quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Campanha “Leia para uma Criança” disponibiliza 1,8 milhão de coleções para incentivar o hábito da leitura nas famílias

Este ano, a ação traz edições exclusivas dos livros “Quero Colo!”, de Stela Barbieri e Fernando Vilela, e “Pedro vira porco-espinho”, de Janaina Tokitaka

O Itaú Social e o Itaú Unibanco lançaram a campanha Leia para uma Criança, que este ano disponibilizará ao público, gratuitamente, 1,8 milhão de coleções com duas edições exclusivas dos livros Quero Colo!, de Stela Barbieri e Fernando Vilela, e Pedro vira porco-espinho, de Janaina Tokitaka. Também serão disponibilizados dois mil livros em braile e letra expandida, e dois mil exemplares acessíveis para leitores com outras deficiências.


Os kits podem ser solicitados por qualquer pessoa (não é necessário ser correntista do banco) pelo site itau.com.br/leiaparaumacrianca. Após a realização do cadastro, o material será enviado por correio para o endereço indicado. Desde 2010, a iniciativa já distribuiu mais de 51 milhões de livros.

“A leitura do adulto para e com a criança favorece a socialização e a construção de vínculo. Propicia, ainda, a ampliação do vocabulário e da capacidade de aprendizagem. Por isso, todos os anos realizamos um grande esforço para que crianças de 0 a 6 anos de todas as localidades do país, de todas as origens, tenham acesso à literatura de qualidade”, explica Dianne Melo, especialista em Programas Sociais do Itaú Social.


Os títulos desta edição foram selecionados por meio de edital público, formato inédito para a aquisição dos exemplares do “Leia para uma Criança”. O processo envolveu várias etapas, entre elas a conferência dos critérios técnicos (temática abordada na história, características literárias do texto, qualidade do projeto gráfico e autoria), a interação de adultos e crianças com os livros inscritos, por meio de uma experiência sensorial com famílias de todas as regiões do país, e a avaliação de especialistas e de mediadores de leitura.

Coleção
● “Quero Colo!”, de Stela Barbieri e Fernando Vilela, Edições SM
Em “Quero Colo!”, os bebês são os protagonistas. O livro valoriza a proximidade e o afeto, mostrando como os bebês são carregados pelos adultos nas mais diferentes culturas - até no mundo animal.

● “Pedro vira porco-espinho”, de Janaina Tokitaka, Jujuba Editora
“Pedro Vira Porco-Espinho” é uma leitura cheia de humor e surpresas, mostrando as transformações que podem acontecer com as crianças quando as coisas não saem como esperado.

Filme “Robô”
Como nos anos anteriores, o programa será divulgado na mídia tradicional e online com o filme “Robô”, com uma narrativa que reforça pelo segundo ano consecutivo que meninas e meninos podem inventar um futuro que ninguém imagina. O novo filme conta a trajetória de uma menina que, a partir do momento em que é incentivada pelo pai a ler um livro com tema de robô, se encanta com a história e desenvolve diversos projetos sobre o tema, em várias fases de sua vida. Sua jornada culmina em um momento importante de realização pessoal e profissional. 

A trilha sonora marcante é uma grande aliada, dialogando com o conceito da campanha: uma versão inédita de "Dream On", clássico da banda Aerosmith que completa 45 anos em 2018. O filme ressalta que tanto meninas quanto meninos de todas as classes e etnias podem ter as mesmas oportunidades e realizar seus sonhos.

Para levar a história para a realidade, a campanha também terá o lançamento, durante o mês de outubro, de “A Biblioteca de Malala”, uma entrevista exclusiva gravada com a ativista paquistanesa Malala Yousafzai – laureada com o Prêmio Nobel da Paz – durante sua visita ao Brasil em julho deste ano. Com divulgação no ambiente digital, o conteúdo tem a jovem paquistanesa falando sobre a importância dos livros em sua vida. 

  
Por que ler para uma criança?

