cidadãos brasileiros se deem conta. E nesse momento a chamada “Lava jato” aparece como o explosivo que faltava para o impeachment da presidente Dilma Roussef, entre gritos histéricos de contentamento dos “cochinhas” e lágrimas dos “petralhas”.

 

Todavia, é dentro desse quadro que a autora vive seus melhores momentos, na França, após um sinal que se fez no céu do Brasil. Na vida há surpresas inevitáveis.

 

“Digamos que sou um pouco tímida, mas tem momentos em que se deve colocar tal comportamento dentro do sapato, para se fazer o que precisa ser feito. Então, digo aos amigos que “Seguindo a flecha” é um livro escrito com muita sinceridade. Amigos franceses, maravilhosos escritores, Fateah Issaad. Gwen Dalfort e Olivier Decèse, falando sobre ele no Les Marchés de l’Auto Edition, o definiram como “sincero”, isto é, que o havia escrito com muita sinceridade. E acertaram em cheio. Não se pode falar de coisas sérias sem a devida sinceridade. A coragem não pode faltar”, afirma a autora Ezna Dias.


Jornalista Ezna Dias Bonvin


Transformações

Lula ficou preso 580 dias. Quase 2 anos. Numa cela muito bem guardada da Polícia Federal, em Curitiba. A condenação por "fatos indeterminados" demonstra a inexistência da culpa. Antes, a Presidente Dilma Roussef sofrreu o impeachement pelas denominadas “pedaladas fiscais”.

 

Como isso tudo começou? E como foi possível de acontecer? Dias tortuosos para os brasileiros, sem dúvida. Ezna Dias Bonvin faz um relato desse momento histórico em seu livro. É com o olhar de cidadã que ela traz algumas informações, tendo como objetivo contribuir para a compreensão dos fatos.

 

Em meio aos dolorosos acontecimentos, a sua própria vida mudou de rumo. E ela conta como tudo foi possível. Relata ainda fenômenos mediúnicos ligados ao tema exposto. O livro apresenta informações surpreendentes, mas nada que fuja à realidade dos fatos.

Livro que conta a história do primeiro indígena universitário do Brasil será lançado no Charitas, em Cabo Frio

 

Publicado pela Sophia Editora, "O primeiro indígena universitário do Brasil — Dr. José Peixoto Ypiranga dos Guaranys (1824-1873)" ganha formatos impresso, audiobook e ebook

 

O primeiro indígena universitário do Brasil nasceu no aldeamento de São Pedro de Cabo Frio em 1824, dois anos depois da Independência do Brasil (1822), e tornou-se bacharel em direito pela Universidade de São Paulo (USP), onde estudou com o escritor José de Alencar. As informações estão contidas no livro "O primeiro indígena universitário do Brasil — Dr. José Peixoto Ypiranga dos Guaranys (1824-1873)", que será lançado nos formatos impresso, audiobook e ebook no próximo dia 25 (sábado), a partir das 18h, no Museu José de Dome (Charitas), em Cabo Frio. O encontro contará com palestra dos autores Luiz Guilherme Scaldaferri Moreira e Marcelo Sant’Ana Lemos, com tradução em libras, sendo transmitido ao vivo pelo Facebook e YouTube da Sophia Editora. O projeto conta com patrocínio do Governo do Estado do Rio de Janeiro, através do Edital Retomada Cultural RJ2, da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa.

 




No texto de apresentação, Maria Regina Celestino de Almeida, pesquisadora da UFF, observa que a instigante e complexa trajetória de Ypiranga dos Guaranys é problematizada e muito bem contextualizada no Rio de Janeiro pelos autores, que "abrem um leque de questões relevantes para refletir sobre a presença e participação indígena na construção do Estado e da nação brasileiros".

