quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Legado Olímpico em livro primoroso para fechar o ano

A livraria Blooks do Rio Design Center do Leblon foi o palco para o lançamento do livro As Olimpíadas 2016 e a cidade maravilhosa, de Fernando Dumas e Armando Daudt Neto. Uma publicação da NC Comunicação, com patrocínio da Prefeitura do Rio de Janeiro.


As Olimpíadas 2016 e a cidade maravilhosa é mais do que um legado. É aquele tipo de livro de mesa que agrada todo mundo, produzido em papel couchê 120 gramas e com belas fotos antigas em P/B e atuais em cores. O historiador Fernando Dumas se debruçou sobre a história de todas as Olimpíadas e a evolução urbana do Rio de Janeiro até 2016. Coube ao jornalista e pesquisador Armando Daudt escrever sobre o legado olímpico e mostrar as mudanças que a cidade passou para receber o maior evento esportivo do mundo.


O resultado é um primor. Bilíngue, o livro traz informações e curiosidades sobre a cidade maravilhosa e registros iconográficos históricos, como a foto do lutador americano Mohamed Ali nas olimpíadas, a avenida Niemeyer em construção, o novo e já popular Porto Maravilha, o golfe olímpico da Barra, elogiadíssimo pelos atletas que por ali passaram, e muitas outras fotos atuais e históricas.


terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Coletânea "Anhangaçu" promove a renovação do conto brasileiro


A Dobradura Editorial acaba de lançar o livro de contos Anhangaçu - Nada Será Como Antes, do jornalista e escritor Leandro Carlos Esteves. Com ilustração de Caco Bressane e prefácio de Duca Rachid (autora de novelas, premiada com o prêmio Emmy internacional de 2014), o livro apresenta seis histórias com vários temas sobre momentos de grande transformação humana. "O autor é grande conhecedor do ofício de ser político, sensível àquelas criaturas miúdas, invisíveis, que fizeram a história e/ou foram vítimas dela; como o índio Anhangaçu que assiste incrédulo a transformação de São Paulo em cidade industrial", opina Duca Rachid.


Paulo Lins, autor do consagrado romance "Cidade de Deus", considera esse um dos melhores livros que já leu. "Esse livro retrata a face dos povos que habitam São Paulo, o Brasil e uma parte da América do Sul; um trabalho que vem para sacudir a cena literária brasileira pela habilidade da escrita do autor, pelo seu conhecimento de causa, pela sua sinceridade artística, pela influência de grandes autores, pelo diálogo aberto com a tradição e com a produção atual", ressalta.


A Dobradura Editorial tem seis anos de mercado e já publicou cerca de 100 livros, entre edições próprias, parcerias e prestação de serviços. No seu catálogo encontram-se autores contemporâneos, mas já consagrados, como os poetas Donizete Galvão, Tarso de Melo, Carlos Machado, Ruy Espinheira e Ronaldo Cagiano (ganhador do Jabuti 2016), além da escritora Veronica Stigger, do apresentador de programas esportivos Vladir Lemos e do crítico Carlos Felipe Moisés.


Leandro Carlos Esteves comenta sobre os temas e personagens encontrados em Anhangaçu:  "A formação de São Paulo, a ditadura militar, o sentimento de emancipação e a imigração passam para dentro da gente de uma forma que nos vai fazer relembrar para sempre de Woo, Anhangaçu, Vincenzo Barillari, Fujiô e de tantos outros personagens dos contos desse livro, como lembramos Macunaíma, Gabriela, Capitu, Diadorim e Riobaldo", conta o autor.


O livrocusta R$ 45,00 e pode ser adquirido através do site  
http://www.dobraduraeditorial.com.br/loja/literatura/anhangacu-nada-sera-como-antes/.

domingo, 4 de dezembro de 2016

Lançado e-book do jornalista Cláudio Nogueira: 'Vamos todos cantar de coração: os 100 anos do futebol no Vasco da Gama'


Biblioteca Digital do Futebol Brasileiro lança mais dois ebooks
Reafirmando o compromisso de lançar 50 ebooks de futebol até o início da Copa de 2018, na Rússia, a livrosdefutebol acaba de lançar mais dois títulos, que já estão disponíveis na Amazon:
1 – Vamos todos cantar de coração: os 100 anos do futebol no Vasco da Gama, de Cláudio Nogueira (foto abaixo) – à venda, por enquanto, na Amazon em https://goo.gl/ZtzHU6.