A cena de um adulto lendo para uma criança desperta, de imediato, a ideia de afeto. E é exatamente isso! A proximidade, o aconchego, as ilustrações, o ritmo da história, criam um envolvimento que fortalece o vínculo. Não é difícil imaginar também que a prática contribui para a ampliação do vocabulário e da capacidade de aprendizagem.


Mas esse momento é muito mais rico e traz diversos outros benefícios para os pequenos. Listamos alguns deles:

·         Desenvolve atenção, concentração, memória e raciocínio;
·         estimula a curiosidade, a imaginação e a criatividade;
·         ajuda a criança a perceber e a lidar com os sentimentos e as emoções;
·         possibilita à criança conhecer mais sobre o mundo e as pessoas;
·         auxilia no desenvolvimento da empatia, da sociabilidade e da amabilidade;
·         ajuda a minimizar problemas comportamentais como agressividade, hiperatividade e atitude arredia;
·         auxilia na boa qualidade do sono; e
·         desenvolve a linguagem oral.


Sobre o Itaú Social:
O Itaú Social desenvolve, implementa e compartilha tecnologias sociais para contribuir com a melhoria da educação pública brasileira. Sua atuação está pautada no desenvolvimento de projetos sociais, no fomento a organizações da sociedade civil e na realização de pesquisas e avaliações. Informações: www.itausocial.org.br.

quinta-feira, 25 de outubro de 2018


“Da minha ansiedade a sua felicidade”: rabino mostra a superação dos ataques de pânico através dos ensinamentos da mística judaica


Chega às livrarias, publicado pela Editora Ibrasa, o livro Da minha ansiedade a sua felicidade, escrito pelo rabino Gabriel Benayon, nascido do Uruguai, que hoje vive no Panamá. A obra é apresentada em treze capítulos e expõe um pouco da experiência do autor com o trauma da ansiedade e dos ataques de pânico e, mostra como, através dos ensinamentos da mística judaica e da cabala, ele conseguiu superar tais problemas.

A ansiedade é um dos temas recorrentes dentro das psicoterapias. É sinônimo de tristeza, preocupação e da agitação diante dos acontecimentos e das incertezas do dia a dia. É uma espécie de antecipação apavorante de uma ameaça iminente, acompanhada por um intenso sentimento de medo e descontrole. Mesmo assim, é sabido que a ansiedade não é algo totalmente negativo, uma vez que em condições normais ela cumpre uma função de adequação.

Uma orientação clara e precisa sobre a forma de dissipar a ansiedade e gerir a si próprio, é o que o leitor vai encontrar nas páginas deste livro, que tem a particularidade de ter sido inspirado na vida do autor, tendo como sustentação teórica os ensinamentos da Torá e também, por estar apoiado na psicologia.

A coragem do autor em promover e discutir suas crises faz com que as pessoas que passam por situações parecidas se sintam identificados, reconheçam sua vulnerabilidade e desenvolvam a disposição para a mudança pessoal.

Da minha ansiedade a sua felicidade, ao mesmo tempo, fornece ferramentas necessárias para alcançar a mudança; e para isso, é essencial confiar em Deus em primeira instância e, em seguida, em suas próprias capacidades.

Importante ressaltar que no final de cada um dos treze capítulos o autor propõe um exercício referente ao assunto apresentado e traz, também, uma carta do Rebbe de Lubavitch.

Sobre o autor
O Rabino Gabriel Benayon nasceu em Montevideo, Uruguai e lá mesmo ainda criança iniciou sua formação religiosa. Aos 17 anos, ingressou na instituição de formação rabínica Tomchei Tmimim Lubavitch, onde começou seus estudos com o objetivo de ser um rabino e ajudar a comunidade. Atualmente está radicado no Panamá, mas também estudou na Argentina, Chile, Israel e Estados Unidos. Desde 2004 atua no Centro Comunitário Beth El no Panamá onde ministra palestras e aulas de Torá.