 

"Fundamentados em diferentes tipos de fontes, desenvolvem um estudo complexo e inovador sobre este instigante e controvertido personagem, sobre o qual se debruçam, buscando identificar as motivações próprias que orientavam suas escolhas políticas e ideológicas. Abordam a problemática da construção de imagens estereotipadas e preconceituosas sobre os indígenas no século XIX, ao mesmo tempo que evidenciam seu protagonismo e a complexidade de suas atuações e múltiplas estratégias, que só podem ser compreendidas em contextos específicos e levando em conta suas intensas interações entre si e com os não índios. Trata-se, sem dúvida, de uma publicação relevante para nossa historiografia, que tem, entre outros, o mérito de demonstrar a importância de se considerar a presença e a participação indígena nos processos de formação do Estado nacional brasileiro", escreve Maria Regina Celestino de Almeida.

 

Durante seus 49 anos de vida, Ypiranga dos Guaranys foi proprietário de terras e de escravos, comerciante, advogado, promotor público, vereador e inspetor escolar em diversas cidades. Ele, segundo os pesquisadores, desde a infância visitava a corte e também acompanhava o pai, Joaquim Rodrigues Peixoto, no comércio de cabotagem, que realizava na Baía de Guanabara. Inclusive, foi Joaquim Rodrigues Peixoto o primeiro a pedir ao estado financiamento para que indígenas pudessem cursar a faculdade – o que foi negado.


 


“O que mais chama a atenção na história dele é que, no fim do século XX e no início do século XXI, os indígenas foram galgando não só a universidade no primeiro momento, mas no segundo momento foram fazendo mestrado, virando até professores universitários. Esse protagonismo de Ypiranga dos Guaranys é muito importante para jogarmos luz a um fato pouquíssimo conhecido”, destaca Marcelo.

 

Entre as curiosidades que permeiam a pesquisa, o leitor saberá, por exemplo, que a turma de Ypiranga dos Guaranys na universidade era heterogênea, uma vez que tinha alunos de sete províncias diferentes. Entre os colegas havia futuros juízes, ministros, escritores, parlamentares, nobres do Império. Já o escritor José de Alencar se tornaria, inclusive, padrinho de uma das filhas de Ypiranga dos Guaranys. No primeiro ano do curso, os alunos fundaram Instituto Literário Acadêmico, responsável por publicar a revista Ensaios Literários, na qual publicavam por meio de pseudônimos, pois abdicavam da "glória". Ali, “rascunhavam” o nascimento do romantismo brasileiro.

 

Para os pesquisadores, a importância do resgate da história do primeiro indígena universitário do Brasil é de valor inestimável para a história do Brasil e da Região dos Lagos.

 

“Com o trabalho, contribuímos para vencer uma série de preconceitos que a sociedade brasileira tem ainda hoje sobre a população indígena. Além disso, a trajetória dialoga profundamente com as imagens representativas de um ideal de povo e nação que estavam sendo elaboradas e cuja discussão atravessou o período do Império, mantendo-se viva”, reflete Scaldaferri.


 

Sobre os pesquisadores

Luiz Guilherme Scaldaferri Moreira - Doutor em História pela UFF (2015). Mestre em História Social pela UFRJ (2010). Bacharel e Licenciado em História pela UFRJ (2001). Professor das redes municipais de ensino de Armação dos Búzios e Cabo Frio. Tem se dedicado a pesquisar questões ligadas à temática da História Indígena, a História Militar e a popularização da História da Região dos Lagos. Em 2010, publicou “Os índios na História da Aldeia de São Pedro de Cabo Frio – séculos XVII-XIX”, em coautoria com Janderson Bax Carneiro. Em 2018, juntamente com Rose Fernandes, publicou “Cabo Frio e a Pesca da Baleia na Ponta dos Búzios (Séculos XVIII e XIX). Em 2020, em coautoria com José Francisco de Moura, publicou “História de Cabo Frio – dos sambaquieiros aos cabo-frienses)”. Em 2010 recebeu a menção honrosa no Concurso de Monografia do Arquivo da Cidade do Rio de Janeiro, com sua dissertação de Mestrado. É membro da Academia Cabofriense de Letras. Em 2021, escreveu o livro infantil “História de Cabo Frio contada à minha filha”.