2 – DataFogo: Números Gloriosos do Botafogo de Futebol, Regatas e outros Esportes, de Claudio Falcão – à venda, por enquanto, na Amazon em https://goo.gl/uZ8IIV.
Centenário vascaíno em e-book

Para celebrar os 100 anos do futebol do Vasco, cujo departamento dedicado a este esporte foi criado na virada de 1915 para 1916, foi lançado o e-book “Vamos todos cantar de coracão: Cem anos do futebol do Vascão”.

Para quem gosta da história do futebol brasileiro, segue um trecho da obra (transcrito do Blog do Nog, Netvasco):

“Camisas Pretas; Expresso da Vitória; Time da Virada, Time do Amor; Machão da Gama; Gigante da Colina; Time de São Januário; Vascão; Almirante; Trem-Bala da Colina.

Todas essas expressões, tão diversas entre si, foram criadas ao longo dos anos para exaltar glórias e conquistas do Club de Regatas Vasco da Gama, uma das equipes de maior destaques do futebol nacional e, em alguns momentos, também internacional. Se nasceu do remo, foi no futebol que se engrandeceu. 

Para isso, o time de futebol, que começou pequeno na virada de 1915 para 1916, embora já fosse um grande no remo, teve de superar rivais aparentemente mais poderosos, dentro e fora de campo. No gramado, nos confrontos 11 contra 11, e fora deles, ao ter-se posicionado firmemente contra os preconceitos raciais e sociais que existiam no futebol carioca desde o fim do século 19 até a década de 20.

Era a época dos Camisas Pretas, assim conhecidos pela cor do uniforme, que também já se tornavam conhecidos pela capacidade de virarem as partidas, em especial no segundo tempo. Campeão carioca logo no ano de estreia em 1923, com um elenco cheio de atletas negros, pobres e semianalfabetos, foi bi em 1924, depois de ter-se recusado a eliminar esses mesmos atletas para ser aceito na nova liga, a elitista Associação Metropolitana de Esportes Athleticos, a Amea. Mais adiante, começou a viver seu melhor período em meados dos anos 40. Uma equipe que foi se formando aos poucos se tornou conhecida como Expresso da Vitória, pelos vários títulos, alguns invictos, como os Cariocas de 1945, 1947 e 1949, além dos de 1950 (o primeiro de um time carioca no Maracanã) e de 1952, que só não foram invictos.

O principal deles se deu a 14 de março de 1948, em Santiago do Chile: o Sul-Americano de Clubes Campeões. Não havendo ainda Campeonato Brasileiro, os vascaínos, campeões invictos do Rio, então Distrito Federal, em 1947, representaram o país. E não decepcionaram. Mesmo diante do favoritismo do Colo-Colo, dono da casa, do Nacional, do Uruguai (país que já havia vencido a primeira Copa do Mundo, em 1930) e do River Plate, campeão argentino de 1947 e que contava com craques como Di Stefano, Labruna e Lostau, prevaleceu a equipe brasileira, treinada por Flávio Costa. Por terem feito a melhor campanha no torneio (pontos corridos), os vascaínos asseguraram a conquista com o 0 a 0 com o River Plate no tempo normal e na prorrogação, mesmo sem poderem contar com seu maior craque, Ademir Menezes, que havia fraturado o pé na segunda partida, mas tendo em Friaça seu artilheiro, com quatro gols. O Sul-Americano foi o melhor presente para os 50 anos do clube, além de ter sido também a primeira conquista do futebol brasileiro no exterior, antes mesmo da seleção.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Gilles Eduar faz sessão de autógrafos de seu novo livro no próximo domingo, no Rio de Janeiro


Obra interativa conta as aventuras de um trio bichos: uma capivara desconfiada, um jacaré atirado e uma arara sabida pelo Brasil afora
Três amigos – um jacaré atirado, uma capivara desconfiada e uma arara sabida – partem do Distrito Federal para uma viagem pelo Brasil. É assim que começa a nova aventura do autor Gilles Eduar na Editora Ática: o livro Brasil de fio a pavio, que terá sessão de autógrafos no próximo domingo, dia 4, na Livraria da Travessa (Shopping Leblon, 2º andar, Rio  de Janeiro), a partir das 16h.