Em 2008 abriu um instituto de educação pré-escolar, Mitzva Tots, e acolheu em sua primeira inscrição mais de cem crianças. Em 2009 recebeu sua ordenação rabínica abraçando uma das tarefas mais gratificantes que é ajudar as pessoas da comunidade que passam por problemas emocionais. Da minha ansiedade a sua felicidade foi apresentado ela primeira vez no Panamá em maio de 2015 com a presença de terapeutas nacionais e rabinos. Apresentou sua obra e o projeto em Barranquilla, Santiago, Santa Fé, Rosário Buenos Aires, Guayaquil, Quito, Miami, Lima, Cali, San Diego e Caracas.

Antologia poética marca primeiro aniversário do "Programa Encontro marcado com a Cultura"

Acontece hoje (25), às 16h, o lançamento da Antologia em verso e prosa do “Programa Encontro marcado com a Cultura”, comandando por Arleni Batista, na Rádio BAND-Rio. A sessão de autógrafos será na Sala da Alameda do Centro de Literatura do Museu Histórico do Exército, no Forte de Copacabana (Avenida Atlântica, Posto 6).

A obra, que marca o primeiro aniversário do programa, é uma homenagem ao Rádio e à Comunicação e tem prefácio de Ricardo Cravo Albin e Maria Amelia Palladino, apresentação de Dyandreia Portugal e edição de Antonio Pereira e Mara Joaquim.




quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Livro conta história de uma criança com nanismo que queria ser astronauta


O menino que queria ir ao espaço é o nome do livro que será pré- lançado nesta quinta-feira (25), às 19h, na Livraria Leitura, no Shopping Via Parque, na Barra da Tijuca, no dia de conscientização e combate ao preconceito à pessoa com nanismo, conforme Lei Federal 4954/16, Lei Estadual/RJ 7.319/16 e Municipal/RJ 6161/17. 

O projeto é uma iniciativa da autora e professora Fabiana Salatiel, com ilustrações de Alex Pereira. Fernanda lecionou para uma criança com nanismo e observou que no dia a dia pode perceber que a deficiência não o limitava em nada. “O personagem tem um sonho de ser astronauta, e vi que ele poderá ser o que quiser”, destacou a autora. A obra conta a história de uma forma lúdica e delicada.

O nanismo é uma deficiência física caracterizada por baixa estatura grave com mais de 400 tipos e subtipos e, em alguns casos, podem estar atrelados com síndromes. O indivíduo é considerado “anão ou anã” com até 1.45 cm.

“A proposta das leis é diminuir o preconceito à pessoa com a deficiência e fomentar as oportunidades de emprego, inclusão, acessibilidade e mostrar à sociedade que a pessoa com nanismo pode ser um cidadão com as mesmas oportunidades de uma pessoa com estatura considerada ‘normal’”, afirmou Kenia Rio, presidente da Associação de Nanismo do Estado do Rio de Janeiro (ANAERJ).

Para fechar as comemorações, o 3º Congresso Nacional de Nanismo vai ser organizado este ano pela campanha “Somos Todos Gigantes”, em Goiânia, nos dias 9,10 e 11 de novembro. As inscrições estão abertas pelo site https://somostodosgigantes.com.br/ com uma programação voltada para saúde, qualidade de vida, direitos e lazer para pessoas com nanismo. Mais informações pelo telefone (62) 9990-2223.A proposta das leis é diminuir o preconceito à pessoa com a deficiência e fomentar as oportunidades de emprego, inclusão, acessibilidade e mostrar a sociedade que a pessoa com nanismo pode ser um cidadão com as mesmas oportunidades de uma pessoa com estatura considerada “normal”.



Editora ‘LivrosdeFutebol’ lança ‘Contos da Bola’, e-book do jornalista Eduardo Lamas


Obra faz parte da coleção Biblioteca Digital do Futebol Brasileiro

Embora a criatividade seja uma característica das mais valorizadas por torcedores e comentaristas esportivos, quando o futebol sai dos campos para as páginas de um livro, na maioria das vezes trata muito mais a bola com o pragmatismo dos fatos do que fazendo as jogadas lúdicas da ficção. Em tabelinha com a imaginação, até para misturá-la com episódios verídicos, alguns históricos para o futebol brasileiro e até mundial, o escritor e jornalista Eduardo Lamas escreveu os Contos da Bola, e-book recém-lançado pela Biblioteca Digital do Futebol Brasileiro, selo eletrônico da editora LivrosdeFutebol.