 

Marcelo Sant'Ana Lemos - Possui graduação em Geografia (1986), mestrado em História (2004), ambos pela UERJ. Foi professor do Colégio Pedro II (1993-2011), da rede pública estadual (1999-2006), professor em cursos de pós-graduação na Universidade de Vassouras e na UFRJ. Autor de livros sobre a história indígena fluminense e de crônicas. Organizador de cursos sobre temática indígena para professores da rede pública estadual e municipal e para o público em geral, também apresenta palestras e lives sobre esses assuntos.

sábado, 11 de fevereiro de 2023

Portugal Mag Editora lança a 5ª edição da "Colectânea de Poesia Lusófona em Paris"

 

Trabalho literário será apresentado em Portugal e em França e promete “unir” a comunidade lusófona


A Portugal Mag Editora, com sede em Paris e em Coimbra, vai realizar a quinta edição da Colectânea de Poesia Lusófona em Paris, um trabalho coordenado pelos escritores Adélio Amaro e Frankelim Amaral, e que será apresentado em Leiria, no mês de junho, e em Paris depois do Verão.

 


O objetivo da Editora é promover todos os poetas de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor espalhados por todo o mundo. “Esta coletânea terá várias apresentações, incluindo passagens pelo Consulado-Geral de Portugal em Paris e em Portugal”, disseram os seus responsáveis.

 

Esta nova edição destina-se a todos os cidadãos que residam em qualquer país do mundo, desde que escrevam em língua portuguesa e sejam maiores de 18 anos.

 

Como participar?

Os interessados em participar nesta coletânea devem enviar o(s) poema(s) de sua autoria, sem limite, com o máximo de 28 linhas cada poema. Os poemas devem ser digitados em Word, corpo 12, Times New Roman, em Língua Portuguesa e deverão ser entregues em formato digital ou por e-mail. O tema é livre.

 

Os poemas têm de ser enviados para o e-mail poesialusofonaparis@gmail.com até o próximo dia 28, acompanhados da ficha de inscrição (que deverá ser solicitada por  este mesmo e-mail), fotografia pessoal e nota de apresentação.

 

Experiência no campo literário

Adélio Amaro e Frankelim Amaral são autores de vários projetos desta área, sendo reconhecidos na comunidade lusófona pelo que têm fomentando pelos poetas de língua portuguesa.

 


As quatro primeiras coletâneas de Poesia Lusófona em Paris contaram com a participação de mais de 320 poetas oriundos de vários países unidos pela língua de Camões e pela paixão da poesia. Foram realizadas várias apresentações, incluindo eventos no Consulado-Geral de Portugal em Paris, no Auditório da Galeria Manuel Artur dos Santos do Centro Cultural Mercado Sant’Ana (Leiria), no Centro de Diálogo Intercultural de Leiria e na Sala do Capítulo no Museu de Leiria.

 

“Desta forma, a Portugal Mag Editora volta a lançar para todo o mundo, em especial para a comunidade lusófona, a 5ª Coletânea de Poesia Lusófona em Paris. Para esta Coletânea, a Editora terá a parceria da BiblioRuralis – Associação Cultural”, reforçaram os seus organizadores.

Em ritmo de Carnaval, Movimento literário Um Brinde à Poesia Niterói faz apresentação hoje, no MAC

 

O Movimento literário, artístico e cultural Um Brinde à Poesia Niterói, que tem agenda mensal no Museu de Arte Contemporânea de Niterói (MAC), vai apresentar hoje (11), às 15h, a primeira edição de 2023.


 


Lucilia Dowslley, Editora-chefe na empresa Dowslley Editora & Comunicação e Produtora Geral, coordenadora e apresentadora do Movimento Um Brinde à Poesia Niterói, vai receber o médico e poeta Paulo Lipke, divulgando o seu primeiro livro "Atualização do Verbo Amar", publicado pela Dowslley Editora, e cujo poema homônimo ficou em primeiro lugar no Festival CCB de Música e Poesia 2019.