Em cada dupla de páginas, o trio chega a um estado do país e vive uma história relacionada com alguma característica do lugar. No Pará, por exemplo, conhecem em Belém o mercado Ver-o-Peso, a festa do Círio de Nazaré; em Goiás, festas folclóricas, a chapada dos Veadeiros; a arquitetura colonial e os profetas de Aleijadinho, em Minas Gerais. Por meio de texto e ilustrações atraentes, o leitor tem uma visão interessante e um registro rico de cada estado do nosso Brasil.


A obra é interativa e estimula a valorização da identidade brasileira do leitor. Além disso, os personagens, animais da fauna brasileira, travam conversas divertidas chamando a atenção para alguma característica do lugar em que atuam, contextualizando o leitor em cada momento. As ilustrações lúdicas e supercoloridas atraem o olhar infantil para seus detalhes e originalidade. No apêndice no final do livro, há informações sobre as riquezas naturais, culturais e econômicas de cada estado, além de um vocabulário e respostas das atividades e brincadeiras.


Sobre o autor e ilustrador
Gilles Eduar, filho de pais franceses, nasceu na cidade de São Paulo, em 1958. Já trabalhou como artista gráfico, ator, cenógrafo e músico. A literatura infantil surgiu ao trabalhar na livraria do Museu do Louvre, em Paris. Logo o sucesso das primeiras obras, publicadas ainda na França, revelaram seu talento e criatividade. De volta ao Brasil, o sucesso continuou com uma série de livros infantis. Prova disso são os prêmios recebidos, inclusive o Prêmio Jabuti, pelo livro Alfabeto de histórias.


SERVIÇO:
Lançamento e sessão de autógrafos de Brasil de fio a pavio, de Gilles Eduar
Quando: dia 4/12, domingo
Onde: Livraria da Travessa do Shopping Leblon (Rio de Janeiro)
Horário: a partir das 16h


Ficha técnica
Brasil de fio a pavio
Autor: Gilles Eduar
Páginas: 72
Formato: 23 x 30,5 cm
Faixa etária/ série sugerida: 1º ao 5º ano
Preço de capa: R$ 48,90

Cerrado ganha obra infanto-juvenil da bióloga Nurit Bensusan


Bióloga brasiliense Nurit Bensusan dá início a novo projeto de popularização da Ciência. Autora acaba de ser homenageada com Ziraldo, na 8ª edição da Festa Literária de Pirenópolis


As árvores retorcidas e a vegetação rasteira típicas do Cerrado serviram de inspiração para o novo trabalho da bióloga Nurit Bensusan. Mais do que retratar paisagens, a obra Cerrado: bioma Torto? estimula a reflexão de crianças e adolescentes sobre a desvalorização do segundo maior bioma brasileiro, que possui taxas de desmatamento maiores que as da Amazônia. Da editora Mil Folhas e Três Joaninhas, o livro é o segundo de uma série de títulos com temáticas ambientais, que se iniciou ano passado, com o livro da mesma autora, Dividir para quê? – Biomas do Brasil.

O lançamento será no próximo dia 10 (sábado), às 17h, no café Objeto Encontrado, na Asa Norte (DF). O evento é aberto ao público e contará com a presença do músico Marcello Linhos, que irá apresentar músicas de seu novo CD, Violinha Caipira, todas inspiradas no Cerrado.

 Ao preencher lacunas deixadas por materiais didáticos, Nurit Bensusan conta que seu mais novo projeto consiste em explorar, de forma interessante e instigante, temas específicos que dialoguem com os seis biomas brasileiros. Nas 32 páginas do livro são apresentadas "as várias caras do Cerrado" por meio de curiosidades e referências socioculturais esmiuçadas em uma linguagem simples e bem humorada, com ilustrações divertidas do escritório de design Grande Circular.
 

"Ao iniciarmos esta sequência de cinco obras, buscamos retratar especificamente o Cerrado porque, coitado, além de ninguém dar bola para ele, não há obras desse tipo para as crianças. Nossa intenção é suprir essa lacuna e, claro, aprofundar o tema por vivermos em Brasília, região mergulhada no Cerrado.", comenta a autora, que antecipa conteúdos voltados para os mares, as florestas, a agricultura e a domesticação de espécies nos próximos livros da coleção.