A obra foi lançada originalmente pela Amazon© para Kindle© (o consagrado e-reader da poderosa loja norte-americana), mas pode ser lida também em computadores, tablets e celulares, ao custo do equivalente a US$ 5 (cinco dólares), com a possibilidade de o leitor optar pela obra impressa (preço sob consulta). Adquira "Contos da Bola" através do link https://goo.gl/Gc2EWr. Posteriormente, a obra será lançada em ePub, pela Digitaliza Brasil, que também distribui outras obras da LivrosdeFutebol.

Contos da Bola é o décimo primeiro e-book da coleção Biblioteca Digital do Futebol Brasileiro e o terceiro do autor Eduardo Lamas, seu primeiro a abordar o mundo do futebol. “São ‘causos’ de clássicos importantes ou peladas das várzeas, narrados sempre de forma saborosa”, garante Cesar Oliveira, editor da LivrosdeFutebol.

Na apresentação do livro, Eduardo Lamas lista os locais que o inspiraram a criar as 19 histórias relatadas com dramaticidade, humor e muitas vezes pondo personagens fictícios em situações inusitadas dentro de fatos históricos. “As experiências vividas em peladas de rua, no colégio, em campinhos de terra ou (pouca) grama ou mesmo no quarto ou na sala de casa; em ‘jogos contra’ nos mais variados campos e quadras; nas arquibancadas, geral, cadeiras e tribuna de imprensa do Maracanã e de outros estádios, alguns bem acanhados; nas redações; na cobertura jornalística in loco de tantas partidas, das menos importantes a grandes decisões, e a – permitam-me – fértil imaginação fizeram a criança crescer e se desenvolver para finalmente entrar em campo”, enfatiza Lamas.

O prefácio é assinado pelo jornalista, radialista e escritor Alexandre Araujo, do consagrado Pop Bola. Ele não poupou elogios ao autor. “Habilidoso, criativo e dono de uma visão de jogo digna de um camisa 10, neste Contos da bola” Eduardo Lamas deita e rola em divertidos e fantásticos ‘causos’ do futebol, tabelando de primeira com o leitor”.

O Autor
Eduardo Lamas (Divulgação)
Escritor e jornalista, Eduardo Lamas foi Destaque Especial em três categorias (conto, poesia e crônica) do “IV Concurso Literário A Palavra do Séc. XXI", em 2001. É autor da peça “Sentença de Vida”; dos livros “Profano Coração” e “O Negro Crepúsculo”, e do blog www.eduardolamas.blogspot.com.

É idealizador, pesquisador, redator e roteirista do projeto “Jogada de Música”, que foi quadro na “Rádio Globo” e dá nome a uma coluna homônima no site do “Pop Bola”. Entre 1988 a 2013, trabalhou como jornalista em diversos veículos de comunicação, entre eles “Jornal dos Sports”, Agência “O Globo”, “O Globo Online”, Revista e Agência “Placar”, “Lance Multimídia”, “O Fluminense”, “Jornal do Brasil” e “Globoesporte.com”.

Entre 2012 e 2016, atuou como empresário nos ramos cultural e de comunicação, e atualmente é sócio-diretor da empresa Estação Pró-Vida – Saúde, Arte e Desenvolvimento Humano.

A Livros de Futebol
A editora LivrosdeFutebol foi criada em 2008 pelo designer e redator Cesar Oliveira, cuja expertise editorial começou no ano de 1980, quando, por conta de seu trabalho como publicitário, foi indicado para ser gerente de propaganda da Editora da Fundação Getulio Vargas. “Foi ali que eu descobri que os livros eram ainda muito mais interessantes do que eu vivia com eles, lendo desde cedo as obras de Monteiro Lobato: fazer livros também era muito bom, e que descobri que queria estar envolvido com aquilo”, garante.