 

O evento também contará com a presença do cantor e compositor Allê Mendes e seguirá com o sagrado Momento D'versos - microfone aberto para a participação do público.


 

Esta edição de fevereiro tem como tema o Carnaval e o público está convidado a comparecer vestindo fantasias e levando poesia.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2023

Livro “Mulheres no Conselho” terá lançamento no dia 10, na Livraria Travessa do Shopping Leblon

 

Mulheres “dando conselhos” nos remete a uma prática ancestral, inerente ao nosso gênero, ao cuidar e liderar a família. Mas, o livro Mulheres no Conselho volume I - Edição poder de uma história, da Editora Leader, trata de um assunto bem diferente! Ele relata as histórias e experiências de mulheres pioneiras em uma função majoritariamente masculina até há bem pouco tempo – a de membro de Conselhos de Administração.



Durante muitas décadas os Conselhos foram redutos de homens brancos, indicados ou selecionados para tais funções igualmente por homens brancos. Lentamente essa realidade começou a mudar, mais recentemente impulsionada pela força dos requisitos ESG – ambiental, social (em que se inclui a diversidade) e governança – e, também, pela crescente compreensão e evidências de que um ambiente diverso leva a um processo decisório mais sólido e rentável.

 



Com muita satisfação e crescente esperança de que cheguemos rapidamente a um momento em que um Conselho de Administração composto somente por mulheres não seja motivo de espanto ou de admiração, apresento este oportuno livro “Mulheres no Conselho”, que nos conduz pelas histórias e experiências inspiradoras de mulheres que, em áreas profissionais tão distintas, têm em comum trajetórias de sucesso e a resiliência necessária para chegarem lá!

 

AUTORAS:

Geovana Donella

Ana Maria Loureiro Recart

Ana Silvia Matte

Ana Siqueira

Beatriz P C Cunha

Bibiana Carneiro

Carla Trematore

Cátia Tokoro

Claudia Pagnano

Cláudia Cohn

Claudia Elisa Soares

Cristina Tuna

Fatima Raimondi

Graciema Bertoletti

Grazielle Parenti

Isabella Saboya

Ivanyra M M Correia

Jandaraci Araujo

Janete Vaz

Leila Abraham Loria

Lindalia Junqueira

Magali Leite

Mariana Tolovi

Marly Parra

Mônica Pires

Rachel Maia

Silvana Romagnole

Sonia Consiglio

Stania Moraes

Sueli Berselli Marinho

Susana Jabra

Vera Valente


Ricardo Schott lança o livro 'Terra Trio' e, através da história do grupo, faz uma viagem na MPB


 O jornalista Ricardo Schott lança, nesta quarta-feira (08), às 19h, o livro Terra Trio - Uma Família Musical Com os Pés na Terra, com o selo da Editora Sonora. O evento acontecerá na Livraria da Travessa (Rua Visconde de Pirajá, 572), em Ipanema, Zona Sul do Rio, e contará com a presença da banda.

 

A história de artistas como Maria Bethânia, Nara Leão, Sidney Miller, Áurea Martins, Pedro Santos, Sueli Costa, Marisa Gata Mansa e Martinho da Vila se intercala com a dos irmãos Ricardo Costa, Fernando Costa e José Maria Rocha,  integrantes da banda Terra Trio,pois que coube ao trio a função de dar vida às ideias musicais dessa turma.

 


Uma coisa sempre incomodava Tom Jobim na hora de seu chope, na varanda do Bar Veloso, em Ipanema: a barulheira que vinha de um apartamento ali em cima.  "Será que esses caras não se mancam? Que bolhas..." .