Bioma azarado

Retratado pela pesquisadora como "um bioma azarado", o Cerrado, apesar de ser a origem das bacias hidrográficas do Prata, São Francisco e Tocantins-Araguaia, e possuir mais de 4 mil plantas exclusivas, não recebe, segundo Nurit, a atenção devida da sociedade. Doutora em Educação e mestre em Ecologia, a escritora questiona a percepção de como enxergamos o Cerrado, o que impacta sua conservação nos estados da região Centro-Oeste (Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal), além do sul do Pará e Maranhão, interior do Tocantins, oeste da Bahia e Minas Gerais, e o norte de São Paulo.
"Mesmo ele sendo esse bioma super especial, com a maior diversidade de árvores do mundo, o Cerrado teve o azar de estar no Brasil, um país rico em belezas naturais e que possui outros biomas que roubam a atenção. E como as pessoas não são educadas para ver beleza no Cerrado, por ele ser um 'bioma torto' e tido como feio, essa percepção acaba atrapalhando sua conservação", afirma. "E isso é tão gritante que a falta de importância dada ao Cerrado é sinalizada até mesmo em nossa Constituição Federal, que diz que a Amazônia, o Pantanal e a Mata Atlântica são patrimônios nacionais, mas o Cerrado....".



Muito além dos ipês

Conhecidos por sua exuberância, os ipês e os flamboyants ganharam status de novos símbolos da Capital, com direito a campanhas sazonais de registros fotográficos. A bióloga vê com preocupação a tendência da "conservação do belo" em meio ao avanço da agricultura e da pecuária, ameaças predominantes na região Centro-Oeste.



"Os flamboyants estão presentes em mais de cem países, mas em Madasgascar, onde ele é nativo, praticamente não existe mais. Então, quando vemos flamboyants por aqui, vemos apenas um lembrete de um bioma que não existe mais e é esse risco que a gente corre com o Ipê. Esta é uma árvore que está cada vez mais ameaçada por ter uma madeira que vale muito dinheiro e, como a floração dela é chamativa, ela é facilmente achada e explorada, levando em mais de 60 anos para se regenerar.", exemplifica.



Finalista do prêmio Jabuti em 2013, Nurit Bensusan também revela em seu oitavo livro infanto-juvenil os primeiros habitantes do Cerrado, os tipos de vegetação, bichos e plantas peculiares do bioma, além da influência deste no dia a dia dos brasileiros. A pesquisadora destaca ainda a importância desse tipo de savana, que trocou o exagero da fauna pela flora em relação às demais, para a regulação do clima e a manutenção de espécies diversas. E faz um alerta: as taxas de desmatamentos do Cerrado são maiores que as da Amazônia.
"A proteção do Cerrado, em áreas de conservação, é outra medida que mostra a pouca importância que esse bioma tem. Somente 8,3% dele estão dentro de unidades de conservação. Esse total não é suficiente para manter a biodiversidade do Cerrado, principalmente porque, fora desses espaços protegidos, a destruição total tem sido a regra", aborda a obra.



O Cerrado é Flicts

Na ocasião da 8ª edição da Festa Literária de Pirenópolis (Flipiri), Nurit Bensusan foi homenageada juntamente com Ziraldo, no último dia 18, durante conferência sobre Literatura e Natureza. Ao antecipar a apresentação do livro Cerrado: bioma Torto?, a escritora aproveitou a presença do grande ídolo do público infantil para brincar com o tema em alusão à história de Flicts, obra de Ziraldo, que aborda uma cor diferente que não se encaixava no arco-íris. "Foi engraçado e conveniente fazer esse paralelo. O Ziraldo gostou bastante da minha adaptação, mas ao final, eu tive que dizer que apesar de flicts ter um lugar especial, porque a lua é flicts, eu espero que o lugar especial do Cerrado não seja na lua", conta.



Serviço:

Data: 10 de dezembro de 2016 (sábado)

Hora: 17h

Local: CLN 102, Bloco B, Loja 56 (Asa Norte)

Classificação: livre

Valor do livro: R$ 40,00

Pontos de vendas: livrarias em geral e site da editora Mil Folhas: http://livraria.iieb.org.br/