O trabalho como designer o levou depois a produzir seu primeiro livro de futebol: O Jogo Bruto das Copas do Mundo, de Teixeira Heizer, para a Mauad Editora. Mas só quando produziu Botafogo: 101 anos de histórias, mitos e superstições, para seu amigo Roberto Porto, o jornalista botafoguense, foi que descobriu que queria fazer uma editora especializada em livros de futebol. Antes dele, o jornalista Milton Pedrosa fundara, no final dos anos 1960, a Editora Gol, de fato a primeira especializada em livros de futebol, que produziu obras emblemáticas.

Cesar Oliveira (Foto: Marcelo P. Araújo)
De lá para cá, são vinte livros impressos e, agora, o décimo primeiro volume da Biblioteca Digital do Futebol Brasileiro, o braço eletrônico da LivrosdeFutebol, uma crença que faz Cesar repetir um mantra. “É inevitável que os e-books sejam o futuro da Literatura. Não adianta a gente espernear. Breve, não vamos mais poder plantar eucalipto para produzir celulose, vamos ter que produzir comida. Quem gosta de ‘cheirinho de papel’, vai ter isso já já em seus smartphones, que nos surpreendem, a cada dia, fazendo mais e mais surpresas para a gente”. conclui.

“O menino que queria ser prefeito”, de Manuel Filho, traça paralelo entre eleições do passado e atuais


 Durante a Ditadura Militar, a visita a um parque infantil despertou em Murilo o desejo que está expresso no título do livro. Com uma rica contextualização da época, a obra oferece ferramentas para comparação com os dias de hoje

A Prefeitura de São Bernardo do Campo, o autor Manuel Filho e a Editora do Brasil lançam no próximo sábado, dia 27, às 9h30, na Cidade da Criança (Teatro Amazonas – Rua Tasman, 301, Jd do Mar), em são Bernardo do Campo, São Paulo, a história de O menino que queria ser prefeito, de Manuel Filho, com ilustração de Thais Linhares. A obra transcorre no final da década de 1970, quando o Brasil era governado pelo General Ernesto Geisel. Isto é, vivíamos o período da Ditatura Militar, na qual os direitos políticos dos brasileiros eram bastante restritos e não podíamos eleger o presidente do país. Trata-se de uma obra bastante oportuna, já que, nesse momento, o país vive um ano eleitoral, fornecendo subsídios para fazer um paralelo entre os direitos políticos do cidadão ontem e hoje.

É com o pano de fundo do governo militar que o protagonista, o menino Murilo, encasqueta com uma coisa: ele queria ser prefeito. Tudo começa com um passeio ao parque infantil Cidade da Criança, em São Bernardo do Campo, repleto de atrações que seduziam a garotada, como o Submarino, o Teleférico, a Casa Maluca, a Cidade Amazônica e muito mais.

Acompanhado da mãe, da irmã e de um amigo da escola, Murilo rumava para a fila do Teleférico quando se deparou com uma aglomeração em torno de uma figura curiosa: um garoto de cartola, trajando fraque e gravata borboleta, que desfilava pelo parque, distribuindo doces e sorrisos. Curioso, quis saber de um funcionário do parque quem era o garoto e descobriu embasbacado que se tratava do Prefeitinho da Cidade da Criança. E mais: uma das vantagens desse garoto era poder brincar de graça no parque todo! Murilo não teve dúvidas. “Daquele dia em diante eu só queria saber uma coisa:  Como é que alguém se torna prefeito? Será que tinha que ser filho do dono do parque? Comprar uma coisa? Participar de um concurso?”. Dias depois, não é que ele teve a resposta? E veio pela boca da diretora de sua escola: “Nossa escola foi escolhida para concorrer à eleição do prefeitinho da Cidade da Criança”.

Numa época em que a democracia era um conceito distante do cotidiano das pessoas, Murilo terá muito que aprender sobre o processo democrático e a liberdade enquanto batalha para realizar o seu sonho. E seu tio será a chave para desvendar os segredos sobre esse jogo político, que seu pai e sua mãe procuram manter longe das crianças.