 

Hoje os bolhas Fernando, Ricardo e José Maria formam um dos conjuntos mais famosos do Rio: o Terra Trio, exclusivo de Nara Leão e Maria Bethânia.  (Revista Intervalo, 18 de julho de 1969)

 

Nara  está cantando bem como nunca, o som do Terra Trio é sensacional e o repertório do partido-alto de Martinho da Vila é algo tão Rico, tão envolvente, que duvido que alguém resista a cantar junto com ele.  (Manchete, 31 de maio de 1969)

 

Fernando, Ricardo e Zé Maria são da Montenegro. Os rapazes são bons mesmo e, para provar, uma história verdadeira: há alguns meses, numa tarde chuvosa e sem perspectivas, Fernando tocava seu violão no Veloso; Baden Powell o escutava com atenção. Toca o telefone e Baden é chamado:  "Agora não atendo ninguém, estou admirando a interpretação de um grande artista".  (Jornal de Ipanema, janeiro de 1968)

 

Na época da bossa nova, os trios de jazz não tinham ingenuidade. Eram homens com suas escolhas feitas. No caso do Terra Trio, eram três garotos como eu, como o Fauzi  (...) Eles tinham opinião, não se sentiam diminuído nem subalternos. E eles também tinham noção das minhas dificuldades, dos meus desejos de aprender (...) O Fernando é um dos maiores músicos que já conheci. O Ricardo é um baterista bastante sensível. E o Zé Maria é um artista completo: pianista, ator.  (Maria Bethânia)

quinta-feira, 26 de janeiro de 2023

Carlos Marchi faz hoje lançamento de seu livro "Longa jornada até a democracia"


* Texto de Cleomar Almeida, coordenador de Publicações da FAP

 

Escrito pelo jornalista e escritos Carlos Marchi, o livro Longa Jornada até a Democracia (476 páginas), primeiro de dois volumes que abordam os 100 anos do Partido Comunista Brasileiro (PCB), será lançado nesta quinta-feira (26/01), a partir das 19 horas, durante evento presencial no Bar e Restaurante R. Farme de Amoedo, 51 – Ipanema, Rio de Janeiro. Os leitores poderão terão seus exemplares autografados no local pelo autor da obra, editada pela Fundação Astrojildo Pereira (FAP).

 

O livro teve seu segundo lançamento presencial em Brasília (20/12). O primeiro foi realizado em São Paulo, no último dia 12 de dezembro, também com a presença do autor e de dezenas de convidados. Interessados em adquirir seu exemplar podem enviar solicitação diretamente para o e-mail da FAP (fundacaoastrojildo@gmail.com) ou ligar para 61 3011-9300.

 

A obra registra o legado do partido, que, com erros e acertos registrados em livros de história, ainda permanece como um dos principais atores da luta pela democracia brasileira. O autor começa em 1922 e se detém ao período que segue até a década de 1960, a qual define a característica mais própria e delineada com que o Partidão entrou na memória coletiva.

 

O livro relata a história do partido que se revelou dono de uma visão estratégica que intuía, ainda que muitas vezes no quadro conceitual do “marxismo-leninismo”, a natureza “ocidental” da formação social brasileira. Por isso, rejeitava com muita consistência o caminho das revoluções do século XIX.

 

Este tipo de revolução, replicado em 1917 e mesmo depois em países periféricos, também não deixou de arregimentar muita gente idealista, mas, é forçoso admitir, tratou em geral de ideais redentores de pouca ou nenhuma viabilidade prática. É o que observa o prefaciador da obra, o tradutor e ensaísta Luiz Sérgio Henriques.

 

Ligado à revolução desde o seu nascimento, o PCB respondia ao mesmo tempo às necessidades da própria modernização capitalista, como expressão da entrada de uma nova subjetividade de classe na arena política, que se reformulava com a corrosão irreversível da República Velha e a ampla rearrumação promovida com a Revolução de 1930. Um ator moderno, com forte motivação endógena.

 

Com o passar dos anos, o Partidão passou a ser o portador explícito de uma determinada visão de mundo, baseada na centralidade da classe operária e num marxismo, a bem dizer, precariamente assimilado, assim como de um nexo entre nacional e internacional, que, explorações propagandísticas à parte, caracteriza todo moderno grupo político.

 

 “Fazer como na Rússia”, portanto, não significava obedecer às ordens de Moscou, ou de lá receber o “ouro” para promover a subversão, mas reivindicar pela primeira vez, de modo coerente, o protagonismo de um decisivo agrupamento subalterno nas lutas políticas e sociais do país. E de um agrupamento que não estava sozinho no mundo, mas, sim, inserido numa rede típica da modernidade do século XX.

 

A centralidade da classe operária seria igualmente a fonte de um novo paradoxo, que salta logo à vista entre as diferentes vicissitudes descritas no livro. Antes de mais nada, a classe operária de que falavam os pais fundadores do PCB – em primeiro lugar, os dois dirigentes mais marcantes, Astrojildo Pereira e Octávio Brandão, este último não presente no ato niteroiense de fundação – vinha à luz num contexto de capitalismo autoritário e numa economia cuja industrialização.

A rigor, se faria “por cima”, pelas mãos do Estado, sem contemplar a democratização da propriedade rural e a plena liberdade de organização de sindicatos urbanos e partidos de esquerda.

 

Serviço

Lançamento do livro Longa Jornada até a Democracia

Data: 26/01 (hoje)

Horário: a partir das 19h

Onde: Bar e Restaurante R. Farme de Amoedo, 51 – Ipanema, Rio de Janeiro

Realização: FAP e Carlos Marchi

quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

Livro especial de 25 anos do “Projeto Guerreiros da Amazônia” será lançado no próximo domingo (dia 29), na Livraria Travessa do Shopping Leblon

 

A premiada trilogia literária infanto-juvenil escrita pelo autor Ronaldo Barcelos, ambientada na Amazônia que narra a saga de jovens com superpoderes e a grande missão de combater os vilões que devastam a maior floresta tropical do mundo, completa 25 anos e ganhou uma edição especial que será lançada na livraria Travessa do Shopping Leblon, no próximo dia 29, às 17h.

 

Em duas décadas e meia de vida, tanto a história como a forma de apresentar o livro e temática às crianças e adolescentes passaram por várias reformulações, atualizações, introdução de temas importantes, bem como os avanços nas questões ambientais.

 


De acordo com Ronaldo Barcelos, a cada livro vendido, um exemplar será doado para uma escola pública. “Dedicamos uma parte do livro, os extras para os pais e professores conhecerem o projeto e saberem onde podem acessar e baixar gratuitamente todo o nosso conteúdo produzido”.

 

Na visão do autor, a educação básica e a valorização dos professores são determinantes para virar o jogo na região amazônica e, a ideia é criar um link de conexão para aproximar a floresta do coração das crianças. 

 


A obra está mais interativa, conectada, muitos recursos visuais inclusive QRcode que direciona para o site, onde o público tem acesso completo a fotos, vídeos e muito mais. Nas páginas finais, o material conta uma vasta linha do tempo, os “extras”, com todas as informações desde o início da empreitada, passando por momentos importantes do projeto.

 

Lançamento

O lançamento da edição comemorativa de 25 anos está programado para às 17h do próximo dia 29 (domingo), na livraria Travessa, do Shopping Leblon, no Rio de Janeiro.  O evento terá com uma tarde de autógrafos com os autores Ronaldo Barcelos (escritor) e Ronaldo Santana (ilustrador), que vão falar sobre o trabalho desenvolvido especialmente para o projeto.


 

Carbono neutro

A edição comemorativa também será Carbono Neutro. Desde 2013, o projeto faz parte do Programa de Carbono Neutro, do Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (IDESAM), que compensa energia elétrica, quantidade de papel, tinta, impressão e demais itens do processo de produção que emitem carbono com o plantio de árvores nativas na Reserva do Uatumã, no leste do Amazonas. A obra é a primeira trilogia literária Carbono Neutro do Mundo!