Com a obra, o autor amplia o conhecimento sobre o processo eleitoral, permitindo que o leitor possa comparar as diferenças entre as eleições do passado com as atuais, livres e dentro da democracia, quando é possível escolher um candidato a qualquer cargo eletivo. Também é ressaltado o aspecto da responsabilidade, uma vez que a facilidade de acesso permite que, hoje, todo candidato seja investigado profundamente nos quesitos de ética, propostas e cidadania.

A reconstituição de época é bastante precisa, o que possibilita conhecer aspectos curiosos, que deixaram de existir como a expectativa da instalação de um telefone fixo, TV preto e branco e saudosos apresentadores de programa de auditório, como Hebe Camargo. Além disso, o leitor pode acompanhar as lembranças sobre o surgimento da TV e do cinema no Brasil.

Assim, de uma maneira divertida, Manuel Filho dá o seu recado aos jovens leitores sobre ética, democracia e um período bem delicado da história do Brasil. De quebra, ainda revisita uma lembrança da infância, uma vez que ele próprio, quando criança, costumava ir ao parque enfocado no livro e almejara ser o prefeitinho. “A Cidade da Criança ainda é um local incrível, e eu passei nela alguns dos anos mais felizes da minha vida. Este livro é a realização de um sonho”, diz ele.

O autor Manuel Filho tem ótimas lembranças do Parque Cidade da Criança
Sobre o autor
Nascido em São Bernardo do Campo, SP, em 1968, Manuel Filho, ainda criança, era assíduo frequentador de bibliotecas públicas em sua cidade, onde devorava livros, revistas e gibis. O ouro do fantasma, da célebre coleção Vaga-Lume, foi seu primeiro livro publicado. Desde então, já publicou mais de 50 títulos, merecendo vários prêmios e incentivos literários, como o Jabuti e o ProAC-SP. Também já recebeu por cinco vezes o selo de “Acervo Básico” da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ). Ministra oficinas literárias pelo País inteiro e ainda atua como ator e cantor.

Sobre a ilustradora
Thais atua na área editorial, de cinema e de animação. Possui diversos trabalhos publicados como ilustradora, escritora e quadrinista, alguns deles adotados no PNBE (Programa Nacional Biblioteca na Escola) e também outros programas municipais e estaduais de adoção de livros para bibliotecas e escola.

terça-feira, 23 de outubro de 2018

LIVRO DE ESCREVER - Um manual de escrita criativa para adultos


Lançado no último dia 10, na Livraria Travessa de Botafogo, Livro de Escrever reúne dicas preciosas e exercícios de escrita criativa elaborados por Maria Rachel Oliveira para as oficinas do Terapia da Palavra (www.terapiadapalavra.com.br) ao longo de 14 anos. Justo quando ela sonhava em fazer um livro cheio deles, a vida se encarregou de trazer para perto uma especialista em narrativas visuais, a Paula Schuabb. Depois de ler todo o material e os pensamentos da autora, ela os traduziu para a linguagem do livro, transformando a ideia em coisa, em páginas, em inspiração. Assim nasceu uma amizade e o Livro de Escrever.
“O livro-de-escrever, de Maria Rachel e Paula, nos convida a escrever-no-livro, com atraentes sugestões, reforçando o aspecto prazeroso da escrita e estimulando a superação de bloqueios. As ilustrações da obra também se constituem em poderosas fontes de incentivo à criação. Conforme dizem as autoras, a inspiração pode nascer de qualquer lugar – até de uma bula de remédio. No convite para que o leitor se transforme em autor, torna-se desnecessário estender comentários, pois já estou seguindo uma preciosa lição do manual: limite-se!” Antonio Carlos Secchin (poeta, ensaísta e crítico literário)


De onde será que os autores tiram inspiração para suas obras? Como superar o bloqueio da página em branco? Como se torna um autor? Por onde começo? O livro é um convite para que você crie as suas próprias respostas a partir de exemplos e depoimentos de autores como Júlio Cortázar, Machado de Assis, José Saramago, entre tantos outros.