 

Projeto Social: MISSÃO + EDUCAÇÃO

Desde 2012, o projeto cumpre o importante papel de difundir, divertir, educar e impactar milhões de crianças, já soma 25.000 livros e 200.000 e-books doados para mais de 500 escolas no Brasil.  Em 2018, com apoio do Ministério da Educação (MEC), a série virou desenho animado e é exibida gratuitamente nas redes sociais e na TV Escola. 

 

Todo o conteúdo produzido está disponibilizado gratuitamente no site: https://guerreirosdaamazonia.com.br. Os livros em PDF, manuais do professor, desenhos animados e músicas podem ser baixados e assistidos em computadores, celulares e tablets. 



Sobre a trilogia

Na Amazônia existe uma história contada pelos caciques de geração em geração, que, para os indígenas mais novos, não passa de uma lenda. A lenda Amazon! Há 500 anos, com a invasão das Américas e a percepção de que seria impossível vencer o homem branco com suas armas, embarcações e cavalos, os caciques da Amazônia se reuniram e decidiram enviar para um local secreto da floresta, representantes de todas as etnias.

 

Eles viveram isolados por muitos e muitos anos em harmonia com a natureza e catalogaram todo o conhecimento no Livro Sagrado. Com isso, os Seres da Floresta os presentearam com a “Flor do Sol”, um cristal mágico que gerou dez armaduras com poderes de animais da região.

 

O Dr. Zach, o vilão da história, grande devastador e explorador ilegal da floresta, tomou conhecimento da lenda Amazon e, com a intenção de ficar rico e dominar o mundo, iniciou uma busca insana para encontrar a cidade secreta, roubar o Livro Sagrado e a Flor do Sol. Começou uma corrida contra o tempo para salvar a floresta da devastação.

Você não pode fugir de seu destino!

sábado, 21 de janeiro de 2023

Instituto Cultural Povo do Livro de Maricá será lançado oficialmente neste domingo

 

Diversificado em sua essência, o Instituto conta com escritores premiados e membros de academias, que escrevem obras infantis, romances, ficção científica, poesias, obras sobre educação etc.

 

Neste domingo (22), às 15h no CEU – Centro de Artes e Esportes Unificados, na Mumbuca, em Maricá, acontecerá o lançamento oficial do Instituto Cultural Povo do Livro de Maricá único instituto na cidade especialmente criado para escritores.

 


Berço turístico de belezas inigualáveis, Maricá sempre foi tema de canções, versos e prosas, além de ser o porto seguro de muitos fazedores de cultura. De crescente população, a cidade conta com talentosos escritores e artistas em geral. Assim, pelo amor aos livros e à literatura, o Povo do Livro nasceu na mente e no coração do escritor Manoel Lago, em 2013. Três anos depois, o coletivo nasceu oficialmente. 

 

Em 2019 foi produzida e lançada, a “Antologia Crônicas & Poesias de Maricá” e, no fim do mesmo ano, os membros se uniram para participar da 5ª Festa Literária de Maricá, evento que fortaleceu a união do Povo do Livro. Com a pandemia, os muitos planos foram adiados, entretanto, o grupo produziu sua segunda Antologia. De lá para cá participaram de cinco edições da FLIM e ganharam novos membros. Em abril de 2021 Manoel Lago perdeu a luta contra a Covid.

 


Em 2022, parte do grupo original, em homenagem à memória deste grande escritor, e com o intuito de lutar por mais visibilidade e espaço para a produção literária da cidade criou, oficialmente, o Instituto Cultural Povo do Livro de Maricá. O Instituto conta com 17 escritores, moradores da cidade ou que sejam ligados a ela em relação a sua trajetória literária.

 

Nascido para congregar escritores, o coletivo carrega uma gama de projetos a serem implantados ao longo do ano de 2023, dentre os quais, destaque para a criação de premiações literárias, a interação entre escritores e escolas, saraus e participações em eventos na cidade, entre outros.