Sobre Maria Rachel Oliveira:
Jornalista formada pela Uerj em 1994, que sempre adorou procurar sarna para se coçar. Fez a primeira pós-graduação em Marketing (ESPM 1996), a segunda em Literatura Brasileira (Unesa 1999) – quando já achava que o jornalismo não lhe fazia escrever nem ler o suficiente. Depois, ousou ainda tentar entender os mistérios da cabeça de toda gente e foi se formar psicanalista pela Formação Freudiana. O Terapia da Palavra nasceu em meados de 2004, uma espécie de híbrido das leituras de Freud e do livro “A Louca da Casa”, da espanhola Rosa Montero. 

Maria Rachel Oliveira (Divulgação)
Um dia, debruçada sobre os escritos catárticos de Fernando Pessoa e Clarice Lispector, entre outros, resolveu se aprofundar ainda mais no tema da escrita como forma de cura; sempre através da promoção do autoconhecimento e da expressão da criatividade. Em 2013, cursou, na UFRJ, uma especialização em Escrita Potencial (Oulipo). Em 2018 teve a oportunidade de se especializar ainda mais, desta vez em Escrita Criativa mesmo, pelo Instituto Camões de Língua Portuguesa – através do mestre Luís Carmelo.

No Terapia da Palavra já são pra lá de 10 anos de história e mais de 50 turmas formadas. Alguns projetos, diferentes parcerias de trabalho, alunos publicados, e muitos amigos.




Regina Mastellari Doria e seu “Paradoxo”, inspirado nos sentimentos imprecisos, intensos, inquietos, contraditórios


Textos inspirados no cotidiano, nos encontros e desencontros, no amor, na prepotência vinda do ego, nas buscas emocionais, sem o formato padronizado e convencional

Segundo os dicionaristas, paradoxo é a proposição ou o argumento que contraria os princípios básicos e gerais que costumam orientar o pensamento comum ou desafiar a opinião concebida e a crença compartilhada pela maioria.

Na obra Paradoxo (Editora Baraúna, 156 páginas, R$ 37,00) Regiane Mastellari Dória apresenta onze contos em que, todas elas, estão registradas de uma forma diferente daquelas que vemos no dia a dia, nas páginas da mídia impressa. Brincando com a palavras seu pensamento e suas frases saem fluídas de uma maneira que podemos dizer, sem dúvida, que a autora escreve prosa-poética.

Em forma de diálogos curtos, os textos são inspirados no cotidiano da autora, que é médica e já escreveu um livro sobre comportamento feminino. Neste seu Paradoxo, encontros e desencontros, amores e desamores, a prepotência e a arrogância vinda do ego, nas buscas emocionais, os acertos e os desacertos das coisas da vida, são expostos com sabedoria e sem vaidade, tudo isso sem a formatação padronizada e convencional.

“Desejo apresentar uma leitura que estimule o pungente lirismo, atice o pensamento para o insólito e inusual, fomente o eterno romantismo, ironize o comportamento humano, mas com estórias informais, inesperadas, bem-humoradas, ardentes e apaixonadas!”, diz Regiane na apresentação deste que é o seu primeiro livro de ficção.

Sobre a autora:


Regiane Mastellari Doria nasceu em Santo André (SP), é médica graduada pela Universidade de Santo Amaro e bióloga pela Universidade Católica de Santos (SP). Pós-graduada em Medicina do Trabalho, Nutrologia e Ginecologia, sendo esta última a especialidade que abraçou como carreira. Pintora, viajante compulsiva, apreciadora das artes, da música e da natureza.

É uma observadora e incessante estudiosa das questões da espiritualidade e das emoções humanas. Cem anos de felicidade, seu título de estreia, é fruto de reflexões advindas de sua experiência como mulher e do seu trabalho como médica ginecologista, onde teve a oportunidade de se deparar com diversos fatos e situações típicos do universo feminino, vindo daí sua inspiração para abordar numa linguagem direta e simples, as questões comuns que ainda atrapalham a felicidade da mulher.